“Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (JEREMIAS 33:3).
INTRODUÇÃO:
Prezado leitor, como desejo envolvê-lo
no conhecimento da graça! Aliás, ela brilha como ouro nos recintos escuros da
lei do Velho Testamento e brilha como sol em sua força em todo Novo Testamento.
Precisamos conhecer a maravilhosa graça, mas creio que para isso é preciso que
entremos nos recintos sagrados com corações humilhados e prostrados aos pés do
Senhor. Se a graça for analisada do ponto de vista humano, certamente ela
perderá seu fulgor. Esse lugar está reservado aos discípulos do Senhor, para
aqueles que são chamados por Deus. Enfim, conhecer a graça e Sua força é
conhecer a Palavra de Deus.
A história que envolve este verso em
Jeremias é impressionante. A nação de Judá havia se afastado de Deus e da Sua
lei e por anos e anos o Senhor enviou vários profetas, a fim de trazer Seu povo
ao arrependimento. Jeremias foi um dentre esses profetas e esse homem
presenciou o terrível juízo que sobreveio contra Jerusalém e todo Judá quando
Nabucodonosor com seu exército chegou para destruir Jerusalém e levar milhares
ao cativeiro na Babilônia. Mas é em meio ao pleno julgamento da nação de Judá
que Deus manifesta ao Seu povo o livre exercício da Sua maravilhosa graça com
promessas salvadoras incríveis. Posso afirmar aos meus leitores que essas
promessas vistas em diversas capítulos desse majestoso livro realmente
refere-se à salvação pela graça. Também posso afirmar com vigor que podemos
tomar esses ensinos da graça e aplicá-los para os pecadores que desejam a
salvação, bem como apresentá-los aos crentes, porque servem para nosso dia a
dia.
Peço ao amado leitor que examine
atentamente o texto. Eu pergunto: é lei ou é graça? É claro que nada tem a ver
com a lei, porque o povo de Jerusalém já havia provado que foi infiel ao Senhor
e que de todo coração quebrou a aliança feita com seu Deus. Eles haviam deixado
o Senhor Deus que tanto provou Sua fidelidade e zelo por eles, a fim de buscar
seus ídolos, como vemos Deus tratando isso com firmeza no cap. 2. O que vemos
nessa passagem é um Deus que abre Seu coração e mostra o quanto Ele é o Deus
que salva! O quanto Ele é o Deus que tem riquezas maravilhosas e eternas para
os pecadores!
O que vemos é um Deus que em meio aos
terrores da lei mostra aos homens que Sua misericórdia está presente; que Ele
socorre aos aflitos; que Ele é compassivo, fiel e justo, pronto para socorrer
pecadores arrependidos. Mesmos que Sua lei foi quebrada e que a nação inteira
merece de fato a punição aterrorizante que certamente viria, mesmo assim Sua
graça está de mãos dadas com a aliança feita, não na lei, mas sim com Abraão,
baseando apenas na graça. Foi assim que Ele sempre tratou com os homens, e que
jamais houve homens melhores, que todos são infiéis e rebeldes e que somente a
graça pode arrancá-los do pecado. O que vemos nessa passagem é algo que
infinitamente acima da lei, pois vemos um Deus expondo Sua tão grande salvação.
Vemos a graça do Senhor apelando, chamando e atraindo pecadores para que eles
entrem e conheçam o Deus de toda compaixão. Somente corações orgulhosos,
endurecidos, rebeldes podem recusar ouvir tal apelo.
Veja amigo, a graça não está cobrando,
não está pedindo qualquer favor, nem sequer considerando quantos pecados os
homens têm praticado. A graça ignora a multidão de pecado e iniquidade, porque
o que a graça faz é mostrar aos pecadores que a porta da salvação está aberta e
que todo pecador pode chegar e invocar o Nome do Senhor para ser salvo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário