“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
A
CONFISSÃO DE COMO VIVIAM NO PECADO: “Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas...”.
Na primeira parte pudemos ver o tema de
um modo geral, mas agora quero chamar a atenção, de forma particular para os
eleitos. É claro que o texto mostra nossa concepção acerca da crucificação do
Cordeiro de Deus; como tínhamos uma mentalidade mundana, cheia de superstição e
de completa ignorância. O povo eleito foi achado pela misericórdia quando eles
estavam mortos em seus delitos e pecados. Deus se ocupa em mostrar que os salvos
em nada tiveram qualquer participação na obra salvadora, que éramos tão inúteis
quantos os outros; que só trouxemos peso, maldade e aprofundamos o fardo para
mergulhar o Senhor no sofrimento; que nossa confissão foi milagrosa e que foi
Deus quem operou em nossos corações para que fôssemos tirados das trevas para
Sua maravilhosa luz (Colossenses 1:13).
Sendo assim podemos mostrar o quanto os
eleitos são pessoas que conheceram o arrependimento, porquanto o arrependimento
é o poder dado por Deus para que cada pecador veja a sua vida em trezentos e
sessenta graus. O homem arrependido é o único que consegue voltar ao passado e
ver o quanto se desviou em seus caminhos, que vivia sem Deus no mundo. Na
salvação os homens são cercados pela luz da história da cruz. Sem isso não há
conversão nem arrependimento. Sem conhecer o Cordeiro que foi morto em seu
lugar para prover eterna redenção, o pecador continuará em seu estado de
trevas, mesmo dentro de uma igreja e cheio de conhecimento teológico. No
arrependimento que o homem percebe o quanto vivia iludido; o quanto estava
enganado, achando que era forte, inteligente e capaz de se virar sozinho. O
arrependimento leva o homem a perceber o quanto fora enganado, que estava condenado
e sob o iminente perigo de ser atirado ao sofrimento eterno.
Ora, tudo isso faz o pecador mirar o
Cordeiro de Deus que foi morto em seu lugar de uma forma sincera e santa.
Enquanto o homem não é salvo ele vê Jesus como um pobre coitado, enquanto ele mesmo
se vê como alguém de grande importância. Mas é no arrependimento que a situação
muda: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...”. Notemos bem que sua
visão é real. Ele olha agora e vê que ele mesmo era um pobre coitado; que não
passava de uma frágil ovelha que sozinha seguia seu próprio caminho, sem
percepção de qualquer perigo. Essa é a visão real do Senhor! Essa é a concepção
correta daquele acontecimento na cruz.
Tomo novamente os dois ladrões para
mostrar a diferença real entre os dois homens. O ladrão que se converteu
mostrou sua real condição. De repente ele viu aquele homem crucificado como
sendo o Salvador, justo e reto. Foi ali que aquele homem se viu que andou
desviado, longe de Deus. Naquele momento sua vida pregressa foi filmada num
instante e assim ele abriu sua boca para confessar e obter salvação. O outro
não, ele não tinha noção do que foi, não viu sua culpa, se viu injustiçado e
por isso via Jesus como alguém que poderia mudar sua sorte para voltar ao
mundo. O que aconteceu é que ele morreu
em seus pecados. Que diferente é a obra da salvação na vida de homens e
mulheres! É tudo obra da suficiente graça!
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