segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

AS ARMADILHAS DO PECADO (7)



“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço” (Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
        O mais poderoso efeito do pecado é o orgulho. Aliás, o combustível do pecado é a soberba, conforme vemos em Habacuque 2:4: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...”. Como é que o orgulho do pecado se manifesta? É claro que ele não aparece tanto nos relacionamentos sociais. A soberba se manifesta no homem em relação a Deus, é por isso que ele vive como vive, como se Deus não estivesse presente, nem tampouco fosse poderoso. É assim que o homem é transportado no curso deste mundo (Efésios 2:2) e não tem algo mais assustador do que esse fato no viver.
        A primeira lição é que o pecado elimina qualquer conceito de temor (Salmo 14:1). O temor a Deus é o sinal claro de uma alma convertida; sua ausência indica o quanto a pessoa jamais conheceu o Deus vivo no íntimo. Nem precisamos tomar a vida de um homem que vive no pecado, a fim de mostrar essa lição. Notemos na vida de Davi que sua queda foi resultado claro de ausência de temor devido ao orgulho, ao desejo de ter o que a natureza carnal quer. Foi assim que aquele homem crente ficou cercado dessa nuvem de engano, em achar que ninguém via o que ele havia feito. É assim que o pecado opera.
        O escritor aos Hebreus deixou claro que os crentes precisam viver sob constante atividade de recíproca advertência, orientando, exortando e edificando uns aos outros, a fim de não serem endurecidos pelo engano do pecado. Vejo o quanto muitos chamados crentes fogem de uma comunhão bíblica. Muitos não gostam da igreja, de frequentar os cultos, ouvir a pregação e assim estimular uns aos outros na jornada. Outros querem uma igreja que funciona como clube, gostam dos amigos, mas fogem de confrontos bíblicos em ajudar, edificar e construir a vida de forma mútua. Sem essa constante atividade os crentes tendem a ficar endurecidos sob o engano do pecado. Vemos um mundo religioso que funciona; nada de confronto bíblico, porque querem o conforto que este mundo oferece. O mundo aparece para servir bem a tais religiosos; sua mesa está pronta com todos os pratos preferidos, como ecumenismo, liberdade feminina e diversões.
        Outra perigosa atividade do pecado é fantasiar a mente com vaidades. Aliás, essa é a mente de todos os não crentes, conforme o ensino do livro de Eclesiastes. Tudo neste mundo funciona assim; os homens enchem suas mentes de ilusões e emocionalmente festejam seus sonhos; para eles a vida é ganhar dinheiro, ter fama, amizades e divertir abundantemente. Foi essa a experiência de Salomão, pois teve tudo o que ansiava ter, mas logo descobriu que estava correndo atrás do nada. O mundo é um espetáculo de vaidades e quanto mais a vida se torna mais fácil, mais o pecado cria vaidades. Tudo o pecado faz para criar novas armadilhas, e elas aparecem lindas, atraentes e fáceis de serem adquiridas. As vaidades fazem as pessoas viver de sonhos, de ambições e elas não percebem as ciladas no caminho. A estrada deste mundo está cheia de armadilhas; a morte trabalha silenciosamente e se oculta por detrás daquilo que parece ser bom.
        Como escapar dessas ciladas? Digo e afirmo que nada neste mundo, nem mesmo a presença da morte pode mostrar os terrores que cercam os homens neste mundo. Milhões e milhões tardiamente experimentam agora o fato que foram empurrados para o abismo. Deus abriu os olhos do ladrão na cruz e imediatamente ele pode ver o Salvador ao seu lado e pode pedir sua salvação. “Como é triste andar em trevas sem perdão do Salvador! Bela é a vida, mas a vida dominada pelo amor”.

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