“Mas se não fizerdes
assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado
vos há de achar” (Número 32:23).
Prezado leitor, que os olhos da alma
sejam abertos com as preciosas revelações da Palavra de Deus! Não esqueçamos
que não somos diferentes daqueles homens e mulheres cujas vidas estão relatadas
nas Escrituras. O mesmo pecado daquele tempo é o que opera hoje; sua força é a
mesma; seu domínio é total e seus efeitos são aterrorizantes. Carecemos do
temor de Deus em nossos corações, porquanto o orgulho do pecado tem tornado os
corações endurecidos e impulsionado os homens às práticas perversas.
Voltemos à vida do rei Saul. O cap. 15
relata o acontecimento mais dramático do seu reino. O que parecia suprema
vitória foi na realidade a mais fragorosa demonstração de humilhante derrota
para aquele altivo rei. Por quê? Não há um teste de espiritualidade maior do
que obedecer zelosamente às ordens de Deus. Apagar todos os amalequitas da face
da terra e destruir tudo o que representava suas possessões era algo para ser
feito caprichosamente. A ira de Deus fumegava anos a fio contra aquela nação e
na agenda divina a data marcada era aquela. Era chegado o Dia do Senhor contra
aquele povo perverso e Saul carregava consigo o privilégio de honrar o reino
celestial cumprindo com responsabilidade item por item. Aparentemente parecia que houve uma esplêndida vitória e que
Saul tinha cumprido todas as ordenanças de Deus. O que ele fez de errado? Ele
simplesmente tomou a guerra para si, como sendo sua e não de Deus. Ao fazer
isso revelou a perversidade alojada em seu coração. Notemos o seu caminho no
qual desonrou a Deus. Primeiramente Saul deixou vivo Agague, o rei dos
amalequitas, por quê? Porque queria mostrar ao povo seu triunfo de guerra, e
por detrás de tudo isso tinha o infame propósito de dar vida a um inimigo de
Deus.
Em segundo lugar, Saul tentou ludibriar
Deus religiosamente. O que ele fez? Tomou todo gado para si, alegando
posteriormente que tinha como propósito oferecer sacrifícios ao Senhor.
Mentiroso! Frustrada tentativa de engambelar Deus com sacrifícios. Em terceiro
lugar mostrou em seu regresso que tinha em mira apresentar ao povo seu nome,
pois: “... e eis que levantou para si numa coluna...” (1 Samuel 15:12). Sua chegada
foi maravilhosa, ruidosa e vitoriosa aos olhos do povo, mas não aos olhos de
Deus. Aquele que fora enviado para julgar, punir um povo que se achava debaixo
do furor da Ira divina, agora está debaixo da punição. Eis as palavras do Senhor:
“Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir, e
não cumpriu as minhas palavras” (15:11).
Saul foi pego na rebelião
do seu coração, na ousadia de tomar para si a glória que pertence ao Deus de
Israel. Como escapar de Deus? Como fugir da radiante luz da verdade? Todas as
suas palavras saem de sua boca, não como confissão; foi pego tentando jogar a
culpa sobre seus soldados e precisou presenciar o profeta matando Agague para
mostrar sua gritante falha em não obedecer a Deus. O culto que ele achava que
oferecia a Deus não era culto. O culto verdadeiro parte de um coração obediente.
Veja o que Samuel fala: “...Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do Senhor? Eis que o
obedecer é melhor do que o sacrificar...” (verso 22). Agora chega a vez de Saul
saber a quem oferecia ele o culto: ”Porque a rebelião é como o pecado de
feitiçaria e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do
lar...”(verso23).
Saul brincou com a Palavra
de Deus, por isso seu foi visitado em seu pecado. De agora em diante a jornada
daquele homem é de ciúmes, invejas e perversidades: “Sabei que o vosso pecado
vos há de achar”. Saul nunca se arrependeu, porque o arrependimento vem de
Deus. Meu amigo, que momento para um grande quebrantamento! Que momento para
humilhação perante o Deus que se revelou nas Escrituras! Que momento para
sincera confissão e entrega humilde ao Senhor Jesus!
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