“Lavai-vos,
purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai
de fazer o mal” (ISAÍAS 1:16).
INTRODUÇÃO:
Caro leitor, tenho mais dois assuntos
para serem tratados nessa longa, mas necessária introdução, então estarei apto
para prosseguir, a fim de mostrar a condição imunda dos homens no pecado e a
necessidade urgente de purificação. Tenho que mostrar a doutrina concernente a
depravação total e esse cap. 1 de Isaías é de grandioso valor para nos ajudar
nesse conhecimento. Já pude mostrar o que o povo de Israel fazia religiosamente
para camuflar sua real condição perante Deus e qual foi a reação de Deus em
face de tudo aquilo que estava ocorrendo.
6. A necessidade de purificação para ter
um viver reto: “Lavai-vos, purificai-vos,
tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal”
(versos 16). Chegamos agora à parte que mais expressa a misericórdia de Deus em
favor de um povo rebelde. Veja amigo que Deus está ordenando que eles sejam
urgentemente purificados; que eles não podiam continuar do jeito que estavam;
que a imundície deles era no coração; que seus pecados estavam perante a face
do santo de Israel; que por fora tudo parecia bonito e atraente, mas que eles
não passavam de túmulos caiados.
Ora, exatamente é isso que vemos no
ambiente evangélico em nossos dias. Todos os homens são tratados como se fossem
pertencentes a Deus; todos são vistos como se fossem filhos de Deus; todos são
tratados como puros e que o pecado não passa de um mero problema que se resolve
com alguns atos sacrificiais ou cerimoniais. Não há mais pregação sobre a
natureza corrompida do homem, pois todos são vistos como se fossem salvos, ou
mesmo que já fizeram uma decisão por Cristo e foram aceitos na igreja e enfim,
tudo bem. Mas o fato é que a mensagem dirigida a Israel é a mesma que deve ser
entregue aos homens modernos. O que até teólogos chamam de pós-modernidade, não
passa de confusão, porque os homens de hoje estão na mesma situação de todos do
passado – mortos em seus pecados.
7. O convite gracioso de Deus para a
verdadeira purificação: “Vinde, pois, e
arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata,
eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o
carmesim, se tornarão como a lã” (verso 18). Que conclusão graciosa! Que
Deus compassivo e maravilhoso! A resposta para aqueles homens e mulheres
rebeldes estava no Senhor e Ele tinha consigo tudo para limpar e purificar
aqueles pecadores enganosos e enganados. Eles estavam pensando que o sangue dos
animais podia encobrir suas culpas e iniquidades, mas o que acontecia era que o
pecado apenas mudava de cor; tinha o vermelho bem vivo de carmesim e escarlata.
Tudo era feito para que a cor do sangue ficasse bem nítida aos olhos de Deus.
Mas nada daquilo servia para encobrir suas culpas.
Caro leitor, não é essa a situação de
nossos dias? Sei que não estão matando animais, a fim de derramar sangue,
conforme o costume judaico. Porém, a prática tem o mesmo objetivo, pois o homem
no pecado sempre está tentando encobrir suas culpas. Hoje fazem com festas
religiosas, com batismos, com cânticos, emocionalismo e muitas atividades. Os
homens sempre acreditam que podem manipular Deus; acham que podem passar por cima
daquilo que está escrito. Quanto engano! Tais pessoas jamais conheceram sua
condição em Adão; jamais viram sua culpa e condenação merecidas; jamais
conheceram o real arrependimento que leva à confissão e invocação do Nome do
Senhor. Mas o apelo da graça continua; o “vinde a mim” do Filho de Deus é o
brado constante, chamando homens e mulheres, a fim de que conheçam a provisão
eterna de Deus, conquistada na cruz.
Qual seu problema, amigo? Pecado! A
culpa é grande e a miséria há de continuar enquanto não for tratada sua culpa
como deve ser. O Deus de ontem é o mesmo Deus de hoje, o grande Salvador, cheio
de compaixão por almas arrependidas.
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