Você encontrará aqui publicações a respeito do evangelho bíblico. Muitos são postados por mim mesmo, mas outras mensagens vinculadas à verdade da mensagem da graça, publicada por homens que levam a verdade à sério serão achadas. Que este blog seja uma verdadeira mina de riquezas espirituais, a fim de que suas vidas sejam edificadas e o Nome Glorioso seja exaltado!
segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (10 de 10)
“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
A
NECESSIDADE EVIDENTE DESSA CONFISSÃO.
Sendo um milagre que ocorreu no coração,
então há manifestar em forma de confissão. Deus requer uma confissão que brota
do coração que foi modificado, caso contrário o próprio homem será iludido
pelas manobras de um coração enganoso e enganado. A confissão desmancha toda
aparência; na confissão a máscara religiosa cai por terra e toda maquiagem é
desmanchada e o homem do coração é visto como deve ser perante o Deus santo.
Notemos bem que sem confissão o que vemos por fora é hipocrisia. Cristo sempre
desmanchou o que não era real. Foi assim que o Senhor tratou aquele homem rico
que apareceu querendo saber como herdar a vida eterna. Nosso Senhor tratou de
revelar o que estava oculto no coração e o chamou a negar todo seu amor ao deus
riqueza, a fim de conquistar o reino de Deus seguindo a Ele (Lucas 18). Meditemos
na vida de Judas, pois aquele homem estava entre os doze e era um dos
apóstolos, mas seguia a Cristo vendo à frente as riquezas terrenas; almejava
lucros transitórios, os quais Jesus nunca prometeu aos Seus seguidores. Quando
as frustrações brotaram em seguir a Cristo, não tardou para que através do ato
de negar pudesse conquistar o que tanto almejava.
A confissão genuína revela um coração
transformado pela graça e foi exatamente o que Deus prometeu fazer com os
salvos, isto é, dar-lhes um coração cheio de temor para sempre. Que fantástica
obra da graça! Um novo coração, feito por Deus domina todo o ser do homem e
modifica o viver. Vemos que todos os ensinos dados no Novo Testamento aos
crentes subtendem que eles têm um coração diferente, porque é impossível fazer
o que Deus mandar fazer se não houver novo nascimento. Como um homem poderá
deixar as palavras torpes, mentiras, raiva, ofensas, ser santo no viver,
perdoar como Cristo perdoou, etc. sem ter novo coração? É impossível! Percebe
que falsos crentes tentam ser e fazer, mas logo percebem que não conseguem.
Para concluir quero mostrar o quanto a
confissão revela um estado diferente na qual a alma se encontra. Primeiro
mostra humildade diante de Deus. Quando o homem se converte a Cristo ele se
rende ao Senhor, ao saber que alguém ocupou Seu lugar, a fim de pagar suas
culpas perante Deus. A lei veio e feriu sua alma, mostrando-lhe sua perdição e
merecida condenação, mas agora tudo mudou ao ver que a providência foi tomada
de uma vez por todas, com o Redentor morrendo em seu lugar.
Em segundo lugar mostra que agora não é
mais uma ovelha desgarrada, como era antes. Agora essa pessoa segue o Senhor e
ouve a voz Dele. Agora a vida tem sentido e direção certa; agora ele vê os
perigos e busca o amparo do seu Pastor. Em terceiro lugar ele caminha para o
céu. Ele passa a ver a vida aqui como um sistema ilusório; ele vê a morte como o
término desta vida terrena e o céu como sua pátria eternal. Em quarto lugar,
tem prazer em estar com os verdadeiros crentes nessa confissão e isso aparece
nos cultos, nos cânticos, na oração e comunhão. E finalmente ele estará no céu,
juntamente com a imensa multidão, a fim de confessar que foram salvos por
Cristo; que foi o Cordeiro que morreu no lugar deles e assim vão juntamente
adorar o Senhor que tanto lhes amor e provou esse fato na cruz.
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AS ARMADILHAS DO PECADO (9)
“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus
caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de
todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço”
(Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
Deus em Sua
bondade, por meio dos Seus profetas mostrava a Israel quão perigoso é o caminho
do pecado. O mundo moderno segue essa trilha de extremo perigo, pois as
novidades do pecado são inúmeras, e cada dia mais os homens inventam novos
meios de como produzir novas sensações pecaminosas. Foi assim em Sodoma e
Gomorra, pois os pecados comuns entre os homens não serviam mais. Em nossos
dias os desafios contra Deus são vistos à luz do dia, quando as multidões não
se contentam mais, eles querem arrancar todos os obstáculos que existem; querem
livrar do que eles acreditam ser jugos, prisões, tabus vindos de Deus. A
própria igreja tem dormido o mortífero sono, pois tem deixado que as maldades
que prevalecem nesta geração entrem e façam parte da comunhão. A igreja de
Corinto, aos poucos foi permitindo que males entrassem na igreja; não fosse a
intervenção de Paulo, a igreja inteira seria destruída pela maldade e mentiras.
O pecado
também cria um prazer sedutor; o pecado é como uma serpente constritora; o
pecado cerca o ambiente e o coração de engano, de fraude religiosas, de
mentiras bem trabalhadas, de sentimentos que nos levam a pensar que temos
direitos. Não demora para que o ambiente esteja sem o juízo. É exatamente essa
a primeira função do pecado. Se ele não for julgado imediatamente, ele há de
julgar o bem e arrancar do ambiente tudo o que é justo e santo. Não foi assim
em Corinto? Paulo viu que aquele homem que cometera torpeza não havia sido
punido e tirado do meio (1 Coríntios 5). Já lidei com essa situação, porque
quando o mal não é desfeito, eis que os culpados começam a atacar a palavra da
verdade; começa a criticar, chamando o pregador de alguém que vive julgando os
outros. É isso que acontece em nossos dias.
Também, o
pecado faz com que o ambiente fique sem perceber o prejuízo. O pecado sempre
dará um jeito de escapar, de encobrir a situação com desculpas. O ambiente será
visto com pessoas prejudicadas. É triste ver o quanto homens deixam suas
esposas e mulheres abandonam seus maridos em nossos dias e isso é tratado como
algo normal; como se nada tivesse acontecido, sem falar noutros males que
ocorrem. Outro detalhe é que o pecado cria um ambiente de aparente felicidade;
a alegria do pecado cria uma alegria que parece imensa, uma felicidade que
parece inigualável. Satanás faz com que as pessoas se sintam como se estivesse
vivenciando um paraíso; tudo há de ser enfeitado com sentimentos de amor; todo
elemento de juízo e justiça foi tirado, por isso agora todos podem usufruir de
uma alegria e de sentimentos até mesmo da aprovação de Deus. Conforme fizeram
os Israelitas com o bezerro de ouro, eles se assentam para comer e beber,
depois se levantam para divertir.
Eis aí um
pouco do que significa as armadilhas do pecado. É isso o que acontece e é feito
de tal maneira que chegará o momento quando ninguém mais suportará a verdade e
vai tratar os males mais hediondos e vis com muita ternura e proteção. Quando
chega a uma situação tão terrível, eis que virá o juízo de Deus. Já vi pessoas
que choraram tarde demais, porque não deram ouvidos à verdade. Satanás sabe
fazer as suas festas, de tal maneira que ninguém vê que suas armadilhas, seus
explosivos estão ao longo do caminho. Desde a queda do homem sempre foi assim,
pois o caminho sedutor do diabo é tão enfeitado e atraente que os homens
iludidos e enganados dirão que os caminhos de Deus são cruéis.
O que entra
agora? Entra um Deus de imensa compaixão, o qual chama os pecadores, mostrando
a eles a verdade e os convida ao arrependimento e fé em Cristo Jesus, a fim de
escapar desses tremendos perigos que envolve a vida aqui e na eternidade.
