“Eu
nasci na iniquidade e em pecado me concebeu minha mãe. Eis que te comprazes na
verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria” (Salmo 51:5 e
6)
A
TRISTE CONDIÇÃO DO HOMEM: “Eu nasci na iniquidade e...”
Caro leitor, prossigo para mostrar
biblicamente a triste condição do homem. Ora, Deus permitiu que um dos grandes
homens da história bíblica soubesse disso e relatasse esse fato em santa
confissão: “Eu nasci na iniquidade”, foram palavras que definem bem aquilo que
cada ser humano é neste mundo. Meditemos nisso caro leitor, porque tal
declaração mostra o viver inútil dos homens. Não nascemos para a prática de
boas obras; não nascemos para sermos úteis, mesmo que os homens estejam cheios
de culturas e riquezas. Entramos sim, para pecar, porque nascemos sob o domínio
da iniquidade e não importa se são iniquidades feias ou aparentemente belas.
Elas aos olhos de Deus são alvos da Sua constante ira.
Então é preciso que eu amplie esse
assunto um pouco mais. O que é o coração do homem? É exatamente o lugar onde
soberanamente está assentado o pecado, e dali domina com vara de ferro os
sentimentos, a mente e a vontade do homem, e se não for a graça salvadora esse
domínio seguirá até ao fim. Ó meu caro leitor, como vemos esse domínio? É claro
que aparece por fora em cada membro do corpo. No pecado os homens são servos
fieis ao pecado, são consagrados da cabeça aos pés a esse poder tirano, e cada
um serve naquilo que o pecado quer, conforme a aquilo que durante o seu viver é
requerido dele. Se for um religioso, será escravo religioso do pecado. Se for
um viciado, será um escravo incapaz de sair dessa escravidão; se for alguém que
aos olhos de todos parece ser uma boa pessoa, será um escravo do pecado dando
sua contribuição a este mundo.
Ali em Sodoma e Gomorra nem todos eram
homossexuais, alguns trabalhavam, construíam, plantavam, casavam e davam em
casamento, mas todos igualmente contribuíam para que Sodoma fosse o palco de
tanta maldade, a ponto de Deus derramar a torrente da Sua fúria e destruir a
todos os habitantes ali. Observemos a vida de Nicodemos, pois entre os fariseus
pareciam ser um homem diferente, honesto, por isso foi procurar Jesus, a fim de
conversar com este. Mas não importava sua honestidade religiosa, o fato é que
Nicodemos servia o pecado numa mentira que aparentemente pertencia a Deus.
Assim como no mar há diferentes espécies de peixes, assim também acontece no
reino do pecado, pois há diferentes espécies de pecadores. Ninguém consideraria
um Saulo igual ao ladrão na cruz, mas de fato Saulo não passava de um pobre
escravo do pecado, servindo a tirania do pecado dentro de uma seita religiosa,
assim como o ladrão servia ao pecado roubando dos outros.
Meu caro leitor, quantas almas vivem
enganadas neste mundo! Elas desconhecem o vastíssimo domínio desse poder, que
desde a queda tem feito de cada ser humano um agente da iniquidade neste mundo.
É assim que o mundo é de fato o mundo; é assim que o mundo se torna um lugar
bem diversificado nas atividades do diabo. O pobre escravo do pecado (João
8:34) não percebe que é um escravo aqui; alguns pensam que estão servindo a
Deus, quando realmente estão sendo levados pela corrente do mal, rumo a destruição
eterna. Alem disso, o pecador não consegue viver fora dessa condição. O pecado
para o escravo é o que a água é para o peixe. Ele vive do pecado e para o
pecado; ele serve ao pecado com alegria, mesmo que receba o mísero e trágico
salário – a morte.
Não há esperança fora do grande Autor da
salvação, porque foi o Filho de Deus que entrou nesse império do mal, foi até à
cruz e ali com Seu sangue pagou o preço para o resgate do pecador. Então amigo,
não tem outro salvador; não permita que o próprio pecado lhe engane, mostrando
outro salvador, fora o Filho de Deus.
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