quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (5)



“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías 53:6)
A CONFISSÃO DE COMO VIVIAM NO PECADO: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...”.
        Na primeira parte pudemos ver o tema de um modo geral, mas agora quero chamar a atenção, de forma particular para os eleitos. É claro que o texto mostra nossa concepção acerca da crucificação do Cordeiro de Deus; como tínhamos uma mentalidade mundana, cheia de superstição e de completa ignorância. O povo eleito foi achado pela misericórdia quando eles estavam mortos em seus delitos e pecados. Deus se ocupa em mostrar que os salvos em nada tiveram qualquer participação na obra salvadora, que éramos tão inúteis quantos os outros; que só trouxemos peso, maldade e aprofundamos o fardo para mergulhar o Senhor no sofrimento; que nossa confissão foi milagrosa e que foi Deus quem operou em nossos corações para que fôssemos tirados das trevas para Sua maravilhosa luz (Colossenses 1:13).
        Sendo assim podemos mostrar o quanto os eleitos são pessoas que conheceram o arrependimento, porquanto o arrependimento é o poder dado por Deus para que cada pecador veja a sua vida em trezentos e sessenta graus. O homem arrependido é o único que consegue voltar ao passado e ver o quanto se desviou em seus caminhos, que vivia sem Deus no mundo. Na salvação os homens são cercados pela luz da história da cruz. Sem isso não há conversão nem arrependimento. Sem conhecer o Cordeiro que foi morto em seu lugar para prover eterna redenção, o pecador continuará em seu estado de trevas, mesmo dentro de uma igreja e cheio de conhecimento teológico. No arrependimento que o homem percebe o quanto vivia iludido; o quanto estava enganado, achando que era forte, inteligente e capaz de se virar sozinho. O arrependimento leva o homem a perceber o quanto fora enganado, que estava condenado e sob o iminente perigo de ser atirado ao sofrimento eterno.
        Ora, tudo isso faz o pecador mirar o Cordeiro de Deus que foi morto em seu lugar de uma forma sincera e santa. Enquanto o homem não é salvo ele vê Jesus como um pobre coitado, enquanto ele mesmo se vê como alguém de grande importância. Mas é no arrependimento que a situação muda: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...”. Notemos bem que sua visão é real. Ele olha agora e vê que ele mesmo era um pobre coitado; que não passava de uma frágil ovelha que sozinha seguia seu próprio caminho, sem percepção de qualquer perigo. Essa é a visão real do Senhor! Essa é a concepção correta daquele acontecimento na cruz.
        Tomo novamente os dois ladrões para mostrar a diferença real entre os dois homens. O ladrão que se converteu mostrou sua real condição. De repente ele viu aquele homem crucificado como sendo o Salvador, justo e reto. Foi ali que aquele homem se viu que andou desviado, longe de Deus. Naquele momento sua vida pregressa foi filmada num instante e assim ele abriu sua boca para confessar e obter salvação. O outro não, ele não tinha noção do que foi, não viu sua culpa, se viu injustiçado e por isso via Jesus como alguém que poderia mudar sua sorte para voltar ao mundo. O que aconteceu  é que ele morreu em seus pecados. Que diferente é a obra da salvação na vida de homens e mulheres! É tudo obra da suficiente graça!

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