terça-feira, 30 de março de 2021

A ENCARNAÇÃO DO FILHO (9 de 10)


“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade; e vimos a Sua glória, glória como a do Unigênito do Pai” (João 1:14)  

SUA DIVINDADE. “E vimos a Sua glória”.

        Essa glória do Verbo encarnado não é a glória dos anjos nem de qualquer homem, mas de Deus: “Como a do Unigênito do Pai”. Como tenho falado, é impossível descrever a glória do Filho de  Deus. O  que podemos fazer é  narrar as experiências  de homens que presenciaram um pouquinho só desse Ser glorioso. Bastou que brilhasse um pouco desse resplendor, para que Saulo de Tarso tombasse perante essa luz, a qual incidiu sobre um pecador com o propósito de leva-Lo ao conhecimento do Santo Salvador e Senhor. Também, nosso Senhor reservo essa visão para os três apóstolos, para que eles pudessem narrar e temer o grande nome daquele que se fez carne e habitou entre nós.

        E nós os santos que Nele cremos para sermos salvos? Fomos agraciados com a beleza  e poder da palavra. Para nós isso é suficiente, porque no momento precisamos ouvir e não ver. Nossos olhos terrenos não  podem vislumbrar a glória do Senhor, até que O vejamos face a face e para isso teremos que obter o corpo semelhante ao Dele. Note bem que veremos o Senhor que se fez carne  e tornou-Se homem.  Veremos a glória Dele em Seu corpo glorificado, porquanto os santos serão semelhantes a Ele naquele dia. Os santos que já partiram deste mundo aguardam a ressurreição, a fim de obterem o corpo de glória, semelhante ao do Senhor. Mas agora, aqui neste mundo, o que Deus fez e faz é usar os corpos de barro, a fim de fundir neles o novo homem em Cristo. O que somos por fora é apenas a forma, ou o formato externo. É o homem  espiritual que avança de força em força, até que a casa de  barro seja desfeita e receba o que Paulo chama de edifício.

        Amado irmão, nosso corpo frágil e mortal não  pode suportar a glória que há de vir. Então, toda nossa compreensão das realidades eternas está tremendamente distante de nossa pobre capacidade. O que haveremos de ser entendemos muito pouco agora. Neste mundo estamos na sala do abc e ficamos felizes por grandes conquistas  no saber acerca das coisas  referentes à glória que teremos no céu com Cristo. Não esperemos visões e revelações aqui, porque a  palavra é suficiente. A bíblia inteira narra acerca de Cristo e o que temos em mãos no livro nos faz avançar em felicidade, gozo e exultação, quando dispomos a conhecer nosso Senhor. Pisemos no solo da sobriedade bíblica, em santa obediência à palavra; desprezemos as fórmulas mágicas deste mundo religioso, o qual quer nos tirar da verdade revelada na palavra.

        O que precisamos mais? Não nos alegramos com a Palavra? Não é a palavra de Deus suficiente para nós, assim como o maná era suficiente para Israel no deserto? Ainda estamos revestidos dessa carne; ainda o que haveremos de ser não chegou; o  que somos em Cristo está  encoberto pela visão externa que a carne nos traz.  Que  fantástica história! Deus se revelou a nós de uma forma que jamais os homens mundanos hão de compreender.  A fé bíblica toma esses fatos no coração, porque a fé vive da palavra e se delicia nela. Mas até mesmo nossa fé, o Verbo encarnado a conquistou para Seu povo, a fim de que nosso ser tivesse constante contato  com ele.  O que vemos agora pela fé é tão valioso quanto o os  santos presenciaram. Ele é nosso  e somos Dele para sempre!

         O que devemos fazer agora? Devemos sim manter nosso ser em pureza, mediante constante oração e humilde obediência a Ele. Quanto mais perto Dele, mais e mais conheceremos. Ó amor glorioso! Como o Senhor atentou  para nós  pobres pecadores, a fim de  que  fôssemos dele para  sempre,  privilégio  inaudito do amor  que  veio da  eternidade, para a eternidade.


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