A MISÉRIA DO ÍMPIO E
MISERICÓRDIA SOBRE O JUSTO (13 de 13)
“Muito sofrimento
terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá”
(Salmo 32:10)
A MISERICÓRDIA EM
AÇÃO: “...o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá” (Salmo 32:10.
Para encerrar esta mensagem, quero
ressaltar o fato que o crente deve
saber que a misericórdia é um tema que
deve ser levado a sério, porque vai tratar da vida aqui com solidez. Ora, foi
exatamente isso o que os santos sempre tiveram na mente e na emoção enquanto
aqui viveram. A misericórdia de Deus há de pautar nossas vidas pelo caminho
certo. Por que estou dando ênfase a isso? A razão é que a mentalidade religiosa
tão curtida em nossos dias, tende a dominar nossas mentes e erradicar o
verdadeiro significado do que é a vida cristã neste mundo. Tudo satanás está
fazendo para que levemos a vida aqui em conformidade com o mundo. Tudo tem sido
feito para que abriguemos nosso viver num padrão de vida que ignora as verdades
acerca do mundo, do nosso corpo e da jornada. Tudo hoje gira em torno de
prosperidade, experiências emocionais e de uma liberdade que, à luz da verdade
bíblica não passa de libertinagem.
Num mundo miserável, de onde fomos
tirados pela salvação, a presença misericordiosa será entendida. Se lermos 2
Coríntios, com grande temor entenderemos isso. Por exemplo, vemos como Paulo
entendia o ministério de sofrimento que ele tinha; vemos como ele encarou
perseguições terríveis e como chegou à beira da morte, mas como entendia com
clareza como tudo servia para levar consolação aos santos. Essa é a mensagem do
capítulo 1 daquela carta. Vemos como Paulo entendia que o ministério tão
deslumbrante que ele tinha era resultado da misericórdia, porque foi Deus quem
lhe confiou a mensagem celestial. Tem tanto a falar sobre isso, mas nosso
espaço é pouco aqui.
Outro detalhe está no fato que o Senhor
mesmo mostrou isso aos discípulos, quando reunido com eles disse que no mundo
eles teriam aflições. Que espantosa verdade! Aqueles homens estavam perplexos e
amedrontados ante o fato que o Senhor estava caminhando para a cruz, e eles,
como ficariam? Sozinhos, desamparados? Nosso Senhor não deixou nenhuma promessa
que a sorte deles no mundo seria diferente, que eles teriam um viver fácil e
uma vida cômoda. Ele pode mostrar-lhes que no mundo haveriam de enfrentar a
hostilidade terrível dos homens (João 16:1) e foi exatamente isso o que os
apóstolos entenderam e experimentaram. Nosso Senhor não prometeu uma felicidade
mundana; não prometeu que daria aos seus servos riquezas e confortos aqui.
Mesmo que esses bens terrenos eles passem a ter, mas é dada em seus corações a
certeza que não são donos absolutos.
Por misericórdia, significa que o Senhor
não retirará os problemas pelos quais deveremos passar, até chegarmos à morte.
Os crentes têm consigo o cheque com a assinatura do grande EU SOU, a fim de que
eles corram à buscar socorro em meio às aflições. O viver aqui no mundo, no
tocante aos crentes deve ser um viver de justiça em meio aos perigos e Ele nos
cercará com bondade, de tal maneira que nada nos faltará e que seremos
protegidos de todo mal. Foi isso que que os santos enfrentaram, alguns
encararam satanás e o inferno bem à frente. Os terrores inimigos querem nos
devorar, o mundo quer nos esmagar e nossas fraquezas nos impelem a buscar
socorro. É no contexto dessa misericórdia que Deus nos ensina os padrões de
santidade que devemos ter e o que seremos após sermos tirados de uma vez para
sempre deste mundo maligno. Toda nossa felicidade habita em Cristo. Por fora
luta, por dentro gozo e alegria no Senhor.
“Minha morada Jesus
assegura, paz e conforto na luta feroz”