Jim Ellif
Para averiguar as profundezas da sua fé,
retire, em qualquer grau que estiver demonstrando, sua confiança na assiduidade
à igreja e naquelas poucas conversas piedosas, na companhia de pessoas
corretas; e agora veja o que sobrou. Depois de ler o evangelho pela primeira
vez, um monge dos tempos antigos afirmou: “Ou estas palavras não são o
evangelho, ou não somos cristãos!” Na verdade, este não é um problema novo; e
pode ser o seu.
É possível ter...
FÉ SEM O ESPÍRITO
Por muito tempo temos permanecido apaixonados
pelo nosso próprio senso de poder, como se possuíssemos a chave para a vida
eterna. Mas não a possuímos. A salvação começa na mente de Deus sendo
concretizada como Sua própria obra. Nesta discussão revelará vários tipos de
experiências de fé que não se harmonizam com essa atividade de Deus. A fé
verdadeira é um dom (Atos 13:48; João 3:27; 6:44, etc.) e não uma ferramenta
destinada a manipular o Todo-Poderoso.
Um dia de passeio no mar, em um pequeno
veleiro, pode ser uma experiência estimulante, um lenitivo para acalmar nervos
desordenados. Imagine um céu azul interminável, liberalmente adornado, com nuvens
encapeladas. A temperatura é a do Caribe; e tudo vai bem. Mas você ainda não
velejou; e o seu evidente propósito é avançar para o mar aberto. Erguendo a
vela de seu barco, você se prepara para realizar seu intento; mover-se
suavemente pela água... Mas, nada acontece. Por quê? Simplesmente porque não há
vento soprando.
Aplique isto à conversão. É possível
erguer a vela da fé, quando não há Vento soprando (“espírito” é pneuma no
grego). Esta é uma fé inútil, sem valor. Apenas afirmar que você teve uma
experiência de fé não prova coisa alguma. Afinal de contas, a fé não salva...através
da fé; e esta é uma consequência necessária, não a questão essencial.
Certamente a questão importe é a do
próprio Vento. A vela não tem poder para fazer o vento soprar.
“O vento sopra onde quer, ouves a sua
voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido
do Espírito” (João 3:8)
Considere este ensino em João 1:12-13: “Mas,
a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a
saber, aos que creem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade
da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”.
Observe que é necessário receber a
Cristo e crer ou confiar Nele, a fim de tornar-se filho de Deus. Você precisa
crer! Mas, de fato, não pode crer, pois, na verdade, o seu novo nascimento não
depende de uma decisão (sua ou de alguém mais), assim como demonstra o pleno
significado desta passagem (“não nasceram... da vontade da carne”). Se você é
um filho de Deus, isto foi uma decisão Dele. Você precisa...não pode...mas se
tornará filho de Deus, se Ele o quiser, somente se Ele o quiser (ver Romanos
9:16). O Vento tem de soprar.
(continua)
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