“Lavai-vos,
purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai
de fazer o mal” (ISAÍAS 1:16).
INTRODUÇÃO:
Prezado leitor, vamos agora às
considerações finais em torno do contexto desse verso tão enriquecedor para os
corações aflitos e atribulados. Estamos vendo as reações de Deus em face
daquilo que o povo estava fazendo no orgulho religioso e na vaidade de seus
corações enganosos. Não esqueçamos que em todas as épocas de apostasia as
atitudes dos homens são idênticas às dos judeus nos dias de Isaías, mesmo
estando em circunstâncias completamente
diferentes. Os homens são iguais no pecado, são igualmente corrompidos e
idólatras. Então, uma passagem como essa de Isaías cap. 1 fornece um cenário semelhante
ao que nós estamos vivenciando em nossos dias aqui no Brasil e no mundo. Então
vamos checar bem os últimos quatro itens da reação divina.
4. Rejeição das orações: “Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo
de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço,
porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (verso 15). Debaixo dessas
intensas atividades de culto das emoções eles pensavam erroneamente que suas
orações eram atendidas. Cultos desse estilo sempre agem assim, com um efeito de
engano, pois manipula a mente e leva a ignorar a forma de Deus agir, conforme
aquilo que Ele mesmo estabelecera em Sua Palavra. A rebelião do coração combina
bem com o orgulho religioso e assim acreditam que não somente Deus está
ouvindo, mas que também é obrigado a fazer o que eles querem. A verdadeira
oração sempre será submissa a verdade. A verdadeira oração é humilde e
obediente a Deus, está sempre curvada à vontade do Senhor. Mas a oração
alimentada por corações corrompidos é sempre explosivas e carregadas de
presunção. Elas não têm estrutura e tudo é feito adicionando “pólvoras”, para
que tenham o efeito deseja de subir.
5.
Suas ofensas aparecem em suas mãos: : “Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim,
quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão
cheias de sangue” (verso 15). Cheias de sangue? Sim! Não porque estavam
matando seus semelhantes, mas sim porque estavam imolando os animais, pensando
que por meio dessas atividades Deus aceitava esses sacrifícios para o perdão de
seus pecados. Eles agiam assim porque era uma forma de pedir perdão e continuar
com suas alianças com as idolatrias e perversidades. Ora, aqueles judeus
acreditavam nas Escrituras; sabiam bem que a ordem era que derramasse sangue de
algum animal puro para ter seus pecados perdoados. Mas o fato é que eles não
entendiam o espírito desses ensinos; achavam que a ira de Deus era apaziguada
com meros sacrifícios de animais. Mas aquilo tudo só aumentava a culpa deles e
seus pecados ao invés de serem encobertos com sangue (Salmo 32:1), ficavam
pintados de vermelho.
É
claro que não temos mais os sacrifícios sangrentos, no estilo judaico em nossos
dias, mas o coração enganado segue o mesmo embalo, nada foi embargado pelo
tempo, pois os homens sempre agem na tentativa de encobrir seus pecados com
sacrifícios. Hoje vemos esse mesmo espírito de engano, de justiça própria e de
constante atividade. A incredulidade visa fazer dos cultos um verdadeiro
espetáculo de atividades, shows, danças e muitas obras, mas toda essa agitação
faz parte da incredulidade e da tentativa de encobrir as farsas dos corações.
No sangue de Cristo a alma é purificada, mas no sacrifício de um mero religioso
tudo é pintura e seus pecados são vistos por Deus. Na realidade estão
divertindo; estão tentando embrulhar suas maldades em belos papeis da religião
que lhe convém.
Caro leitor, e sua situação? Houve em
sua vida aquela conversão que lhe postou no pó perante Deus? Foram derrubadas
as paredes erguidas contra a verdade? O velho e arrogante homem em Adão foi
morto e nasceu um novo homem em Cristo?
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