“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
A
CONFISSÃO DE SUA MORTE SUBSTITUTIVA NA CRUZ: “...mas o Senhor fez cair sobre
ele a iniquidade de nós todos”.
Os eleitos também passam a ter um entendimento
correto da missão do Filho de Deus na terra. Eles têm seus olhos abertos e
conseguem enxergar a verdade. A obra da graça é algo que ninguém neste mundo
pode explicar, pois como eles conseguem ver o que outros não enxergam? Enquanto
o homem vive nas trevas ele vê sua religião, toma o caminho que bem lhe
interessa, dá impressão de que teme a Deus, mas a verdade é que continua nas
trevas, como dá o testemunho o escritor de um antigo hino: “Eu nas trevas
vagueava sem a luz da retidão”.
A visão do Salvador crucificado só pode
ser contemplada por aqueles que Deus aprouve salvar da condenação eterna. O
eunuco mostrou essa verdade quando lia Isaías 53 (Atos 8). Ele era um prosélito
do judaísmo e voltava de Jerusalém da mesma maneira que fora para lá – como um
cego. Mas ao retornar para a Etiópia Deus abriu seus olhos e seu coração
grudou-se nessa passagem profética, até que Filipe chegou e mostrou-lhe o
Salvador e ali mesmo ele foi salvo. A chamada da graça é irresistível, pois não
há pecador que possa ter essa visão do Salvador bendito, sem cair perante Seu
inaudito amor: “Que grande amor, excelso amor que Cristo nos mostrou, pois para
nos livrar do mal a vida não negou!”. Notemos bem que Deus transmite esse fato
aos perdidos, quantos aos outros, eles são mantidos nas trevas. Claramente Deus
faz diferença entre os pecadores e os perdidos; entre os que são salvos e os
que perecem. Quão poderoso é o Senhor para abrir os olhos dos Seus eleitos! Não
há dificuldade para ele em curar a visão espiritual de milhares e tirar a
surdez deles, porque esse é o majestoso trabalho do evangelho.
Os eleitos também percebem que a
crucificação foi um atos de Deus e não um acontecimento fortuito na história: :
“...mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”. A obra da cruz
é a manifestação do braço forte do Senhor; é o maior espetáculo da história,
mas tal feito somente os que foram chamados à salvação podem ver e admirar,
pois eles não veem um mero sofredor, um pobre ser abandonado à crueldade dos
homens. O mundo transforma tudo isso num espetáculo para suas superstições e
divertimentos. Por isso afirmo que os mundanos veem a morte de Cristo como
expressão da crueldade dos homens. Vemos essa verdade no capítulo 6 de João,
quando o Senhor confronta os judeus. Eles foram atrás do Senhor porque este
havia feito o milagre da multiplicação. Eles olhavam para o Nazareno como a
pessoa certa para subir ao trono e mostrar ao mundo gentio a realidade do trono
de Israel.
Mas o Senhor chama a atenção deles,
mostrando que Ele era o pão que desceu do céu, a fim de dar vida ao mundo. Para
eles salvação significava livramento político e bênçãos materiais. Para os
eleitos a visão é diferente; eles veem o Salvador na visão de Deus; eles
contemplam o Cordeiro de Deus; eles veem seus pecados cravados no Salvador;
eles veem que suas culpas e imensas dívidas foram liquidadas na cruz. Esse é o
Cordeiro que tira o pecado! Quem pode Seu amor contar? Essa história não pode
ser narrada senão pela boca daqueles que um dia confessaram a fé nesse
grandioso Redentor e Senhor!
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