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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
AS ARMADILHAS DO PECADO (8)
“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus
caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de
todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço”
(Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
O trabalho mais
ardiloso do pecado no homem é fazê-lo sentir que a queda não foi tão terrível
assim e quanto mais o mundo se torna mais belo e atraente, mais enganoso o
pecado se torna no coração do homem. Se quisermos ver o que o homem pensa neste
mundo, leiamos o livro de Eclesiastes vezes após vezes. Deus toma o melhor
homem entre os homens, o mais rico, culto, religioso, trabalhador, sábio, etc.
a fim de mostrar o quanto a mente do homem é cheia de fantasia. A palavra mais
usada ali é “vaidade”, porque esse termo mostra o que realmente está no coração
do homem no pecado. A vida dele é cheia de sonhos, assim como vivem os homens
hoje. Ele fala de Deus, fala de trabalho, casamento, aproveitar bem a vida e
por fim enfrenta a morte. Em Eclesiastes vemos como o melhor homem do mundo
nada entende de eternidade; para ele a vida é aqui, o que o homem ajunta para
viver e aproveitar do melhor que esta vida pode dar. Eis aí a mais engenhosa
armadilha feita pelo pecado na alma.
A armadilha
do pecado mostra como a queda levou o homem a desafiar o próprio Deus. Neste
mundo os homens mais sensatos são vistos por Deus como sendo os mais loucos. Os
homens aqui sempre se escondem para suas práticas perversas; ou entram num
quarto, ou ficam num lugar distante, ou disfarçam bem com palavras, escondendo
suas maldades no coração. Mas o fato é que é impossível se esconder de Deus,
pois Ele tudo vê; os olhos do Senhor estão em todo lugar. Mas é aí que entra a
estupidez do homem natural em achar que ele está sozinho. Ele entende acerca de
Deus, como entende acerca do homem. Para o homem no pecado não existe
onisciência, onipotência ou onipresença. É mais fácil ele acreditar num
super-homem do que nas verdades gloriosas acerca de Deus, conforme a revelação
bíblica.
Assim os
homens realmente ousam desafiar Deus, e mesmo que tenha uma compreensão bíblica
acerca de Deus, no íntimo ele acha que pode tramar meios de enganar esse Deus;
ele há de mentir sempre, a fim de levar Deus a sentir dó dele e aprovar seus
caminhos errados. Não há no coração do homem a capacidade de carregar consigo
as verdades eternas; tudo vem como pacotes de informações, mas são estudos sem
luz, sem qualquer proveito para o coração enganoso e iludido do homem no pecado.
Assim, caído pelas armadilhas do pecado, o homem natural procura dissipar a
verdade revelada. Ele se sintoniza com outro tipo de revelação, porque enche
sua alma de maior engano e fraude religiosa. Em tudo o homem no pecado quer sentir
a paz com seu bem-amado – o pecado. No íntimo ele diz: “Ninguém me vê”. Essa é
a função do pecado, seu poder de ludibriar e fazer a pessoa sentir-se
fortalecida e até mesmo abençoada.
Não foi
assim com Israel? Todas as maravilhas feitas por Deus àquele povo em nada os
tornaram em pessoas humildes, devotadas e obedientes. Pelo contrário,
propositalmente recusaram obediência e buscaram seus ídolos. Mesmo os avisos
tão compassivos de Deus por meio dos profetas foram suficientes para fazê-los
voltar, pelo contrário eles foram firmes e resolutos na disposição de continuar
em seus erros. Não há luz no pecado; não há graça no pecado; nada há no pecado
senão mentira e morte. Tudo aqui caminha para uma falácia total, a não ser que
a mão de um Deus compassivo entre em ação. Foi sempre assim com Israel no
decorrer da sua história e tem sido assim com todos os homens. Foi a entrada do
evangelho em Tessalônica que operou grande mudança naquela cidade, com homens e
mulheres deixando seus ídolos, a fim de servirem ao Deus vivo e verdadeiro,
conforme o testemunho dado por Paulo em 1 Tessalonicenses 1.
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HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (9 de 10)
“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
A
NECESSIDADE EVIDENTE DESSA CONFISSÃO.
Outro detalhe que aparece na confissão
dos eleitos é que há neles um entendimento da necessidade de um substituto que
ocupe o lugar dele: “...mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós
todos”. Nota-se que é um trabalho da graça no coração, porque do contrário o
homem jamais entenderia isso. Foi o que ocorreu com Pedro em Mateus 16 quando
Ele afirmou que Jesus era o Filho do Deus vivo. Nosso Senhor imediatamente lhe
disse que o que ele proferira não era obra da carne ou dos homens, mas sim de
Deus. Nenhum pecador será salvo sem essa compreensão particular, de que Deus
enviou o perfeito substituto para morrer no lugar de réus condenados. Vejo hoje
uma corrida frenética por um evangelismo mais apegado à números do que à
verdade. Hoje qualquer um que faz uma mera decisão verbal de que aceitou Jesus
é considerado salvo. É claro que têm os que realmente se convertem, mas o que
quero afirmar aqui é que sem uma compreensão no coração de que Deus enviou Seu
Cordeiro Amado para ser o substituto perfeito, não há como compreender
salvação.
Outro importante detalhe que emerge no
texto acima é que há entre todos os eleitos um entendimento da necessidade
desse real substituto: “...fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos”. Eis
aí a fé comum a todos; eis aí aquilo que mostra a unidade da igreja em todos os
lugares. Os salvos têm a mesma linguagem; todos falam o mesmo idioma da
redenção; todos têm a mesma confissão e essa confissão está registrada no
coração de cada um deles. Também, quando os eleitos estão reunidos eles formam
uma unidade; não importa se são ricos ou pobres, todos proclamam a mesma fé e
têm o mesmo cântico.
Passo agora às partes finais da pregação
sobre esse tema, tratando sobre a necessidade dessa confissão. Sempre tenho
mostrado o quanto é necessária uma fé que realmente confessa essas verdades. É triste
ver como a cristandade moderna desconhece confissão de fé, algo que era comum
antigamente. Mas a vida é confissão, porque se trata de algo do coração e não
de meras palavras. Quando um homem ama uma jovem e deseja casar com ela, ele
confessa seu amor por ela e seu ardente desejo de tê-la como esposa. Na bíblia
os santos confessam seu amor por Cristo, como resultado do amor de Cristo por
eles. É impossível ler os Salmos sem notar a confissão de fé de genuínos
crentes. O livro de Cantares é uma vívida demonstração dessa confissão e assim
transbordam as palavras dos fieis testemunhando perante elementos perversos e
enfrentando até mesmo a morte. As palavras dos apóstolos perante perversos
inimigos mostram a confissão deles: “Como podemos deixar de falar daquilo que
vimos e ouvimos?”. Em Filipenses vemos palavras de confissão de Paulo em seu
ardente amor por Cristo. Temos: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”
entre outras palavras de confissão.
O
que poderia dizer sobre isso? Se houve um milagre operado no coração; se Deus
visitou o pecador levando Sua verdade ao íntimo, então é óbvio que necessário é
que tudo resulte em confissão. A vida cristã não é algo meramente mental ou
emocional, mas sim algo feito no coração; é Deus realizando seu milagre em
tirar um coração de pedra, a fim de implantar um coração que venha a Lhe temer.
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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (8)
“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
A
CONFISSÃO DE SUA MORTE SUBSTITUTIVA NA CRUZ: “...mas o Senhor fez cair sobre
ele a iniquidade de nós todos”.
Os eleitos também passam a ter um entendimento
correto da missão do Filho de Deus na terra. Eles têm seus olhos abertos e
conseguem enxergar a verdade. A obra da graça é algo que ninguém neste mundo
pode explicar, pois como eles conseguem ver o que outros não enxergam? Enquanto
o homem vive nas trevas ele vê sua religião, toma o caminho que bem lhe
interessa, dá impressão de que teme a Deus, mas a verdade é que continua nas
trevas, como dá o testemunho o escritor de um antigo hino: “Eu nas trevas
vagueava sem a luz da retidão”.
A visão do Salvador crucificado só pode
ser contemplada por aqueles que Deus aprouve salvar da condenação eterna. O
eunuco mostrou essa verdade quando lia Isaías 53 (Atos 8). Ele era um prosélito
do judaísmo e voltava de Jerusalém da mesma maneira que fora para lá – como um
cego. Mas ao retornar para a Etiópia Deus abriu seus olhos e seu coração
grudou-se nessa passagem profética, até que Filipe chegou e mostrou-lhe o
Salvador e ali mesmo ele foi salvo. A chamada da graça é irresistível, pois não
há pecador que possa ter essa visão do Salvador bendito, sem cair perante Seu
inaudito amor: “Que grande amor, excelso amor que Cristo nos mostrou, pois para
nos livrar do mal a vida não negou!”. Notemos bem que Deus transmite esse fato
aos perdidos, quantos aos outros, eles são mantidos nas trevas. Claramente Deus
faz diferença entre os pecadores e os perdidos; entre os que são salvos e os
que perecem. Quão poderoso é o Senhor para abrir os olhos dos Seus eleitos! Não
há dificuldade para ele em curar a visão espiritual de milhares e tirar a
surdez deles, porque esse é o majestoso trabalho do evangelho.
