“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio
caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías
53:6)
A
NECESSIDADE EVIDENTE DESSA CONFISSÃO.
Outro detalhe que aparece na confissão
dos eleitos é que há neles um entendimento da necessidade de um substituto que
ocupe o lugar dele: “...mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós
todos”. Nota-se que é um trabalho da graça no coração, porque do contrário o
homem jamais entenderia isso. Foi o que ocorreu com Pedro em Mateus 16 quando
Ele afirmou que Jesus era o Filho do Deus vivo. Nosso Senhor imediatamente lhe
disse que o que ele proferira não era obra da carne ou dos homens, mas sim de
Deus. Nenhum pecador será salvo sem essa compreensão particular, de que Deus
enviou o perfeito substituto para morrer no lugar de réus condenados. Vejo hoje
uma corrida frenética por um evangelismo mais apegado à números do que à
verdade. Hoje qualquer um que faz uma mera decisão verbal de que aceitou Jesus
é considerado salvo. É claro que têm os que realmente se convertem, mas o que
quero afirmar aqui é que sem uma compreensão no coração de que Deus enviou Seu
Cordeiro Amado para ser o substituto perfeito, não há como compreender
salvação.
Outro importante detalhe que emerge no
texto acima é que há entre todos os eleitos um entendimento da necessidade
desse real substituto: “...fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos”. Eis
aí a fé comum a todos; eis aí aquilo que mostra a unidade da igreja em todos os
lugares. Os salvos têm a mesma linguagem; todos falam o mesmo idioma da
redenção; todos têm a mesma confissão e essa confissão está registrada no
coração de cada um deles. Também, quando os eleitos estão reunidos eles formam
uma unidade; não importa se são ricos ou pobres, todos proclamam a mesma fé e
têm o mesmo cântico.
Passo agora às partes finais da pregação
sobre esse tema, tratando sobre a necessidade dessa confissão. Sempre tenho
mostrado o quanto é necessária uma fé que realmente confessa essas verdades. É triste
ver como a cristandade moderna desconhece confissão de fé, algo que era comum
antigamente. Mas a vida é confissão, porque se trata de algo do coração e não
de meras palavras. Quando um homem ama uma jovem e deseja casar com ela, ele
confessa seu amor por ela e seu ardente desejo de tê-la como esposa. Na bíblia
os santos confessam seu amor por Cristo, como resultado do amor de Cristo por
eles. É impossível ler os Salmos sem notar a confissão de fé de genuínos
crentes. O livro de Cantares é uma vívida demonstração dessa confissão e assim
transbordam as palavras dos fieis testemunhando perante elementos perversos e
enfrentando até mesmo a morte. As palavras dos apóstolos perante perversos
inimigos mostram a confissão deles: “Como podemos deixar de falar daquilo que
vimos e ouvimos?”. Em Filipenses vemos palavras de confissão de Paulo em seu
ardente amor por Cristo. Temos: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”
entre outras palavras de confissão.
O
que poderia dizer sobre isso? Se houve um milagre operado no coração; se Deus
visitou o pecador levando Sua verdade ao íntimo, então é óbvio que necessário é
que tudo resulte em confissão. A vida cristã não é algo meramente mental ou
emocional, mas sim algo feito no coração; é Deus realizando seu milagre em
tirar um coração de pedra, a fim de implantar um coração que venha a Lhe temer.
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