“Eu
nasci na iniquidade e em pecado me concebeu minha mãe. Eis que te comprazes na
verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria” (Salmo 51:5 e
6)
A
TRISTE CONDIÇÃO DO HOMEM: “Eu nasci na iniquidade e...”
Caro leitor, Davi, pela poderosa
visitação da graça compassiva de Deus pode sentir a verdade do pecado no
íntimo. Estou trazendo este assunto em forma de pregação, a fim de que meus
leitores saibam o quanto esses fatos bíblicos foram narrados a fim de que
saibamos que é dessa forma que o Senhor age naqueles a quem Ele usa de
compaixão. O Senhor requer a verdade, não na mera aparência, mas sim no homem
interior, naquele cujo espírito está abatido e que treme diante da Sua Palavra
(Isaías 66:2). Sei que milhares de nós já sabem os fatos do pecado, conforme
somos ensinados na Bíblia. Somente os cegos querem ignorar essa verdade e assim
dispõem a tomar o caminho do ateísmo.
Mas eu quero continuar examinando o verso
5, porquanto ali vemos primeiramente sua parte final: “...em pecado me concebeu
minha mãe”. O fato é que Davi entrou numa sala de aula que jamais entrara, para
aprender na terrível experiência o que significa depravação total. Naquele
momento o que para ele e sua família fora motivo de gozo e festa, foi tudo
transformado em lamento. Quando sua mãe ficou grávida estava ali em seu útero
um pecador, alguém marcado pelo pecado para fazer coisas terríveis, caso a mão
de Deus não entrasse para impedir. Estava ali uma criança que cresceria e
usaria seu corpo com toda soberba do pecado para deitar com uma mulher que era
propriedade de outro e assim manchar o leito alheio. Estava ali no útero de sua
mãe um assassino em potencial, e provou isso matando um herói, um servo dele,
um justo, como fez com Urias (2 Samuel 11).
Ora, mais do que isso, estava ali um
homem que estava totalmente pronto para agir com vingança, como estava pronto a
fazer com toda a casa de Nabal, somente porque este negou de dar-lhe comida
necessária. Não fosse a intervenção de Abigail Davi teria derramado muito
sangue inocente (1 Samuel 25). Caro leitor, Davi foi chamado de “o homem
segundo o coração de Deus”, porque foi a graça graciosa que fez isso, caso
contrário em nada ele era melhor do que Saul e provou isso. Seus atos de
justiça no reino, suas orações, seus cânticos, suas vitórias foram notoriamente
obras da graça num coração visitado pela misericórdia de Deus. Deus não
escondeu seu coração, Deus o deixou solto para mostrar tais verdades para ele.
Meu caro leitor, o que mais posso dizer?
Nós também não somos os mesmos? Não viemos nós dos mesmos pais? Claro! Mas o
fato é que se não houver uma visitação divina para nos mostrar essa verdade
registrada no íntimo, no recôndito de nossas almas, certamente não aceitaremos
esses fatos. Milhares sabem de boca, mas jamais confessaram isso, porque no
nosso orgulho não queremos assinar embaixo, não queremos ser xingados por Deus,
conforme faz Sua Palavra. O que Davi fez naquele momento? Ele simplesmente
diante de Deus rasgou seu registro de nascimento que havia ocorrido em Belém, e
apagou as festas de aniversário com seus cânticos de “parabéns pra você”.
Meu caro amigo, medite nessa verdade
registrada: “...em pecado me concebeu minha mãe”, porque essa é a verdade a
nosso respeito. Não estávamos no útero de nossa mãe prontos para sair e adorar
a Deus; não estávamos ali prontos para fazer o melhor em favor de nossos
semelhantes. Em forma embrionária estava ali um verme, hediondo, vil, maligno,
carregando consigo todo dispositivo para as maldades; estava ali um filhinho de
Adão, desobediente, pronto para encher a face da terra de toda tempestade do
mal. O que a Bíblia mostra para resolver essa situação tão assustadora: “Se
alguém não nascer de novo não pode ver o reino de Deus” (João 3:3).
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