sábado, 17 de janeiro de 2015

O TEMOR DO SENHOR NO ÍNTIMO (3)



        Então disse eu: “Ai de mim, que vou perecendo! Porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos” (ISAÍAS 6:5).
        A VIDA DE ISAÍAS NOS DIAS DE UZIAS: “No ano da morte do rei Uzias...”
        Caro leitor, foi no ano da morte do rei Uzias que o profeta pode conhecer seu Deus numa experiência incrível. Preciso mostrar aos meus leitores o quanto isso tem um valor prático para nossos dias tão carregados de mentiras. É óbvio que a experiência pela qual passou Isaías jamais será exatamente igual hoje, porquanto o profeta teve uma visão da glória do Deus de Israel e aquela visão foi importante na vida daquele moço, a fim de trazer à lume esse livro de profunda revelação de Deus para nós – o livro do profeta Isaías. Quando falo de      “UMA VISÃO CORRETA DE DEUS”, não estou dizendo que você vai presenciar as mesmas coisas que Isaías contemplou. Você não vai entrar em seu quarto e contemplar o trono de Deus e sua casa sendo sacudida mediante essa contemplação. Deus nos fala por meio da Sua Palavra e se a Bíblia não for recebida como a mais gloriosa e suficiente palavra de Deus, certamente não há como ajudar qualquer pessoa. Neste caso sei que satanás manifestará suas mentiras e ilusões, assim como tem feito ultimamente.
        Mas retorno para falar do rei Uzias, porque diferentemente de outros reis, Uzias não erigiu altares para imitar outras nações adorando ídolos. Todo problema desse rei foi a confiança próprio, foi seu profundo orgulho por enaltecer a si mesmo e isso realmente foi a profunda idolatria. Nos dias de Uzias a nação de Judá prosperou materialmente e a independência de Deus, de agir conforme o ego, de achar que é auto-suficiente, tudo isso foi desastroso para a vida espiritual da nação. O povo tinha tudo por fora, mas por dentro seus corações estavam inchados de arrogância e da disposição de andar como queria e fazer o que bem queria. Então, a morte de Uzias trouxe um profundo abatimento à nação. Uzias morreu fuzilado pelo seu próprio orgulho; aquele que tinha uma “cabeça de ouro” caiu como verme vitimado pela lepra como castigo de Deus (2 Crônicas 26).
        Caro leitor, mesmo com a morte de Uzias a nação de Israel naqueles dias estava mergulhada num forte humanismo, que é confiança em si mesmo e falta de humilhação, piedade e temor ao Senhor. Leia o cap. 5 e você verá ali que a nação foi comparada a uma vinha que produzia uvas bravas. Por essa razão aparecem os “ais” de Deus e o começo do castigo para retirar todo bem material da nação. Caro leitor, o que acontecia nos dias do profeta Isaías estamos presenciando em nossos dias. Tomemos juntos o cap. 5 e façamos um paralelo com o que está ocorrendo à luz clara do dia com esta atual geração.
        1.     Profunda manifestação de egoísmo e desejos pervertidos: “Ai dos que ajuntam casa a casa...” (5:8). Há hoje uma grande manifestação de desejos materiais. Os homens agem assim com ganância, como hienas correm para tomar o que é dos outros, com grande preocupação para ter mais para si.
        2.     Uma busca frenética por festas e bebidas, a fim de buscar alegria e felicidade na carne: “Ai dos que se levantam cedo de manhã para correr atrás da bebida...” (5:11). Vemos hoje essa busca por festas, por bebidas e por drogas. Homens e mulheres não querem mais a simplicidade da família, da ordem, da disciplina, pois correm em busca de gastar seus recursos com aquilo que acreditam promover felicidade; com aquilo que lhes leva a esquecer a realidade da vida.
        3.     Brincadeira com o pecado: “Ai dos que puxam pela iniquidade com cordas de vaidade...” (5:18). Veja caro leitor, como essa prática tornou-se algo normal. Veja como estão brincando com a lei de Deus; estão praticando atos libidinosos porque querem curtir as vaidades da vida. Estão simplesmente zombando de Deus e da Palavra de Deus. Não há mais qualquer sinal de temor, porque para eles não há juízo, porque acreditam que isso faz parte da vida e que eles devem aproveitar a vida.

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