segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O PERIGO DA SOBERBA (3)




“Ouvi e atentai: Não vos ensoberbeçais; porque o Senhor falou. Daí glória ao Senhor, vosso Deus, antes que Ele faça vir as trevas, e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, Ele a mude em sombra de morte e a reduza à escuridão” (Jeremias 13:15,16)
A ADVERTÊNCIA DE DEUS CONTRA A SOBERBA.
        Meu caro leitor, chegou o momento para que juntos examinemos de perto o que o texto traz de lições práticas, a fim de que sejamos instruídos no andar no temor de Deus. Vemos que essa terrível advertência foi dirigida a uma nação que estava vivendo no torpor da apostasia, mas ao mesmo tempo não admitia esse viver pecaminoso, idólatra e rebelde contra o grande Jeová que sempre mostrou Seu amor e bondade para com Seu povo. A soberba faz parte da natureza maligna no pecado, aliás é a mais alta demonstração do que é o pecado em seu infame desejo de tomar a glória de Deus para si. Sendo assim, os crentes devem estar continuamente em severa vigilância, a fim de que sejam livres desse perigo, assim como livramos dos espinhos que pegam em nossa roupa, ou mesmo em nosso corpo. Que estejamos livres dessa cegueira espiritual, a fim de que vejamos a soberba como uma mortífera serpente que está pronta para sua picada fatal.
        A primeira lição é que essa advertência de Deus chega aos homens como prova da misericórdia de Deus. Ao mandar Seus profetas a fim de avisar o povo, o Senhor estava revelando Seu terno e amoroso coração; mostrava que não queria ver aquele povo tombando e sendo varrido pelo dilúvio da Sua ira. O Senhor afirma que Ele é tardio em irar-Se, mas que Ele faz isso, especialmente para dar um golpe só contra homens e mulheres que querem viver na arrogância e na disposição de desafiar o Senhor com seus pecados. Ele afirma que odeia o orgulhoso, que o mantém distante. Ele sempre lidou com os arrogantes, sempre trouxe a merecida punição contra aqueles que ousaram desafiar o Eterno e querer ocupar no íntimo o lugar de honras e glórias que pertence exclusivamente a Ele. Ele é exaltado, sublime e glorioso, mas a soberba do pecado é manifestada na auto exaltação do homem, no querer viver sozinho, dirigindo sua própria vida e fazendo sua própria vontade, assim como vive satanás desde sua queda.
        Mas quero trazer o leitor ao texto, porque vemos a paciência e longanimidade do Senhor pela forma como Ele chega aos homens: “Ouvi e atentai os ouvidos...”. Pense bem meu amigo, porque é claro que no orgulho o homem fica incapaz de ouvir; no orgulho o homem fica surdo; no orgulho ele se enche de vaidades e acha que é dono de sua própria vida e de que não precisa de alguém para controlar seu viver. No orgulho o homem se posiciona lá em cima e não pode ouvir. O leitor deve lembrar do arrogante rei Saul, pois quando voltou da guerra estava convencido que era o tal, que nada havia de errado, até que a mensagem veio por meio de Samuel para saudar o rei não com boas novas, mas sim com terríveis notícias do desagrado definitivo de Deus (1 Samuel 15). Não pensemos que Saul se humilhou. O arrogante dá impressão que caiu aos pés do grande Deus. Mas a verdade é que a própria arrogância se veste de seu próprio medo e se curva perante os homens. Foi assim com Saul, porque se caiu aos pés de Samuel, porque havia perigo de perder sua honra e prestígio perante o povo.
        Meu caro amigo cuidado porque a arrogância não vai embora facilmente; ela não pega a mala, por assim dizer, e despede deixando sua casa de habitação. A arrogância se esconde atrás da porta e espera passar o dia mau, a fim de mostrar sua face de terror novamente.

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