Os eleitos também percebem que a
crucificação foi um atos de Deus e não um acontecimento fortuito na história: :
“...mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”. A obra da cruz
é a manifestação do braço forte do Senhor; é o maior espetáculo da história,
mas tal feito somente os que foram chamados à salvação podem ver e admirar,
pois eles não veem um mero sofredor, um pobre ser abandonado à crueldade dos
homens. O mundo transforma tudo isso num espetáculo para suas superstições e
divertimentos. Por isso afirmo que os mundanos veem a morte de Cristo como
expressão da crueldade dos homens. Vemos essa verdade no capítulo 6 de João,
quando o Senhor confronta os judeus. Eles foram atrás do Senhor porque este
havia feito o milagre da multiplicação. Eles olhavam para o Nazareno como a
pessoa certa para subir ao trono e mostrar ao mundo gentio a realidade do trono
de Israel.
Mas o Senhor chama a atenção deles,
mostrando que Ele era o pão que desceu do céu, a fim de dar vida ao mundo. Para
eles salvação significava livramento político e bênçãos materiais. Para os
eleitos a visão é diferente; eles veem o Salvador na visão de Deus; eles
contemplam o Cordeiro de Deus; eles veem seus pecados cravados no Salvador;
eles veem que suas culpas e imensas dívidas foram liquidadas na cruz. Esse é o
Cordeiro que tira o pecado! Quem pode Seu amor contar? Essa história não pode
ser narrada senão pela boca daqueles que um dia confessaram a fé nesse
grandioso Redentor e Senhor!
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AS ARMADILHAS DO PECADO (7)
“Portanto, eu os
julgarei, cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor
Deus. Convertam-se e afastem-se de todas as suas transgressões, para que a
iniquidade não lhes sirva de tropeço” (Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA
(Romanos 3:23)
O mais poderoso efeito do pecado é o
orgulho. Aliás, o combustível do pecado é a soberba, conforme vemos em
Habacuque 2:4: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...”. Como é que o
orgulho do pecado se manifesta? É claro que ele não aparece tanto nos
relacionamentos sociais. A soberba se manifesta no homem em relação a Deus, é
por isso que ele vive como vive, como se Deus não estivesse presente, nem
tampouco fosse poderoso. É assim que o homem é transportado no curso deste
mundo (Efésios 2:2) e não tem algo mais assustador do que esse fato no viver.
A primeira lição é que o pecado elimina
qualquer conceito de temor (Salmo 14:1). O temor a Deus é o sinal claro de uma
alma convertida; sua ausência indica o quanto a pessoa jamais conheceu o Deus
vivo no íntimo. Nem precisamos tomar a vida de um homem que vive no pecado, a
fim de mostrar essa lição. Notemos na vida de Davi que sua queda foi resultado
claro de ausência de temor devido ao orgulho, ao desejo de ter o que a natureza
carnal quer. Foi assim que aquele homem crente ficou cercado dessa nuvem de
engano, em achar que ninguém via o que ele havia feito. É assim que o pecado
opera.
O escritor aos Hebreus deixou claro que
os crentes precisam viver sob constante atividade de recíproca advertência,
orientando, exortando e edificando uns aos outros, a fim de não serem
endurecidos pelo engano do pecado. Vejo o quanto muitos chamados crentes fogem
de uma comunhão bíblica. Muitos não gostam da igreja, de frequentar os cultos,
ouvir a pregação e assim estimular uns aos outros na jornada. Outros querem uma
igreja que funciona como clube, gostam dos amigos, mas fogem de confrontos
bíblicos em ajudar, edificar e construir a vida de forma mútua. Sem essa
constante atividade os crentes tendem a ficar endurecidos sob o engano do
pecado. Vemos um mundo religioso que funciona; nada de confronto bíblico, porque
querem o conforto que este mundo oferece. O mundo aparece para servir bem a
tais religiosos; sua mesa está pronta com todos os pratos preferidos, como
ecumenismo, liberdade feminina e diversões.
Outra perigosa atividade do pecado é
fantasiar a mente com vaidades. Aliás, essa é a mente de todos os não crentes,
conforme o ensino do livro de Eclesiastes. Tudo neste mundo funciona assim; os
homens enchem suas mentes de ilusões e emocionalmente festejam seus sonhos;
para eles a vida é ganhar dinheiro, ter fama, amizades e divertir
abundantemente. Foi essa a experiência de Salomão, pois teve tudo o que ansiava
ter, mas logo descobriu que estava correndo atrás do nada. O mundo é um
espetáculo de vaidades e quanto mais a vida se torna mais fácil, mais o pecado
cria vaidades. Tudo o pecado faz para criar novas armadilhas, e elas aparecem
lindas, atraentes e fáceis de serem adquiridas. As vaidades fazem as pessoas
viver de sonhos, de ambições e elas não percebem as ciladas no caminho. A
estrada deste mundo está cheia de armadilhas; a morte trabalha silenciosamente
e se oculta por detrás daquilo que parece ser bom.
Como escapar dessas ciladas? Digo e
afirmo que nada neste mundo, nem mesmo a presença da morte pode mostrar os
terrores que cercam os homens neste mundo. Milhões e milhões tardiamente
experimentam agora o fato que foram empurrados para o abismo. Deus abriu os
olhos do ladrão na cruz e imediatamente ele pode ver o Salvador ao seu lado e
pode pedir sua salvação. “Como é triste andar em trevas sem perdão do Salvador!
Bela é a vida, mas a vida dominada pelo amor”.
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sábado, 21 de dezembro de 2019
domingo, 15 de dezembro de 2019
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
AS ARMADILHAS DO PECADO (6)
“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus
caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de
todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço”
(Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
Nos títulos
dados aos homens aqui podemos ver o quanto o pecado e suas manifestações
constituem verdadeiras ciladas aos homens, por isso Deus em Sua compaixão vem
nos alertar através da Sua palavra revelada. Por essa razão foi que Deus, por
meio do profeta Ezequiel ordenou que Israel se convertesse e se afastasse de todas
as suas transgressões, a fim de que a iniquidade lhe lhes servisse de tropeço.
Estou lidando com Efésios 2, considerando não somente as palavras como os
títulos dados aos homens. Lembremos bem que os crentes eram assim e essas
verdades nos foram entregue a fim de que pudéssemos manter humildes e
dependentes Dele.
“Filhos da
desobediência” aparece também para brilhar com intensidade a condição do homem
em seu estado depravado. A tendência natural do homem é sentir-se que é um
filho de Deus, que Deus vai receber seus filhos no céu. A natureza enganosa do
homem sempre escorrega para longe da verdade, porque gosta de se aventurar nas
trevas. A expressão: “Filhos da desobediência” refere-se ao fato que todos em
Adão caíram ali no Éden; que todos são culpados; que todos são chamados filhos
da desobediência, pois são ligados a Adão. Os ligados a Cristo que são chamados
de filhos da obediência. Além disso, essa expressão revela a íntima ligação que
o homem tem com satanás, porque está sempre apto para desobedecer a Deus e
obedecer o comando do pai da mentira. Jesus mostrou como os judeus estavam
prontos para ouvir e obedecer o comando do diabo (João 8), pois quando
apresentou-lhes a verdade eles simplesmente ficaram irados e pegaram pedras
para matar o Senhor.
Em João 8:44
temos a expressão dada por Jesus: “o diabo, vosso pai”. O Senhor essa verdade
bem clara perante aqueles homens carregados de superstição religiosa e de
espírito assassino. Mas a expressão mostra o prazer que o homem tem pelas
mentiras contadas por satanás neste mundo. Olhemos as religiões, as idolatrias,
as manipulações dos falsos mestres e a disposição que os homens possuem para se
gastar por aquilo que não passa de mentiras. Nosso Senhor deixou os discípulos bem
avisados que o mundo religioso lhes perseguiria e os mataria fazendo em nome de
Deus. Paulo sentiu o fervor assassino dos líderes religiosos em Jerusalém
quando souberam que ele havia se convertido ao cristianismo. Quantos milhares
de crentes foram cruelmente assassinados pela fúria dos homens durante a
história!
