“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
A
CONFISSÃO DE COMO VIVIAM NO PECADO: “Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas...”.
Os pecadores eleitos são aqueles que
perceberam que trilhavam por caminhos tortuosos: “...cada um se desviava...”.
Quão preciosa é a atividade em mostrar aos pecadores como foram suas vidas no
pecado. É impossível conhecer a Cristo sem que antes os homens vejam sua
condição de perdidos, transgressores e culpados diante de Deus. A luz da graça
é forte suficiente para mostrar o triste caminho pelo qual o homem anda e que
se não houver arrependimento não há como trilhar o caminho certo que leva ao
céu. Na sincera confissão o convertido não inventa desculpa; não fica olhando o
pecado dos outros, dos pais, da sociedade, conforme normalmente acontece.
Quando o homem depara com seus pecados e sua culpa diante de Deus funciona como
se ele estivesse sozinho no mundo; como se ele fosse o único culpado, e ao
comparar com os outros ele se vê como o principal dos pecadores.
O evangelho chama os homens a uma visão
da glória de Deus; o grande Salvador é visto como Justo e o homem culpado. Não
há confusão, porque a diferença é nítida: O Cordeiro é o puro e imaculado
Cordeiro de Deus, enquanto o pobre pecador não passa de um verme culpado. Que
luz radiante brilha perante Seus olhos; ele é arrancado desse sistema mundano,
desse ambiente de mentiras, de fraudes do coração e de inevitável destruição.
Em que miséria encontra os homens que perecem! Sem que Deus chame pecadores
para essa visão particular, não há como escapar da miséria eterna que aguarda
as almas impenitentes. Nessa visão do pecador vendo a cruz e o Justo Servo de
Jeová como aquele que foi entregue para levar os pecados sobre Si, é que a alma
confessa consegue vê toda sua vida, o que fez contra Deus, o que está pronto a
fazer no dia a dia e que estará pronto a fazer até o fim.
Veja bem que não estou dizendo que há de
confessar cada pecado, mas que sua condição de um coração vil e sujo será posto
perante ele. Ele verá suas paixões, suas idolatrias, sua disposição de andar
sem Deus no mundo e de odiar o Senhor. Essa é uma confissão geral e assim a
alma penitente verá que sua esperança está no Seu substituto perfeito que
ocupou seu lugar na cruz. Sem isso não pode haver salvação. Os judeus convictos
quando levavam um animal para ser imolado pelas suas culpas sabiam bem que ali
estava apenas um símbolo de uma realidade eterna. Quando ele punha sua mão
sobre a cabeça do animal, ele entendia que seus pecados estavam sendo
simbolicamente transferidos para uma vítima sem culpa.
Eis aí o que significa a humilde
confissão dos eleitos. Ah! Quanta brincadeira com a doutrina da salvação em
nossos dias! Como vejo milhares sendo iludidos com uma falsa paz! O que
acontece é que muitos recebem dos homens uma certeza de salvação que não foi
obra do Espírito Santo, justamente porque não houve essa humilde confissão que
vem do coração. Pouco ou até quase nada ouvimos da mensagem da cruz e da
desesperadora condição do homem no pecado. Afinal, quem quer ouvir do Salvador
e de uma tão grande salvação se nunca ouviu da sua miséria? Quem há de beber um
remédio se nada sente de alguma enfermidade?
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