terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O APELO DA GRAÇA SALVADORA (8)



“Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (JEREMIAS 33:3).

É UM APELO QUE REVELA MILAGRE:
        Prezado leitor, sei que devo mostrar com maior intensidade o fato que o trabalho da operante graça é, acima de tudo uma obra milagrosa. Quando vemos hoje entidades evangélicas buscando mais e mais sinais e maravilhas de curas físicas, eis que a graça aparece para sobrepujar tudo isso. Não existe um milagre que possa superar o poder transformador que a graça efetua na salvação de um pecador. O escritor de um antigo hino quis dizer exatamente isso no coro:
                               Mas quando me salvou, e me resgatou
                               Milagre foi de todos, o maior.
        Meu amigo, estou procurando mostrar o quanto a Palavra procura arrancar para longe tudo aquilo que os homens buscam fora de Cristo como apoio para suas almas. Mas o fato é que fora do grande e excelso Salvador enviado pelo Pai tudo aparece como inutilidades. Um exemplo que trago agora é a lei de Moisés, porque sei quantos buscam um apoio na lei para assegurar-lhes uma salvação. Ora, a lei nada pode fazer pela salvação do pecador. A lei funciona como um clínico geral, o qual nada pode fazer pelo enfermo, a não ser direcioná-lo para um médico especialista. Assim também é a lei, por isso se apegar a ela, tentando fazer o que ela manda fazer, só acarretará mais prejuízo, porquanto a santa lei de Moisés condena e intitula de maldito todo aquele que quebrar um só item, e nós, pobres pecadores somos chamados de transgressores, porque devido ao pecado realmente somos amaldiçoados pela lei.
        Mas a lei nos aponta Cristo. Por essa razão a lei veio antes de Cristo, para que o pecado mostrasse sua forma hedionda e vil, exatamente como vemos e experimentamos em nosso viver. Foi no auge dos terrores da lei que Cristo veio, a fim de enfrentar os horrores na crucificação para tornar nosso perfeito Salvador. Então amigo, solte sua confiança que você tem tido em algum ponto da lei. Ela já lhe denunciou e lhe colocou como perverso e digno de se atirado à condenação eterna. Meu caro amigo, tente colocar dois homens juntos, sendo que um é um bom homem, trabalhador, honesto, religioso e educado, enquanto o outro é vil, desonesto, ladrão e até mesmo ateu. Pois é, perante a lei ambos estão em igual posição – malditos e condenados, porque a lei condena os dois chamando-os de transgressores.
        Você que tem um pouco de conhecimento da Bíblia pode lembrar-se de Nicodemos, um religioso fariseu, o qual veio de noite procurar Jesus. Do nosso ponto de vista Nicodemos era um bom homem, um conhecedor das Escrituras do Velho Testamento e que precisava apenas de receber alguns conhecimentos e pronto – já era um salvo. Nada disso! Nosso Senhor disse para aquele cidadão que ele, assim como qualquer outro tinha nascido do pecado e no pecado, por isso precisava nascer de novo, caso contrário, não poderia entrar no reino de Deus. Para Deus um Nicodemos em nada era diferente daquele ladrão na cruz.
        Oh! Quantos pensam no íntimo que a salvação de suas almas depende de suas obras meritórias! Pois é, a graça não opera assim. Quando Deus diz aos pecadores: “Invoca-me e eu te responderei...” está mostrando o que só a graça opera no pecador. A graça não está dizendo aos homens para fazer algo para Deus, para dar-lhe uma ajuda e assim fazer sua parte. Não! A graça só pode ser conhecida pelo pecador que está caído, inerte no pó, sentindo seu desamparo e distante de Deus. Homens só invocam ao Salvador quando se veem perdidos, assim como alguém que está se afogando clama por socorro. Então amigo, é agora o momento tão precioso para que você reconheça sua condição e clame agora de coração a esse Salvador bendito.

 






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