Também
podemos pensar no pecado como o promovedor do orgulho. Não pensemos que o homem
é por natureza humilde. A essência do pecado é o orgulho. Não é um orgulho tão
aparente, porque é a atitude de hostilidade no coração contra Deus. Até mesmo
os crentes têm que lutar contra essa atividade insana da carne diariamente, a
fim de ficar livre desse perigo que tanto ronda nossas almas. Nós estamos do
lado de cá, neste mundo e tendemos a ver os homens do ponto de vista nosso
aqui.
Devemos
aprender a ver a maneira como Deus nos mostra a situação do homem aqui. Foi Ele
quem disse para os pais de Jacó e Esaú: “Amei Jacó e aborreci de Esaú”. Essa é
a forma de Deus mostrar a realidade das coisas. Muitas lições tão importantes, para
nos manter humildes vêm para nós em forma de experiências, para que Deus rasgue
nossa soberba e nos mantenha na santa dependência Dele. Foi assim com Moisés,
pois ele precisou ficar 40 anos no meio dos midianitas, a fim de ser esmagado
seu orgulho de ser filho da filha de Faraó. Nós somos frutos do pecado. Na
criação conhecemos a bondade do Criador; na queda ficamos impressionados com
vanglória do diabo e é na salvação que murchamos, a fim de sermos erguidos para
Deus.
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HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (7)
“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
A
CONFISSÃO DE SUA MORTE SUBSTITUTIVA NA CRUZ: “...mas o Senhor fez cair sobre
ele a iniquidade de nós todos”.
De repente vemos que há uma mudança,
porque os eleitos passam a ter um entendimento correto acerca da missão do
Senhor na terra. Veja bem que antes da conversão os pensamentos eram
incorretos; que eles tinham Jesus como ferido de Deus, ou mesmo alguém que foi
castigo de forma merecida. Mas agora tudo muda, porque a visão da fé passou a
tomar conta dos corações: “Mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós
todos”. Eis aí o que conta a confissão dos eleitos; eles olharam para o
Salvador; eles puderam ver que ali foi pendurado o nosso perfeito substituto.
Os eleitos são pessoas que eram
perdidas, que viviam nas trevas, mas que foram atraídas pela irresistível
graça. Ninguém é salvo sem esse marcante encontro que a fé tem com o Salvador
bendito. Foi assim que homens e mulheres vislumbraram a cruz de antemão; eles
olharam e viram Jesus no símbolo de um animal sacrificado. Foi assim que Abel
foi salvo; foi assim que Adão e Eva receberam das mãos do Senhor o traje feito
com a pele de um animal sacrificado. A fé no Antigo Testamento contemplava o
futuro, a fé agora contempla o passado, a fim de viver sob o gozo de uma tão
grande salvação.
Deu ênfase a esse fato porque eu sei o
quanto satanás empurra para longe a mensagem da cruz, a fim de por em foco
outras mensagens. Se retirarmos essa mensagem seremos fatalmente levados pelos
tufões do ecumenismo que avança com força em nossos dias. Tenho lidado com
muitos que jamais conheceram essa confissão e que procuram atalhos nas
Escrituras. Mas o fato é que cada pecador deve ser levado ao Salvador; cada
pecador precisa saber que seus fardos vão continuar, se caso não forem em
confissão ao Senhor Jesus. Não tem como trilhar a vida cristã enquanto não for
salvo e aceito por Deus mediante essa justiça de Cristo (Romanos 5:1).
Notemos bem que a confissão dos eleitos
é um humilde reconhecimento que alguém lhes substituiu e que isso foi algo de
Deus. Percebe-se que é algo sobrenatural, porque não há aqui na terra quem
possa fornecer essa verdade. Isso significa que os eleitos são aqueles que
realmente confessam; são os que não encobrem seus pecados; são os que foram e
são atraídos pela graça ao arrependimento; são os que estavam perdidos, mas
foram achados e viram a luz da cruz brilhando perante seus olhos: “Foi na cruz
que um dia eu vi meu pecado castigado em Jesus”. Que incrível percepção! Que
imagem gloriosa quando a fé gerada no coração pelo Espírito Santo pode
contemplar o Salvador, humilde, manso e justo que ali foi pendurado, a fim de
nos resgatar da terrível culpa que pairava sobre nossas cabeças.
Outro
detalhe é que, na confissão, os eleitos têm uma conclusão, clara e inequívoca: “Mas
o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”. Há uma teologia
correta, porque eles veem tudo à luz da verdade revelada, que não foi algo
feito pelo homem, mas sim por Deus: “...mas o Senhor fez cair...”. Notemos o
quanto o mundo com sua religiosidade natural e supersticiosa está fora dessa
mensagem e que Deus revela somente àqueles que ele há de salvar. Todos os
eleitos dizem a mesma coisa; todos os eleitos cantam e contam essa redenção: “Na
redenção firmado estou, meu cativeiro já findou, contente cantarei louvor ao
meu glorioso Redentor
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quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (6)
“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
A
CONFISSÃO DE COMO VIVIAM NO PECADO: “Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas...”.
Os pecadores eleitos são aqueles que
perceberam que trilhavam por caminhos tortuosos: “...cada um se desviava...”.
Quão preciosa é a atividade em mostrar aos pecadores como foram suas vidas no
pecado. É impossível conhecer a Cristo sem que antes os homens vejam sua
condição de perdidos, transgressores e culpados diante de Deus. A luz da graça
é forte suficiente para mostrar o triste caminho pelo qual o homem anda e que
se não houver arrependimento não há como trilhar o caminho certo que leva ao
céu. Na sincera confissão o convertido não inventa desculpa; não fica olhando o
pecado dos outros, dos pais, da sociedade, conforme normalmente acontece.
Quando o homem depara com seus pecados e sua culpa diante de Deus funciona como
se ele estivesse sozinho no mundo; como se ele fosse o único culpado, e ao
comparar com os outros ele se vê como o principal dos pecadores.
O evangelho chama os homens a uma visão
da glória de Deus; o grande Salvador é visto como Justo e o homem culpado. Não
há confusão, porque a diferença é nítida: O Cordeiro é o puro e imaculado
Cordeiro de Deus, enquanto o pobre pecador não passa de um verme culpado. Que
luz radiante brilha perante Seus olhos; ele é arrancado desse sistema mundano,
desse ambiente de mentiras, de fraudes do coração e de inevitável destruição.
Em que miséria encontra os homens que perecem! Sem que Deus chame pecadores
para essa visão particular, não há como escapar da miséria eterna que aguarda
as almas impenitentes. Nessa visão do pecador vendo a cruz e o Justo Servo de
Jeová como aquele que foi entregue para levar os pecados sobre Si, é que a alma
confessa consegue vê toda sua vida, o que fez contra Deus, o que está pronto a
fazer no dia a dia e que estará pronto a fazer até o fim.
Veja bem que não estou dizendo que há de
confessar cada pecado, mas que sua condição de um coração vil e sujo será posto
perante ele. Ele verá suas paixões, suas idolatrias, sua disposição de andar
sem Deus no mundo e de odiar o Senhor. Essa é uma confissão geral e assim a
alma penitente verá que sua esperança está no Seu substituto perfeito que
ocupou seu lugar na cruz. Sem isso não pode haver salvação. Os judeus convictos
quando levavam um animal para ser imolado pelas suas culpas sabiam bem que ali
estava apenas um símbolo de uma realidade eterna. Quando ele punha sua mão
sobre a cabeça do animal, ele entendia que seus pecados estavam sendo
simbolicamente transferidos para uma vítima sem culpa.
Eis aí o que significa a humilde
confissão dos eleitos. Ah! Quanta brincadeira com a doutrina da salvação em
nossos dias! Como vejo milhares sendo iludidos com uma falsa paz! O que
acontece é que muitos recebem dos homens uma certeza de salvação que não foi
obra do Espírito Santo, justamente porque não houve essa humilde confissão que
vem do coração. Pouco ou até quase nada ouvimos da mensagem da cruz e da
desesperadora condição do homem no pecado. Afinal, quem quer ouvir do Salvador
e de uma tão grande salvação se nunca ouviu da sua miséria? Quem há de beber um
remédio se nada sente de alguma enfermidade?
