sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

FÉ INÚTIL (2)




Jim Ellif
        Para averiguar as profundezas da sua fé, retire, em qualquer grau que estiver demonstrando, sua confiança na assiduidade à igreja e naquelas poucas conversas piedosas, na companhia de pessoas corretas; e agora veja o que sobrou. Depois de ler o evangelho pela primeira vez, um monge dos tempos antigos afirmou: “Ou estas palavras não são o evangelho, ou não somos cristãos!” Na verdade, este não é um problema novo; e pode ser o seu.
        É possível ter...
        FÉ SEM O ESPÍRITO
        Por muito tempo temos permanecido apaixonados pelo nosso próprio senso de poder, como se possuíssemos a chave para a vida eterna. Mas não a possuímos. A salvação começa na mente de Deus sendo concretizada como Sua própria obra. Nesta discussão revelará vários tipos de experiências de fé que não se harmonizam com essa atividade de Deus. A fé verdadeira é um dom (Atos 13:48; João 3:27; 6:44, etc.) e não uma ferramenta destinada a manipular o Todo-Poderoso.
        Um dia de passeio no mar, em um pequeno veleiro, pode ser uma experiência estimulante, um lenitivo para acalmar nervos desordenados. Imagine um céu azul interminável, liberalmente adornado, com nuvens encapeladas. A temperatura é a do Caribe; e tudo vai bem. Mas você ainda não velejou; e o seu evidente propósito é avançar para o mar aberto. Erguendo a vela de seu barco, você se prepara para realizar seu intento; mover-se suavemente pela água... Mas, nada acontece. Por quê? Simplesmente porque não há vento soprando.
        Aplique isto à conversão. É possível erguer a vela da fé, quando não há Vento soprando (“espírito” é pneuma no grego). Esta é uma fé inútil, sem valor. Apenas afirmar que você teve uma experiência de fé não prova coisa alguma. Afinal de contas, a fé não salva...através da fé; e esta é uma consequência necessária, não a questão essencial.
        Certamente a questão importe é a do próprio Vento. A vela não tem poder para fazer o vento soprar.
        “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (João 3:8)
        Considere este ensino em João 1:12-13: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”.
        Observe que é necessário receber a Cristo e crer ou confiar Nele, a fim de tornar-se filho de Deus. Você precisa crer! Mas, de fato, não pode crer, pois, na verdade, o seu novo nascimento não depende de uma decisão (sua ou de alguém mais), assim como demonstra o pleno significado desta passagem (“não nasceram... da vontade da carne”). Se você é um filho de Deus, isto foi uma decisão Dele. Você precisa...não pode...mas se tornará filho de Deus, se Ele o quiser, somente se Ele o quiser (ver Romanos 9:16). O Vento tem de soprar.
(continua)
       

















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