“A tua malícia te castigará, e as tuas
apostasias te repreenderão; sabe, pois, e vê, que má e amarga coisa é o teres
deixado o Senhor teu Deus, e o não haver em ti o temor de mim, diz o Senhor
Deus dos exércitos” (Jeremias 2:19)
O
CONFRONTO COM O SENHOR DOS EXÉRCITOS: “...diz o Senhor dos exércitos”
Prezado leitor, somente o Deus de
compaixão para revelar aos que se desviam a terrível escuridão que lhes
aguarda, por terem abandonado a fonte de toda bênção. Sinto-me tão triste por
saber que meus argumentos são tão frágeis na tentativa de ajudar meus leitores.
Mas, minha confiança não está nas pobres palavras as quais formam meus
argumentos. Deus há de honrar sempre a Palavra Dele! Meu trabalho consiste em ser
fiel na exposição daquilo que está escrito, a fim de que o Nome do Senhor seja
proclamado em glória no meio dessa fumaça de apostasia.
O trabalho final em torno desse tema é
mostrar aos meus leitores que a prova de toda apostasia está num coração ausente
de temor: “...e o não teres o temor de mim...”. O homem que não teme o Senhor
jamais andará pelo caminho de santidade e pureza. Não há organização humana que
possa mudar o coração do homem, porque nascido no pecado sua disposição é
persistir, continuar na rebelião contra Deus, mesmo que esteja cercado das
luzes da verdade bíblica. O coração do homem é um santuário secreto do mal e
ali ninguém pode penetrar, a não ser o Senhor, conforme Ele mesmo diz: “Eu, o Senhor, esquadrinho a
mente, eu provo o coração...” (Jeremias 17:10).
Tenho um argumento a mais
na tentativa de fazer com que aqueles que estão se desviando do Senhor volte
humildemente para Seus santos e retos caminhos. Meu argumento final baseia-se
na impossibilidade de contestar-se contra o Senhor: “...diz o Senhor dos
exércitos”, justamente porque no texto o Senhor se apresenta como o Senhor dos
exércitos. Veja, caro leitor, como Israel recusava a face de misericórdia do
Senhor, mas estava correndo em direção ao
juízo. Eles desconheciam o Deus verdadeiro; eles O comparavam com seus
abomináveis ídolos e não sabia que quando os homens se armam contra o Senhor
vão ter que encará-Lo como o Senhor dos exércitos.
Os profetas do Senhor
anunciavam o perigoso caminho pelo qual a nação se enveredava; eles avisavam
fielmente que o Senhor já tinha chamado uma nação poderosa; que os babilônios
estavam chegando, armados e bem preparados trazendo a vingança do Senhor.
Nabucodonosor era um servo de Jeová e seu exército cruel era o exército do
Senhor que cumpriria os propósitos Dele em castigar aquele povo. O exército
babilônico seria a espada do Senhor; seria o martelo punitivo de Deus; viria
com furor e sem qualquer misericórdia contra adultos e crianças, porque foram
advertidos e não se arrependeram de suas maldades. A nação estava encharcada de
idolatria e essa prática maligna afundou o povo em maldades praticadas uns
contra os outros (Ezequiel 22).
Caro leitor, a mensagem do
evangelho vem anunciar que o Senhor não mudou; que Ele tem Exércitos e são
numerosíssimos. Note bem que a palavra “exército” está no plural, indicando que
todos os exércitos de animais, de homens e de anjos estão à Sua disposição. A
mensagem do evangelho chega para advertir os homens dos terríveis perigos que
encontrarão no final do caminho errado que tomaram. O Deus de amor que aparece
cheio de compaixão é o mesmo Senhor que aparece no final do caminho errado que
os pecadores tomaram. O mesmo Deus que chega para usar de misericórdia com
aqueles que se humilham e se arrependem, é o mesmo Deus que também endurece os
corações de homens e mulheres que se obstinam em andar na teimosia de seus
corações.
Caro leitor, não há amigo
como o Senhor, mas também não há inimigo como Ele. Não há felicidade comparável
ao Seu amor, mas também não há terror que seja comparado à Sua Ira.
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