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AS ARMADILHAS DO PECADO (5)
“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus
caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de
todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço”
(Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
Além dos
nomes que descrevem o pecado como algo terrível e eternamente desastroso, a
bíblia também usa expressões que mostram o horror causado pelo pecado. Que
saibamos o quanto Deus não hesita em mostrar os trágicos resultados do pecado,
até mesmo para Seu povo, tendo em vista o fato que precisamos ser humildes. Ele
fez assim com Israel e mesmo após a longa jornada no deserto, Moisés relembrou
os acontecimentos da jornada, em especial lembrou da rebeldia do povo e da
necessidade que teve de interceder diante de Deus para que a nação não fosse
destruída pela ira do Senhor (Deuteronômio 9). Que saibamos o quanto é um livro
não somente revelador, como também confrontador e que muitas vezes nos
aterroriza com suas palavras as quais revelam nossa triste condição em Adão.
Em Efésios
vemos nas palavras de Deus as duras expressões usadas para mostrar aos crentes
que a graça não os achou como pessoas finas, educadas, bondosas e religiosas.
Ficamos fascinados quando lemos o capítulo 1 daquela carta e até mesmo somos
levados às emoções. Mas, de repente tudo muda quando deparamo-nos com o
capítulo 2. Logo de cara Paulo afirma que nós não passávamos de defuntos diante
de Deus e que foi preciso a mão forte do Deus que dá vida, a fim de nos tirar
dessa condição de mortos, assim como Jesus fez com Lázaro (João 11). Deus não
diz que o pecado foi algo simples, que foi uma mera queda; que tornamo-nos
pessoas diferentes e estranhas. O texto mostra que o pecado trouxe a morte. Não
tínhamos meia vida; diante de Deus éramos defuntos, da mesma forma que vemos um
defunto num caixão. É essa a condição de cada ser humano neste mundo. Nós
olhamos a aparência, mas Deus vê os ossos e podridão lá dentro.
Ainda em
Efésios 2, olhando o destino eterno, eis que éramos chamados de “filhos da ira”:
“...e éramos por natureza filhos da ira como também os demais (verso 3). Como
pensamos diferentes! Como temos a tendência de depreciar as palavras do Senhor
e no íntimo torcê-las! Somos por natureza humanistas e queremos proteger a
todos, achando que Deus está sendo cruel naquilo que Ele fala. Uma das lutas
insanas do engano do pecado é fazer com que os homens creem que todos são
filhos de Deus; que todos os homens não merecem um sofrimento eterno. Em nossa
ignorância sempre estão desejando um “bom lugar” para os que morrem e
expressões são comumente usadas, a fim levar o pecador para um lugar de eterna
paz: “Descanse em paz”, “vá para os braços do pai”, etc.
Mas, quão
perigoso é voltar contra as Escrituras! Somos chamados a crer que Deus é
verdadeiro, fiel e justo, e nós pobres mentirosos. No texto Paulo afirma que
éramos “filhos da ira” e não “filhos do amor”. Paulo quer dizer que por
natureza, isto é, por nascimento, por sermos provenientes da queda, eis que nós
éramos destinados à raiva de Deus; que éramos marcados para ser atirados ao
furor de Deus no inferno e lago de fogo. Por natureza os homens tentam abrandar
o terror da queda, mas Deus não mudou e nem pode mudar. Antes de Esaú nascer
Deus afirmou que o odiava. Deus não perguntou a Rebeca ou Isaque qual era a
opinião deles. Deus ignorou os sentimentos dos pais, porque isso não interessa
a Deus. Nós sempre achamos no íntimo que somos melhores. Nós não entendemos o
que a bíblia diz: “... mas Deus que é riquíssimo em misericórdia...” (Efésios
2:4).
Precisamos
voltar para essas verdades, porque enquanto não soubermos desses fatos, eis que
seremos pegos pelas armadilhas do pecado ao longo do caminho e milhares têm
partido para a destruição eterna devido à ignorância das verdades expostas na
palavra de Deus.
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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (5)
“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
A
CONFISSÃO DE COMO VIVIAM NO PECADO: “Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas...”.
Na primeira parte pudemos ver o tema de
um modo geral, mas agora quero chamar a atenção, de forma particular para os
eleitos. É claro que o texto mostra nossa concepção acerca da crucificação do
Cordeiro de Deus; como tínhamos uma mentalidade mundana, cheia de superstição e
de completa ignorância. O povo eleito foi achado pela misericórdia quando eles
estavam mortos em seus delitos e pecados. Deus se ocupa em mostrar que os salvos
em nada tiveram qualquer participação na obra salvadora, que éramos tão inúteis
quantos os outros; que só trouxemos peso, maldade e aprofundamos o fardo para
mergulhar o Senhor no sofrimento; que nossa confissão foi milagrosa e que foi
Deus quem operou em nossos corações para que fôssemos tirados das trevas para
Sua maravilhosa luz (Colossenses 1:13).
Sendo assim podemos mostrar o quanto os
eleitos são pessoas que conheceram o arrependimento, porquanto o arrependimento
é o poder dado por Deus para que cada pecador veja a sua vida em trezentos e
sessenta graus. O homem arrependido é o único que consegue voltar ao passado e
ver o quanto se desviou em seus caminhos, que vivia sem Deus no mundo. Na
salvação os homens são cercados pela luz da história da cruz. Sem isso não há
conversão nem arrependimento. Sem conhecer o Cordeiro que foi morto em seu
lugar para prover eterna redenção, o pecador continuará em seu estado de
trevas, mesmo dentro de uma igreja e cheio de conhecimento teológico. No
arrependimento que o homem percebe o quanto vivia iludido; o quanto estava
enganado, achando que era forte, inteligente e capaz de se virar sozinho. O
arrependimento leva o homem a perceber o quanto fora enganado, que estava condenado
e sob o iminente perigo de ser atirado ao sofrimento eterno.
Ora, tudo isso faz o pecador mirar o
Cordeiro de Deus que foi morto em seu lugar de uma forma sincera e santa.
Enquanto o homem não é salvo ele vê Jesus como um pobre coitado, enquanto ele mesmo
se vê como alguém de grande importância. Mas é no arrependimento que a situação
muda: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...”. Notemos bem que sua
visão é real. Ele olha agora e vê que ele mesmo era um pobre coitado; que não
passava de uma frágil ovelha que sozinha seguia seu próprio caminho, sem
percepção de qualquer perigo. Essa é a visão real do Senhor! Essa é a concepção
correta daquele acontecimento na cruz.
Tomo novamente os dois ladrões para
mostrar a diferença real entre os dois homens. O ladrão que se converteu
mostrou sua real condição. De repente ele viu aquele homem crucificado como
sendo o Salvador, justo e reto. Foi ali que aquele homem se viu que andou
desviado, longe de Deus. Naquele momento sua vida pregressa foi filmada num
instante e assim ele abriu sua boca para confessar e obter salvação. O outro
não, ele não tinha noção do que foi, não viu sua culpa, se viu injustiçado e
por isso via Jesus como alguém que poderia mudar sua sorte para voltar ao
mundo. O que aconteceu é que ele morreu
em seus pecados. Que diferente é a obra da salvação na vida de homens e
mulheres! É tudo obra da suficiente graça!
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AS ARMADILHAS DO PECADO (4)
“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus
caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de
todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço”
(Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
Outra
palavra aparece em toda Escritura para mostrar quão horrível, afrontador e
pervertido é o pecado. É a palavra “ofensa”. Ela indica o quanto o homem no
pecado não sente qualquer medo da presença de Deus. É como um filho viciado em
drogas desafiando o pai e a mãe em palavras e atos. Muito tempo atrás, numa
reunião de amigos, um homem recebeu uma bofetada da própria esposa na presença
de todos. Aquele ato foi tão humilhante para aquele homem que o levou ao
suicídio. Agora, imaginemos o que foi e é o pecado para Deus. Nada é feito fora
da presença de Deus; o Senhor nunca está ausente; sua presença é constante em
qualquer lugar, em qualquer parte do planeta ou do universo. Isso significa que
o pecado em todas as suas manifestações é como um tapa na face do
todo-poderoso.
