segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

HUMILDE CONFISSÃO DOS ELEITOS (3)



“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías 53:6)
UMA VISÃO QUE SOMENTE OS QUE CREEM PODEM VER.
        O que vemos primeiramente é o povo eleito de Deus dando sua opinião acerca daquele Servo sofredor que aparece crucificado. Quem é Ele? Ninguém pode explicar quem é Jesus, senão o próprio Deus. Antes da nossa conversão pensávamos também como o mundo pensa; talvez houvesse em nós um pensamento mais refinado, mais polido acerca do Salvador crucificado: “...e nós o reputávamos como aflito, ferido de Deus e oprimido...”. Essa conclusão é o melhor que pode ser extraído do homem natural acerca do Filho de Deus. Por que isso? A razão é que o Senhor Jesus é completamente estranho à mente dos homens, assim como o Maná, a comida do deserto ergueu a interrogação na mente do povo: “O que é isto?” (tradução da palavra hebraica “Maná”).
        Mas o mundo é assim. Normalmente, o que os homens pensam acerca dos seus ídolos é também o que eles pensam acerca de Jesus. Olhemos as imagens produzidas pelas artes da idolatria, como elas aparecem com um ar de tristeza. Para o mundo é isso que faz sentido. No tocante a Jesus o mundo procura criar a imagem de um ser sofrido, que causa dó. Foi esse mesmo pensamento que os eleitos tiveram do Senhor, de alguém martirizado e oprimido. Para a mente natural é alguém assim que transmite bênção e que pode trazer solução aos nossos problemas aqui. Vemos que o mundo sempre toma alguém que sofreu e morreu para ser marcada como transmissora dos recados abençoados de Deus aos homens, um tipo de mediador das graças de Deus.
        Os homens têm Jesus como um pobre ser. O sofrimento na cruz foi um acontecimento apenas físico. Eu não assisti o filme de Gibson sobre o sofrimento e morte de Jesus, mas ele encravou no filme exatamente o que o mundo em sua incredulidade pensa, de um sofrimento desumano (e de fato foi). Porém, está oculto aos olhos do mundo o fato que Jesus é o Cordeiro de Deus, enviado do céu com a missão de salvar perdidos do pecado. O mundo desconhece a linguagem de Deus talhada nos tipos e nos símbolos do Velho Testamento, como um cordeiro era morto e a razão daquela morte. Noutras palavras, a verdade real, gloriosa e triunfante estará para sempre oculta deste mundo. Num filme como o de Mel Gibson.
        Notemos de perto a linguagem do povo eleito no tocante as aflições do Servo de Jeová, porque está juntamente com a multidão com uma ideia errada acerca do sofrimento do Senhor: “...e nós o reputávamos como por aflito...”. Noutras palavras, “era assim que nós pensávamos acerca dele. Não foi assim que os judeus pensavam acerca do Senhor? Aquele Nazareno, cuja presença física não era atrativa, de família pobre, etc. Na visão dos pensamentos judaicos, nada havia nele que fosse aceitável. Eles agiram assim também quando escolheram um rei e Deus fez com que um homem (Saul) de bela aparência fosse exposto perante eles e assim imediatamente houve uma aceitação geral (1 Samuel capítulos 9 e 10).
        Tudo isso aparece para nos ensinar o quanto a mentalidade humana é diametralmente oposta ao que Deus faz, conforme Ele mesmo diz em Isaías 55: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos e os meus caminhos não são os vossos caminhos”. O mundo mudou? Não! É o mesmo! Se satanás puder criar um elemento ainda mais atraente e por o nome de Jesus, o mundo vai aceita-lo prontamente.

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