“Portanto, eu os
julgarei, cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor
Deus. Convertam-se e afastem-se de todas as suas transgressões, para que a
iniquidade não lhes sirva de tropeço” (Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA
(Romanos 3:23)
O mais poderoso efeito do pecado é o
orgulho. Aliás, o combustível do pecado é a soberba, conforme vemos em
Habacuque 2:4: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...”. Como é que o
orgulho do pecado se manifesta? É claro que ele não aparece tanto nos
relacionamentos sociais. A soberba se manifesta no homem em relação a Deus, é
por isso que ele vive como vive, como se Deus não estivesse presente, nem
tampouco fosse poderoso. É assim que o homem é transportado no curso deste
mundo (Efésios 2:2) e não tem algo mais assustador do que esse fato no viver.
A primeira lição é que o pecado elimina
qualquer conceito de temor (Salmo 14:1). O temor a Deus é o sinal claro de uma
alma convertida; sua ausência indica o quanto a pessoa jamais conheceu o Deus
vivo no íntimo. Nem precisamos tomar a vida de um homem que vive no pecado, a
fim de mostrar essa lição. Notemos na vida de Davi que sua queda foi resultado
claro de ausência de temor devido ao orgulho, ao desejo de ter o que a natureza
carnal quer. Foi assim que aquele homem crente ficou cercado dessa nuvem de
engano, em achar que ninguém via o que ele havia feito. É assim que o pecado
opera.
O escritor aos Hebreus deixou claro que
os crentes precisam viver sob constante atividade de recíproca advertência,
orientando, exortando e edificando uns aos outros, a fim de não serem
endurecidos pelo engano do pecado. Vejo o quanto muitos chamados crentes fogem
de uma comunhão bíblica. Muitos não gostam da igreja, de frequentar os cultos,
ouvir a pregação e assim estimular uns aos outros na jornada. Outros querem uma
igreja que funciona como clube, gostam dos amigos, mas fogem de confrontos
bíblicos em ajudar, edificar e construir a vida de forma mútua. Sem essa
constante atividade os crentes tendem a ficar endurecidos sob o engano do
pecado. Vemos um mundo religioso que funciona; nada de confronto bíblico, porque
querem o conforto que este mundo oferece. O mundo aparece para servir bem a
tais religiosos; sua mesa está pronta com todos os pratos preferidos, como
ecumenismo, liberdade feminina e diversões.
Outra perigosa atividade do pecado é
fantasiar a mente com vaidades. Aliás, essa é a mente de todos os não crentes,
conforme o ensino do livro de Eclesiastes. Tudo neste mundo funciona assim; os
homens enchem suas mentes de ilusões e emocionalmente festejam seus sonhos;
para eles a vida é ganhar dinheiro, ter fama, amizades e divertir
abundantemente. Foi essa a experiência de Salomão, pois teve tudo o que ansiava
ter, mas logo descobriu que estava correndo atrás do nada. O mundo é um
espetáculo de vaidades e quanto mais a vida se torna mais fácil, mais o pecado
cria vaidades. Tudo o pecado faz para criar novas armadilhas, e elas aparecem
lindas, atraentes e fáceis de serem adquiridas. As vaidades fazem as pessoas
viver de sonhos, de ambições e elas não percebem as ciladas no caminho. A
estrada deste mundo está cheia de armadilhas; a morte trabalha silenciosamente
e se oculta por detrás daquilo que parece ser bom.
Como escapar dessas ciladas? Digo e
afirmo que nada neste mundo, nem mesmo a presença da morte pode mostrar os
terrores que cercam os homens neste mundo. Milhões e milhões tardiamente
experimentam agora o fato que foram empurrados para o abismo. Deus abriu os
olhos do ladrão na cruz e imediatamente ele pode ver o Salvador ao seu lado e
pode pedir sua salvação. “Como é triste andar em trevas sem perdão do Salvador!
Bela é a vida, mas a vida dominada pelo amor”.
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