Mas é
exatamente assim que os homens fazem em suas práticas malignas. Podemos ver a
reação de Deus em sua compaixão; podemos ver o quanto por anos Ele demonstra
paciência e suporta as maldades dos homens contra Sua santa presença. Vemos
essa atitude tão bondosa e sofredora do Senhor, mostrada nos livros proféticos.
Observemos o livro de Oséias, porque ali vemos Israel agindo como uma mulher
descarada, a qual abandona seu marido para ir à procura dos seus amantes. Foi
essa a atitude do povo de Israel em relação ao seu Deus. Qual é o homem que
consegue suportar, vendo sua esposa indo com outro homem? A traição não uma
verdadeira bofetada na face?
Também vemos
o horror do pecado na própria palavra “pecado”. Na prática ela significa “desvio
do alvo”; ela traz consigo a ideia de como o pecado, como que embebedou a alma;
como o homem ficou torto no coração e que por isso todo seu caminho se tornou
tortuoso e assim incapaz de andar como Deus quer e atingir a meta de Deus. Em
tudo o que o homem tenta fazer de bom na terra ele se mostrará como incapaz de
fazer, porque não tem em vista a glória de Deus. Naturalmente ele pode ser boa
pessoa, religioso e de bons padrões de disciplina, honestidade e bondade na
vida. Porém o pecado o incapacitou de ser um santo, porque não pode ser. Por
mais bondoso, honesto e de boa moral, os seus caminhos mostrarão o quanto ele é
torto no viver. Mesmo que ele projete boas coisas e tenha boas intenções, nada
modifica seu caminho e as veredas trilhadas por ele serão sempre vistas como
veredas tortuosas.
Outro termo
aparece na bíblia, é a palavra “injustiça”. Essa palavra mostra que o homem é
exatamente o tipo que de nada serve para Deus, justamente porque ele é injusto.
Pode ser vista essa verdade expressada em toda Escritura. Injustiça significa
que o pecado me tornou inaceitável para Deus e diante de Deus; que eu não posso
entrar no céu, na minha condição proveniente de Adão. O homem como injusto
precisa da justiça perfeita, caso queira entrar no céu. Paulo diz em 1
Coríntios que os injustos não herdarão o reino de Deus e em Romanos 1 ele
mostra o cenário de injustiça e impiedade da parte da raça em relação a Deus e
aos homens.
Todas essas
palavras revelam o perigo que cerca o homem com as armadilhas do pecado em seus
caminhos. Foi por essa razão que Deus, através de Ezequiel ordena que Israel se
arrependa, a fim de que as transgressões não lhes sirvam de tropeço. Os homens
pensam que o pecado é algo inocente, mas cada ato no pecado é como se ele estivesse
pisando numa mina; o pecado arma ciladas por todos os lados; têm arapucas e
tropeços invisíveis pelos caminhos para pegar o homem. Eles não percebem o
quanto vivem tombando, caindo, destruindo outros e sendo ameaçados a serem
atirados à ira eterna a qualquer momento.
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terça-feira, 10 de dezembro de 2019
AS ARMADILHAS DO PECADO (3)
“Portanto, eu os
julgarei, cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor
Deus. Convertam-se e afastem-se de todas as suas transgressões, para que a
iniquidade não lhes sirva de tropeço” (Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA
(Romanos 3:23)
Eu morava em Uberaba quando presenciei a
queda das torres gêmeas, naquele atentado terrorista, o qual ceifou a vida de
milhares de pessoas inocentes. Eu nunca havia presenciado tão terrível tragédia
em minha vida e parecia ser um sonho, ou mesmo um filme. Mas aquela tragédia e
outras piores que aconteceram e acontecem neste mundo em nada pode comparar com
a queda do pecado. A natureza do pecado é tão enganadora que os seres humanos
nem sequer imaginam os horrores da queda que ocorreu no Éden. Mas a bíblia
ocupa bom espaço nela para explicar o que significa o pecado, sua queda, seus
atos, suas manobras, armadilhas e como manipula os homens. Sem uma intervenção
divina, os homens vão ignorar isso. Vejo isso em nossos dias, como a população
chamada de crente nada entende do real significado do pecado no coração.
Ora, foi nessa condição que estava
Israel nos dias do profeta Ezequiel. A nação se esbanjava na maldade e ainda
assim se sentia como se nada tivesse acontecido e foi por causa disso que o
Senhor trouxe essa advertência acima. Para tratar desse tema tão importante,
creio que devo destacar sobre os tremendos efeitos do pecado, conforme a
linguagem bíblica. Para isso tomarei algumas palavras usadas na bíblia, porque
elas realçam o verdadeiro significado do que é o pecado em sua natureza e em
sua prática. Tomemos o termo “iniquidade”. Esta é a palavra mais usada para
falar sobre o pecado em sua manifestação através dos homens. No Novo Testamento
essa palavra traz consigo a ideia de que o pecado em si é uma disposição de
quebrar a lei, de desafiar o governo de Deus e de estar pronto para aniquilar
suas ordens.
Eis aí o que significa o pecado na
prática. É isso o que aparece no Salmo 2, pois ali vemos os homens no mundo,
como que gritando contra o governo de Deus e querendo anular todas as suas
leis: “Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas”. É assim que
vivem os homens no pecado, pois eles ignoram a Deus, desprezam o Todo-Poderoso e
praticam seus atos malignos e perversos, ignorando completamente o quanto Deus
os odeia e que serão punidos.
O termo iniquidade é usado também para
referir aos acontecimentos nos últimos dias; como satanás tudo fará através dos
homens tirar toda lei de Deus da face da terra; para instituir toda maldade
como atividades normais entre os homens; como tudo acontecerá para que o
adultério, fornicação, roubo, assassinatos e outras atividades sejam coisas
comuns na face da terra.
Para ser ainda mais eficaz na explicação
do termo, “iniquidade” significa que o homem tem dentro do seu coração toda
disposição para bombardear toda lei de Deus. Para quem conhece pelo menos um
pouco a história de Israel no Velho Testamento, podem entender que foi essa a
disposição da nação durante os anos. O livro de Juízes, mostra que por mais de
trezentos anos Israel viveu sem um rei e como individualmente cada um fazia o
que bem queria fazer. Essa é a nossa história, uma história de iniquidade. Nós
os crentes sabemos que bem vivíamos assim: “como ovelhas desgarrada, cada um
seguindo o seu próprio caminho”.
Essa trágica situação foi mudada porque
o Pastor das ovelhas apareceu e mudou o rumo de nossa história. Ele veio e fez
o que? Com Sua morte na cruz e Sua ressurreição o Senhor promoveu nossa
salvação e essa salvação foi providencial para tratar com nossos pecados e
nossas iniquidades: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada e cujo
pecado é coberto” (Salmo 32:1).
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os juízos de Deus
HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (4)
“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
UMA
VISÃO QUE SOMENTE OS QUE CREEM PODEM VER.
Na mentalidade dos homens no pecado,
Jesus é visto como um coitado, porque é esse o entendimento que os homens têm
acerca daqueles que passaram ou passam por sofrimento. Sem o conhecimento da verdade acerca da morte
expiatória do Servo de Jeová, a tendência é criar um objeto de idolatria,
porque a idolatria inerente eleva os homens acima do verdadeiro Senhor. Todo
crente testemunha de como era seu viver antes; como era um cego, como vivia em
plena escuridão, nada entendendo acerca da verdade. Ninguém pode ser salvo sem
uma compreensão correta acerca do Filho de Deus, Ele mesmo avisou aos judeus
incrédulos: “Se não crerdes que EU SOU, morrerei nos vossos pecados” (João
8:24).
Os homens sempre esperam um milagre
acontecer e se houver um Jesus que traga benefícios materiais para eles,
certamente eles vão aceitar tal Jesus com prazer. Porque o Senhor multiplicou
os pães, imediatamente os judeus foram procura-lo para fazer dele o rei que
tanto queriam ter. Eles tinham a mesma intenção que seus antepassados tiveram
quando quiseram um rei, à semelhança das outras nações (1 Samuel 8-10). Assim
um Jesus conforme a mentalidade do homem será bem-vindo aos corações: “...e nós
o considerávamos como aflito, ferido de Deus e oprimido”. Ao entrar no mundo o
Senhor causou esse espanto na mente do povo. “Quem é esse?” Toda glória do
Senhor estava oculta aos olhos da população e ninguém o entendia, até que Deus
mesmo abrisse os olhos.
