sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (10 de 10)



“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías 53:6)
A NECESSIDADE EVIDENTE DESSA CONFISSÃO.
        Sendo um milagre que ocorreu no coração, então há manifestar em forma de confissão. Deus requer uma confissão que brota do coração que foi modificado, caso contrário o próprio homem será iludido pelas manobras de um coração enganoso e enganado. A confissão desmancha toda aparência; na confissão a máscara religiosa cai por terra e toda maquiagem é desmanchada e o homem do coração é visto como deve ser perante o Deus santo. Notemos bem que sem confissão o que vemos por fora é hipocrisia. Cristo sempre desmanchou o que não era real. Foi assim que o Senhor tratou aquele homem rico que apareceu querendo saber como herdar a vida eterna. Nosso Senhor tratou de revelar o que estava oculto no coração e o chamou a negar todo seu amor ao deus riqueza, a fim de conquistar o reino de Deus seguindo a Ele (Lucas 18). Meditemos na vida de Judas, pois aquele homem estava entre os doze e era um dos apóstolos, mas seguia a Cristo vendo à frente as riquezas terrenas; almejava lucros transitórios, os quais Jesus nunca prometeu aos Seus seguidores. Quando as frustrações brotaram em seguir a Cristo, não tardou para que através do ato de negar pudesse conquistar o que tanto almejava.
        A confissão genuína revela um coração transformado pela graça e foi exatamente o que Deus prometeu fazer com os salvos, isto é, dar-lhes um coração cheio de temor para sempre. Que fantástica obra da graça! Um novo coração, feito por Deus domina todo o ser do homem e modifica o viver. Vemos que todos os ensinos dados no Novo Testamento aos crentes subtendem que eles têm um coração diferente, porque é impossível fazer o que Deus mandar fazer se não houver novo nascimento. Como um homem poderá deixar as palavras torpes, mentiras, raiva, ofensas, ser santo no viver, perdoar como Cristo perdoou, etc. sem ter novo coração? É impossível! Percebe que falsos crentes tentam ser e fazer, mas logo percebem que não conseguem.
        Para concluir quero mostrar o quanto a confissão revela um estado diferente na qual a alma se encontra. Primeiro mostra humildade diante de Deus. Quando o homem se converte a Cristo ele se rende ao Senhor, ao saber que alguém ocupou Seu lugar, a fim de pagar suas culpas perante Deus. A lei veio e feriu sua alma, mostrando-lhe sua perdição e merecida condenação, mas agora tudo mudou ao ver que a providência foi tomada de uma vez por todas, com o Redentor morrendo em seu lugar.
        Em segundo lugar mostra que agora não é mais uma ovelha desgarrada, como era antes. Agora essa pessoa segue o Senhor e ouve a voz Dele. Agora a vida tem sentido e direção certa; agora ele vê os perigos e busca o amparo do seu Pastor. Em terceiro lugar ele caminha para o céu. Ele passa a ver a vida aqui como um sistema ilusório; ele vê a morte como o término desta vida terrena e o céu como sua pátria eternal. Em quarto lugar, tem prazer em estar com os verdadeiros crentes nessa confissão e isso aparece nos cultos, nos cânticos, na oração e comunhão. E finalmente ele estará no céu, juntamente com a imensa multidão, a fim de confessar que foram salvos por Cristo; que foi o Cordeiro que morreu no lugar deles e assim vão juntamente adorar o Senhor que tanto lhes amor e provou esse fato na cruz.

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