“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
UMA
VISÃO QUE SOMENTE OS QUE CREEM PODEM VER.
O que vemos primeiramente é o povo
eleito de Deus dando sua opinião acerca daquele Servo sofredor que aparece
crucificado. Quem é Ele? Ninguém pode explicar quem é Jesus, senão o próprio
Deus. Antes da nossa conversão pensávamos também como o mundo pensa; talvez
houvesse em nós um pensamento mais refinado, mais polido acerca do Salvador
crucificado: “...e nós o reputávamos como aflito, ferido de Deus e oprimido...”.
Essa conclusão é o melhor que pode ser extraído do homem natural acerca do
Filho de Deus. Por que isso? A razão é que o Senhor Jesus é completamente
estranho à mente dos homens, assim como o Maná, a comida do deserto ergueu a
interrogação na mente do povo: “O que é isto?” (tradução da palavra hebraica “Maná”).
Mas o mundo é assim. Normalmente, o que
os homens pensam acerca dos seus ídolos é também o que eles pensam acerca de
Jesus. Olhemos as imagens produzidas pelas artes da idolatria, como elas
aparecem com um ar de tristeza. Para o mundo é isso que faz sentido. No tocante
a Jesus o mundo procura criar a imagem de um ser sofrido, que causa dó. Foi
esse mesmo pensamento que os eleitos tiveram do Senhor, de alguém martirizado e
oprimido. Para a mente natural é alguém assim que transmite bênção e que pode
trazer solução aos nossos problemas aqui. Vemos que o mundo sempre toma alguém
que sofreu e morreu para ser marcada como transmissora dos recados abençoados
de Deus aos homens, um tipo de mediador das graças de Deus.
Os homens têm Jesus como um pobre ser. O
sofrimento na cruz foi um acontecimento apenas físico. Eu não assisti o filme
de Gibson sobre o sofrimento e morte de Jesus, mas ele encravou no filme exatamente
o que o mundo em sua incredulidade pensa, de um sofrimento desumano (e de fato
foi). Porém, está oculto aos olhos do mundo o fato que Jesus é o Cordeiro de
Deus, enviado do céu com a missão de salvar perdidos do pecado. O mundo
desconhece a linguagem de Deus talhada nos tipos e nos símbolos do Velho
Testamento, como um cordeiro era morto e a razão daquela morte. Noutras
palavras, a verdade real, gloriosa e triunfante estará para sempre oculta deste
mundo. Num filme como o de Mel Gibson.
Notemos de perto a linguagem do povo
eleito no tocante as aflições do Servo de Jeová, porque está juntamente com a
multidão com uma ideia errada acerca do sofrimento do Senhor: “...e nós o
reputávamos como por aflito...”. Noutras palavras, “era assim que nós
pensávamos acerca dele. Não foi assim que os judeus pensavam acerca do Senhor? Aquele
Nazareno, cuja presença física não era atrativa, de família pobre, etc. Na
visão dos pensamentos judaicos, nada havia nele que fosse aceitável. Eles
agiram assim também quando escolheram um rei e Deus fez com que um homem (Saul)
de bela aparência fosse exposto perante eles e assim imediatamente houve uma
aceitação geral (1 Samuel capítulos 9 e 10).
Tudo isso aparece para nos ensinar o quanto
a mentalidade humana é diametralmente oposta ao que Deus faz, conforme Ele
mesmo diz em Isaías 55: “Porque os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos e os meus caminhos não são os vossos caminhos”. O mundo mudou? Não!
É o mesmo! Se satanás puder criar um elemento ainda mais atraente e por o nome
de Jesus, o mundo vai aceita-lo prontamente.
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