Notemos o ladrão na cruz, porque ele
estava junto com seu colega zombando do Senhor e buscando uma resposta para a
angustiante situação na qual ambos se encontravam. Mas, de repente tudo mudou
para o ladrão que foi salvo. De repente seus olhos foram abertos e ele viu que
perante Ele estava o Salvador bendito, Aquele que fora prometido deste o
princípio. Os olhos da alma foram abertos e a confissão veio em busca do
socorro eterno (Lucas 23). Notamos que foi assim que ocorreu com todos que
tiveram um encontro de salvação com o Senhor. Aquela mulher adúltera (Lucas 7),
ela entrou com ousadia na casa de Simão, porque sabia no íntimo que era o
Senhor da glória que ali estava e que era o único que podia lhe perdoar e
purificar dos seus pecados.
Não foi o mesmo que aconteceu com
Mateus? Como alguém deixaria o serviço de uma vez, a fim de seguir a Cristo?
Algo ocorreu naquele homem, porque ao ouvir o chamado do Senhor, ele não pediu
um tempo, imediatamente obedeceu, passando a segui-lo. Uma ausência de
conhecimento do Senhor Jesus, como sendo Ele o enviado do Pai ao mundo para
salvar perdidos, em nada mudará o coração do homem. Somente o poder Dele pode
brilhar no coração; somente o poder Dele para fulminar o velho homem e fazer nascer
o novo homem. Somente o poder Dele para atrair pecadores para Si, caso
contrário os homens fugirão Dele, porque O odeiam. O evangelho sem o poder de
Deus nenhum poder terá em mudar o coração pervertido e idólatra do homem no
pecado.
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (3)
“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
UMA
VISÃO QUE SOMENTE OS QUE CREEM PODEM VER.
O que vemos primeiramente é o povo
eleito de Deus dando sua opinião acerca daquele Servo sofredor que aparece
crucificado. Quem é Ele? Ninguém pode explicar quem é Jesus, senão o próprio
Deus. Antes da nossa conversão pensávamos também como o mundo pensa; talvez
houvesse em nós um pensamento mais refinado, mais polido acerca do Salvador
crucificado: “...e nós o reputávamos como aflito, ferido de Deus e oprimido...”.
Essa conclusão é o melhor que pode ser extraído do homem natural acerca do
Filho de Deus. Por que isso? A razão é que o Senhor Jesus é completamente
estranho à mente dos homens, assim como o Maná, a comida do deserto ergueu a
interrogação na mente do povo: “O que é isto?” (tradução da palavra hebraica “Maná”).
Mas o mundo é assim. Normalmente, o que
os homens pensam acerca dos seus ídolos é também o que eles pensam acerca de
Jesus. Olhemos as imagens produzidas pelas artes da idolatria, como elas
aparecem com um ar de tristeza. Para o mundo é isso que faz sentido. No tocante
a Jesus o mundo procura criar a imagem de um ser sofrido, que causa dó. Foi
esse mesmo pensamento que os eleitos tiveram do Senhor, de alguém martirizado e
oprimido. Para a mente natural é alguém assim que transmite bênção e que pode
trazer solução aos nossos problemas aqui. Vemos que o mundo sempre toma alguém
que sofreu e morreu para ser marcada como transmissora dos recados abençoados
de Deus aos homens, um tipo de mediador das graças de Deus.
Os homens têm Jesus como um pobre ser. O
sofrimento na cruz foi um acontecimento apenas físico. Eu não assisti o filme
de Gibson sobre o sofrimento e morte de Jesus, mas ele encravou no filme exatamente
o que o mundo em sua incredulidade pensa, de um sofrimento desumano (e de fato
foi). Porém, está oculto aos olhos do mundo o fato que Jesus é o Cordeiro de
Deus, enviado do céu com a missão de salvar perdidos do pecado. O mundo
desconhece a linguagem de Deus talhada nos tipos e nos símbolos do Velho
Testamento, como um cordeiro era morto e a razão daquela morte. Noutras
palavras, a verdade real, gloriosa e triunfante estará para sempre oculta deste
mundo. Num filme como o de Mel Gibson.
Notemos de perto a linguagem do povo
eleito no tocante as aflições do Servo de Jeová, porque está juntamente com a
multidão com uma ideia errada acerca do sofrimento do Senhor: “...e nós o
reputávamos como por aflito...”. Noutras palavras, “era assim que nós
pensávamos acerca dele. Não foi assim que os judeus pensavam acerca do Senhor? Aquele
Nazareno, cuja presença física não era atrativa, de família pobre, etc. Na
visão dos pensamentos judaicos, nada havia nele que fosse aceitável. Eles
agiram assim também quando escolheram um rei e Deus fez com que um homem (Saul)
de bela aparência fosse exposto perante eles e assim imediatamente houve uma
aceitação geral (1 Samuel capítulos 9 e 10).
Tudo isso aparece para nos ensinar o quanto
a mentalidade humana é diametralmente oposta ao que Deus faz, conforme Ele
mesmo diz em Isaías 55: “Porque os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos e os meus caminhos não são os vossos caminhos”. O mundo mudou? Não!
É o mesmo! Se satanás puder criar um elemento ainda mais atraente e por o nome
de Jesus, o mundo vai aceita-lo prontamente.
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domingo, 8 de dezembro de 2019
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (2)
“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
UMA
VISÃO QUE SOMENTE OS QUE CREEM PODEM VER.
Será que o povo eleito pode ser visto
antes mesmo de eles serem salvos? A bíblia porventura mostra isso? Claro! Nós
estamos lidando com Deus e a bíblia é a Palavra Dele, por isso não fiquemos
surpresos com Suas maravilhas operando no tempo: Passado, presente e futuro.
Aliás, a comunicação de Deus neste mundo através daquilo que foi escrito é
dirigida ao povo eleito e no tempo certo, quando eles passam a possuir olhos
para ver e ouvidos para ouvir, eles vão entender. Foi assim que Ele comunicou
com Israel em todo Velho Testamento. Quando Deus lidava com o povo rebelde e
ímpio da nação era através de julgamento e destruição, mas quando Deus lidava
com Seu povo escolhido em Israel, vemos como Suas palavras transmitem Suas
emoções, amor e disposição de salvar esse povo.
Por exemplo, em Jeremias 2 Ele fala que
o povo Dele cometeu duas maldades e quais palavras Ele usa? “Meu povo”. Ainda
mais no capítulo 3 Ele fala em tom de misericórdia que mesmo que Seu povo
houvesse prostituído com muitos amantes (ídolos), Ele estava pronto a
recebe-lo. Para muitos parece que estou sendo radical ao expor assim a doutrina
da eleição, mas a verdade é exatamente essa que Deus lida com quem tem ouvido
para ouvir (Apocalipse 2 e 3). Notemos como há uma associação desses fatos com
a linguagem de Deus. Quando Deus chamou Jeremias para o ministério profético
Ele lhe disse: “Antes que nascesses eu te consagrei, e constituí profetas às
nações” (Jeremias 1:16). Tem muito mais para mostrar aos meus leitores o fato
que Deus comunica com Seu povo de antemão. Paulo fala sobre isso em Romanos 11,
onde afirma que Deus de antemão conheceu Seu povo. E ainda em João 10 Jesus, na
linguagem figurativa fala sobre o relacionamento Dele com Suas ovelhas: “As
minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”.
Ora, tudo isso é para mostrar como Deus
fala com Seu povo e como os eleitos falam antes mesmo de que eles
individualmente se tornem salvos. Tendo essas verdades na mente, precisamos ver
agora a passagem de Isaías 53, porque às vezes pensamos que é o profeta que
está falando e na verdade não é ele. Temos nesse maravilhoso capítulo o profeta
falando, os eleitos falando e Deus falando, só precisamos discernir pela linguagem.
A mensagem é uma profecia sobre os acontecimentos que envolveram a crucificação
do Servo de Jeová, o braço direito do Senhor. Quem estava perante a Cruz? Uma
multidão de homens e mulheres que gritavam em apoio à crucificação do Justo
Cordeiro.
