segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O APELO DA GRAÇA SALVADORA (1)




“Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (JEREMIAS 33:3).

INTRODUÇÃO:      
        Prezado leitor, como desejo envolvê-lo no conhecimento da graça! Aliás, ela brilha como ouro nos recintos escuros da lei do Velho Testamento e brilha como sol em sua força em todo Novo Testamento. Precisamos conhecer a maravilhosa graça, mas creio que para isso é preciso que entremos nos recintos sagrados com corações humilhados e prostrados aos pés do Senhor. Se a graça for analisada do ponto de vista humano, certamente ela perderá seu fulgor. Esse lugar está reservado aos discípulos do Senhor, para aqueles que são chamados por Deus. Enfim, conhecer a graça e Sua força é conhecer a Palavra de Deus.
        A história que envolve este verso em Jeremias é impressionante. A nação de Judá havia se afastado de Deus e da Sua lei e por anos e anos o Senhor enviou vários profetas, a fim de trazer Seu povo ao arrependimento. Jeremias foi um dentre esses profetas e esse homem presenciou o terrível juízo que sobreveio contra Jerusalém e todo Judá quando Nabucodonosor com seu exército chegou para destruir Jerusalém e levar milhares ao cativeiro na Babilônia. Mas é em meio ao pleno julgamento da nação de Judá que Deus manifesta ao Seu povo o livre exercício da Sua maravilhosa graça com promessas salvadoras incríveis. Posso afirmar aos meus leitores que essas promessas vistas em diversas capítulos desse majestoso livro realmente refere-se à salvação pela graça. Também posso afirmar com vigor que podemos tomar esses ensinos da graça e aplicá-los para os pecadores que desejam a salvação, bem como apresentá-los aos crentes, porque servem para nosso dia a dia.
        Peço ao amado leitor que examine atentamente o texto. Eu pergunto: é lei ou é graça? É claro que nada tem a ver com a lei, porque o povo de Jerusalém já havia provado que foi infiel ao Senhor e que de todo coração quebrou a aliança feita com seu Deus. Eles haviam deixado o Senhor Deus que tanto provou Sua fidelidade e zelo por eles, a fim de buscar seus ídolos, como vemos Deus tratando isso com firmeza no cap. 2. O que vemos nessa passagem é um Deus que abre Seu coração e mostra o quanto Ele é o Deus que salva! O quanto Ele é o Deus que tem riquezas maravilhosas e eternas para os pecadores!
        O que vemos é um Deus que em meio aos terrores da lei mostra aos homens que Sua misericórdia está presente; que Ele socorre aos aflitos; que Ele é compassivo, fiel e justo, pronto para socorrer pecadores arrependidos. Mesmos que Sua lei foi quebrada e que a nação inteira merece de fato a punição aterrorizante que certamente viria, mesmo assim Sua graça está de mãos dadas com a aliança feita, não na lei, mas sim com Abraão, baseando apenas na graça. Foi assim que Ele sempre tratou com os homens, e que jamais houve homens melhores, que todos são infiéis e rebeldes e que somente a graça pode arrancá-los do pecado. O que vemos nessa passagem é algo que infinitamente acima da lei, pois vemos um Deus expondo Sua tão grande salvação. Vemos a graça do Senhor apelando, chamando e atraindo pecadores para que eles entrem e conheçam o Deus de toda compaixão. Somente corações orgulhosos, endurecidos, rebeldes podem recusar ouvir tal apelo.
        Veja amigo, a graça não está cobrando, não está pedindo qualquer favor, nem sequer considerando quantos pecados os homens têm praticado. A graça ignora a multidão de pecado e iniquidade, porque o que a graça faz é mostrar aos pecadores que a porta da salvação está aberta e que todo pecador pode chegar e invocar o Nome do Senhor para ser salvo.

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