“...Se é pecador, não
sei; uma coisa sei; eu era cego e agora vejo” (João 9:25).
O Espírito Santo inseriu o relato acerca
desse homem que foi curado da cegueira, a fim de trazer a lume a doutrina que
vem a seguir no cap. 10 sobre Cristo e Suas ovelhas. Mas a história desse
milagre mostra exatamente o que acontece quando Deus opera salvação na vida do
pecador. É claro que aquele moço estava cheio de alegria pelo milagre físico,
mas a cura da cegueira espiritual dele é o relato mais admirável visto no
capítulo. Ali estava alguém que mais do que tudo queria ver o Filho de Deus;
ali estava um filho de Abraão que queria ver seu Salvador e poder adorá-lo. A
sua fé acesa no coração pelo poder do Espírito Santo foi além porque ao ser
confrontado mostrar que estava pronto a encarar toda e qualquer oposição
inimiga, mesmo da família e da religião judaica, a fim de mostrar o quanto seu
coração rejubilava por ter visto o Filho de Deus.
A fé daquele moço mostrou ser feita do
aço do céu, porque na sua ignorância ele não foi abatido: “...Se é pecador, não
sei...”. Ele foi cercado pela perversa impiedade daqueles líderes religiosos.
Para eles mais valiam seus costumes do que um bem recebido por um pobre cego
vivendo marginalizado. O mundo é assim, porque prefere a miséria dos homens a
vê-los sendo beneficiados por Deus. Naquele momento a fé foi molestada, atacada
e perseguida. Naquele momento eles gostariam de fazer tudo para esconder o
milagre, para fazê-lo cego novamente, para vê-lo como mendigo, dependendo dos
favores dos homens. O mundo é assim, pois odeia ver os homens alegres com a
alegria celestial; prefere ver os homens nos bares, infiéis, mentirosos e
malandros do que vê-los transformados no coração por Cristo e seguindo ao
Senhor. Naquele momento ao ser
confrontado pela perversidade dos líderes religiosos, aquele moço não voltou atrás,
não ficou amedrontado como seus pais, mas foi simples e direto em sua resposta:
“ Se (esse que operou o milagre em mim) era pecador, não sei...”. O que
importava era o milagre operado. O mundo ao derredor precisava se alegrar com
ele; os que afirmavam crer em Deus precisavam se regozijar com ele; seus velhos
pais precisavam se unir a ele nessa festa. Mas o que ocorreu não foi isso! Tudo
parecia mais um cortejo fúnebre! Estavam ali homens rangendo os dentes com
raiva por causa daquilo que ocorrera. Que mundo miserável e ingrato! Como
satanás tem imenso prazer em manter seus escravos na cegueira onde o pecado
lhes colocou!
Mas, quem pode dobrar a fé verdadeira? “...eu
era cego e agora vejo”. Vocês podem fazer o que quiserem, a verdade é que tudo
mudou, eu agora não sou mais um cego, eu agora posso ver. Essa era sua alegria
que inundava seu coração, mesmo estando sozinho. As armas da fé são carregadas
de verdade absolutas, por esse fato não se acovarda perante os ataques da feroz
incredulidade. Eles mesmos eram testemunhas desse milagre, de que agora é um
homem com sua visão restaurada. Quem podia negar isso?
Meu caro leitor, quando Deus opera nos
corações de homens e mulheres, a fé é e será sempre firme e decidida: “Eu
estava espiritualmente cego”; “eu era um infiel”; eu vivia na idolatria e
odiava Deus, vocês sabem disso!”. “Agora minha vida foi mudada, agora amo a
verdade, sigo a verdade, ando para o céu, mesmo não sabendo de muitas coisas, o
que importa é que agora vejo”. A fé não volta atrás, não falta argumentos
baseados naquilo que Deus operou e que agora os homens mesmos podem ver. A fé é
feita do aço celestial e não do plástico mundano. A fé faz a incredulidade
calar e zomba do ódio e insensatez das mentiras deste mundo.
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