Mas a bíblia em Isaías 53 vai além do
que vemos nos acontecimentos narrados nos 4 evangelhos. Para a impiedade,
satanás e seus demônios vemos estampados neles o ódio mortal contra o Filho de
Deus. Mas quanto ao povo escolhido, qual era a mentalidade que tinham sobre o
Varão de dores, que soube o que é padecer? Não era um pensamento vil e
arrogante, que mostra nossa concepção
errada da vida? Não é verdade que andávamos em trevas, sem qualquer
entendimento da verdade, conforme Deus nos mostra? Não é verdade que vivíamos
na ignorância e sem Deus no mundo?
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AS ARMADILHAS DO PECADO (2)
“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus
caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de
todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço”
(Ezequiel 18:30)
INTRODUÇÃO:
Na primeira
página não pude dar uma explicação completa sobre as atividades corrompidas de
Israel nos dias de Ezequiel. Tomei o capítulo 22, porque é a passagem clara
onde Deus mostra os acontecimentos que marcavam a corrupção da nação e como
tudo indicava que o justo juízo de Deus cairia sobre aquele povo. Mostrei as
horrendas práticas de idolatrias e como esse pecado dá o pontapé inicial para
práticas abomináveis. Vimos o quanto a lei sobre a obediência e honra aos pais
eram claramente quebrada, porque quando há ausência de amor a Deus, o lar vem
em seguida na ordem de destruição. Lemos ali também a respeito da ausência do
culto a Deus; aliás, como dar a Deus as honras e os louvores quando o povo está
voltado às suas idolatrias? E por fim vimos as práticas deliberadas de
perversidades praticadas uns contra os outros. Não esqueçamos que essas coisas
sempre ocorreram e ocorrem num ambiente preste a ser destruído por Deus. É o
que vemos acontecendo em nossos dias. Mas o capítulo 22 de Ezequiel tem mais 3
assuntos perplexos mostrados a nós.
5. Imoralidades
abomináveis (verso 10). Há no coração do homem um anseio pelas práticas
abomináveis na vida sexual. Deixados soltos, os homens estão prontos para
atividades bestiais. Esses atos perversos foram motivos pelos quais Deus
ordenou que os moradores das cidades de Canaã fossem destruídos sem qualquer
piedade, como agiu em destruir Sodoma e Gomorra (Gênesis 19). As mesmas
práticas aconteciam em Jerusalém, cidade onde esperavam a prática da justiça,
eis que agora estava pronta para ser sepultada nas cinzas do juízo de Deus.
6. Torpe
ganância (verso 12). Era o anseio pelo luxo, por ter o que os outros tinham; o
desejo pelas riquezas, a fim de gastar com seus pecados. O leitor pode ver que
essas coisas acontecem em nossos dias. Sabemos que elas estão no coração dos
homens; estão ocultas ali, porque o homem é assim e está pronto para coisas
piores. Chega o momento quando os homens não conseguem esconder seus anseios
pelo mal. Chega o momento quando as maldades saem pela boca e transborda na
prática. Quando isso acontece é sinal de que Deus está na posição de punir uma
nação, de arrancá-la da face da terra, ou mesmo de entrega-las nas mãos dos
perversos, assim como ocorreu com Jerusalém e toda Judá.
O que temos
de fazer em nossos dias? Não é verdade que precisamos de mais profetas? De mais
homens que se levantam para denunciar a maldade, conforme a bíblia manda? Não é
verdade que neste momento precisamos de homens santos, cheios da compaixão de
Deus venham mostrar o quanto a misericórdia de Deus está pronta para agir, caso
os pecadores se arrependam? Temos que denunciar o pecado e mostrar que não há
bênção na maldade; que Deus jamais irá inocentar o culpado e que o dono do céu
e da terra está pronto para punir os homens, caso suas maldades chegam até o
céu, como vemos acontecendo em nossos dias. A história conta o que Deus já fez
com várias nações, como elas foram extirpadas da face da terra, devido a ira de
Deus.
Qual a
mensagem que mostra a misericórdia de Deus? É a mensagem do evangelho, pregado
da maneira como Deus quer que seja pregado. No evangelho há tudo o que os
homens precisam saber e toda munição devida para atacar o mal. Quero aproveitar
o máximo estas páginas a fim de encher os corações com a história do amor de
Deus à procura de um povo rebelde. Mesmo diante de tanta sujeira, o Senhor
ainda sai à procura de homens e mulheres arrependidos.
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
terça-feira, 3 de dezembro de 2019
AS ARMADILHAS DO PECADO (1)
“Portanto, eus os julgarei, cada um segundo os seus
caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de
todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço” (Ezequiel
18:30)
INTRODUÇÃO:
Não tenho
dúvida que essas palavras que foram dirigidas a Israel por meio do profeta
Ezequiel é a mesma mensagem que a atual geração precisa ouvir. Se Deus falou
com o povo considerado ser um povo Dele, o povo da aliança, quanto mais
precisam ouvir as nações ímpias e perversas. As maldades naqueles dias eram
encobertas aos olhos dos sacerdotes e da população, mas Deus as via e declarava
o que homens e mulheres faziam e depois em pleno orgulho diziam que nada
fizeram de errado.
Não é
verdade que presenciamos o desenrolar de uma época de escândalos e maldades
cometidas à luz do dia e com um povo que está se sentindo bem com isso? Tudo
satanás tem feito para que todos se sintam felizes no pecado; tudo é feito para
que haja novas religiões e novos mestres espirituais que “abençoem” o viver
tortuoso dos homens e assim fazê-los felizes no pecado. Conta-se de um homem
que ficou bêbado e entrou no zoológico onde trabalhava e passou a brincar com
uma serpente venenosa, até que foi picado e foi levado para o hospital onde
morreu. Não é assim que os homens vivem hoje? Da mesma maneira os homens hoje
brincam com o pecado como se estivesse brincando com um bichinho de estimação.
Por essa razão foi que Deus puniu Israel nos dias de Ezequiel. A misericórdia
divina enviou profetas para que avisassem à nação do perigo, caso não se
arrependesse.
O cap. 22 de
Ezequiel narra o aglomerado de maldades praticadas pela nação, e quando
analisamos os acontecimentos que envolviam aquela nação naqueles, vemos que o
pecado sempre foi o mesmo e que corrompe, destrói e traz a justa punição de
Deus aos povos. Vejamos as atividades imundas de Israel naqueles dias e vamos
comparar com o que acontece perante, conforme divulga a televisão e as redes
sociais.
1. Idolatria e
assassinato (3). É impressionante o quanto o pecado puxa outro pecado. A
idolatria é a mãe de todos os outros males; o idólatra ignora a glória de Deus
e inventa uma divindade para si e quando isso ocorre os homens se tornam
assassinos em potencial. Se não houver amor a Deus, inevitavelmente não haverá
amor ao próximo.
2. Desprezo aos
pais e abandono aos necessitados (7). Veja bem que o que ocorria na sociedade
de Israel é o que acontece em nossos dias. Notemos que a lei de Deus é
radicalmente quebrada com uma desonra proposital aos pais e em seguida há um
abandono aos necessitados, porque o egoísmo opera nos corações, com todos à
busca de seus próprios interesses.
3. Desprezo do
culto a Deus (8). Claro que a população parecia religiosa, mas a verdade é que
não passavam de hipócritas, pois por fora pareciam que amavam a Deus, mas por
dentro O odiavam, por essa razão eles achavam refúgio nos falsos mestres, os
quais lhes ensinavam o caminho que eles tanto queriam curtir. Não é assim em
nossos dias? Não é verdade que desprezam o culto a Deus, culto que é realizado
por homens e mulheres piedosos? Não é verdade que desprezam a palavra de Deus e
vão à busca de pastores segundo o coração deles?
4. Práticas
deliberadas de perversidades contra o próximo (9). Nessa condição os homens
parecem amigos, mas o que realmente acontece é que eles armam ciladas uns
contra os outros. Com isso a desconfiança aumenta e a insensatez prospera, porquanto
ninguém percebe as manobras de malícias, até mesmo ocorrendo nos meios
evangélicos. Que o Senhor use Sua palavra para nos fortalecer e nos livrar dos
perigos terríveis que envolvem esta atual geração!
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