Jim
Elliff
Muitas pessoas gastam mais tempo em
examinar as verduras no supermercado do que em avaliar a sua própria fé. Nas
páginas seguintes, faremos uma séria averiguação da fé... a sua fé. Retiraremos
o lacre da fé enganosa e verificaremos o seu conteúdo. Neste processo,
chegaremos ao entendimento da verdadeira fé – que é a resposta aceitável à
atividade de Deus. Descobriremos esta alarmante possibilidade: o que pensávamos
ser uma conversão autêntica pode ter sido uma simples experiência.
Por que eu encorajaria o ceticismo no
que se refere à sua fé? A razão talvez seja óbvia demais para ser enunciada: a
decepção é a companheira voraz daquilo que é facilmente assegurado. Aqueles que
compram a certeza com a moeda da simplicidade, e não se preocupam com a
investigação provavelmente descobrirão muitíssimo tarde que possuem uma
imitação barata do que é genuíno. Na metáfora de Jesus, eles poderão ser
expulsos da ceia de casamento, por não estarem vestindo roupas adequadas.
O
homem ou a mulher que conta apenas com uma experiência para validar seu estado
eterno, se encontra em uma condição perigosa. Aquele que diz: “Sou cristão,
pois fiz a oração do pecador; portanto, todas as dúvidas subsequentes, com
certeza, procedem do diabo” não está seguindo um padrão bíblico de pensamento e
pode estar vagando precariamente às portas do inferno.
Com frequência, a Bíblia enfatiza que a
fé deve ter uma história inicial em cada vida cristã genuína. Em certo momento,
uma pessoa não crê (confia, tem fé – este é o significado da palavra crê, em
seu sentido completo); em um momento posterior, essa mesma pessoa é chamada de “crente”.
Os evangélicos, fundamentados na Bíblia, têm aceito este dogma inquestionável.
Mas permita-me fazer uma pergunta perscrutadora: A sua fé é certa ou
deficiente?
Pare e considere: Paulo não escreveu as
seguintes palavras às pessoas da rua e sim àqueles que professavam ser
cristãos, pessoas semelhantes a mim e a você. Paulo alertou:
“Examinai-vos a vós mesmos se realmente
estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo es
tá em vós? Se não é que já estais reprovados” (2 Coríntios 13:5).
Ao meditar sobre este assunto da
salvação pessoal e considerar os valores envolvidos, você e eu não estamos
apenas obedecendo a Deus, mas também agindo de acordo com o mais elevado nível
de bom senso. Você deseja fazer isto?O mais alarmante é a arriscada posição dos
evangelistas contemporâneos em alicerçar a certeza da eternidade em uma experiência
emocional única, ou na “oração do pecador” corretamente pronunciada, ou no
sentimento de alívio substancial em uma determinada ocasião, sem ao menos
levarem em conta o que é evidente agora. A vida eterna é tão insignificante,
que constitui uma perda de tempo examinarmos a nós mesmos, a fim de acharmos suas
evidências? Não existe algo a perdermos? O inferno não está cheio de pessoas
que professavam ter experiências religiosas? Não existe algum perigo pra você?
(continua)
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