“Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do Senhor?” (Sofonias 2:3)
A ORDEM É DADA: “Buscai ao Senhor”.
Tendo dado a introdução, chegou o momento para que entremos para examinar os detalhes que envolvem a mensagem que Deus nesse texto de Sofonias 2:3. Eu costumo chamar textos como esse, achados no Velho Testamento, como sendo as “joias da graça, vista na lei”. Aliás, elas aparecem em sua beleza irradiante, porque elas brilham em plena escuridão da lei. Não esqueçamos que Sofonias trata da ira de Deus e é no meio dessas ameaças que a graça surge chamando os pecadores, para que eles busquem a Deus.
Aprendemos com as palavras vistas em Jeremias 9 que Deus opera neste mundo com misericórdia, justiça e juízo. Enquanto Ele está exercendo seus justos atos punitivos no mundo, eis que também está salvação. Em meio a guerra contra Seus inimigos Deus tem montado o que posso chamar aqui de “operação resgate”, salvando Seu povo. Deve nos impressionar a maneira como Deus lidou com a família de Noemi, trazendo juízo de morte sobre o marido e os três filhos. Mas foi no meio desse ambiente de aparente derrota que a graça brilhou e trouxe a salvação de Rute, conforme a narrativa desse pequeno livro, um apêndice do livro de Juízes.
É na escuridão do juízo que Deus opera as maravilhas da graça. Vejo como os soldados de Israel mata os terroristas do Hamas, mas ao mesmo tempo tenta salvar as pessoas inocentes, usadas pelos inimigos como escudos. Não é assim que age nosso Senhor, olhando do ponto de vista eterno. Como podemos entender o Salmo 106? Esse maravilhoso Salmo concentra-se em dizer que a “misericórdia do Senhor dura para sempre”. Esta é sempre a conclusão de cada verso. Mas o que vemos ali? Vemos o Deus que criou, que age como Senhor dos exércitos, que sustentou Seu povo, que matou inimigos e fez tudo isso tendo em vista o bem do Seu povo. Então brilha como sol a Sua misericórdia: “Porque a Sua misericórdia dura para sempre”.
Não me canso de falar de Isaías 55, porque o que vemos ali é o Deus salvador passando além das fronteiras de Israel e anunciando ao mundo, aos homens em todos os lugares que a salvação Dele está estendida a todos. Não é maravilhosa notícia? Ele não abriu as torneiras da água da vida, nem expôs o pão da vida somente para os judeus, mas sim para todos os que têm sede e que têm fome: “Todos vós que tendes sede, vinde às águas”. Claro que tem muito mais que isso, mas fico restringido a esses textos que sempre nos vêm à memória.
Mas fica aqui o fato que tratar de um verso como esse em Sofonias 2:3, em plena época da lei, a presença da graça vem nos mostrar o quanto o Salvador sempre atuou em todo tempo com Sua tão grande salvação aos homens, porque todo plano desde a eternidade tinha em vista a salvação dos perdidos; toda criação tinha em vista alcançar os perdidos; toda história do Velho Testamento é o desenho, linguagem, tipos, símbolos, figuras, Salmos, profecias, etc. Visando mostrar o Servo de Jeová vindo ao mundo, a fim de salvar os perdidos. A escolha na eternidade, a cruz fincada no Calvário e a eternidade de glória formam o fundamento da majestosa obra que relata a história do amor de Deus em favor dos perdidos.
Sendo assim, o que devemos fazer? Temos que pregar a mensagem da salvação, porque é por essa mensagem que Deus chama os pecadores. Ó se pudéssemos ver a agenda de Deus! Veríamos que Ele se ocupa no mundo com Seu povo eleito e é por isso que Ele ainda, com incrível manifestação de longanimidade não tem destruído a raça caída, que tanto desafia a Deus com seus pecados no mundo inteiro.
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