quarta-feira, 10 de março de 2021

A ENCARNAÇÃO DO FILHO (1)

 

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e verdade, e vimos a Sua glória, glória como do Unigênito do Pai” (João 1:14)

INTRODUÇÃO:

        Amado leitor, o quanto nós pudermos ler e ouvir de Cristo, melhor para nós. A história do Amado de nossas almas deve ser nossa ambição ouvir sempre, porque é a história eterna daquele que nos amou e que provou isso vindo para nos servir. Que amigo incomparável! Aliás, ao abrirmos nossas bíblias, o que vemos ali? Não é Ele mesmo falando? Curvemo-nos diante Dele! Ouçamos pela fé Sua bondosa voz; conheçamos o fato que Ele é digno das mais altas expressões de nossos sentimentos, porque todo Velho Testamento é um caminhar na excelência do conhecimento desse maravilhoso Santo de Israel e da igreja.

        E ao abrirmos o primeiro capítulo de João? Não é verdade que Ele se sobressai como o Verbo? Impressionante! Fixemos nosso olhar nessas palavras benditas do verso 14, porquanto partimos da grandeza de Sua divindade na glória da criação, para chegarmos até à glória da Sua humanização: “E o Verbo se fez carne...”. Por que ressaltei glória na Sua humilhação aqui? Por que os santos ficam pasmados ao ver o que os discípulos, Pedro, Tiago e João viram na transfiguração. E João relata isso em admiração e adoração: “...e vimos a Sua glória...”. Ora o mundo não pode nem quer ver a glória do Verbo encarnado. O mundo inteiro sucumbiria, caso a glória Dele fosse manifestada. Aliás, o mundo nem sequer tolera ouvir de Sua humilhante encarnação: “E o Verbo se fez carne...”, porque não suporta uma religião verdadeira, a qual honra o filho de Deus que se fez carne e veio habitar entre nós. Isso para o mundo é horrível, porque a religião que eles buscam é emendada de superstições e falsa humildade.

        Se pusermos nossos corações em conhecer nosso Senhor estaremos no caminho certo de uma fé que descansa em fatos eternos, mas muito mais na glória de conhecermos o Senhor. Quem não se deleita nele é porque não o conheceu na salvação, porquanto a salvação do perdido é o encontro dele com o Senhor. Se nossos interesses visam apenas uma salvação que me garante o céu, pelo fato que fiz uma suposta decisão, é porque não O conhecemos realmente, a refulgente glória do evangelho não perfurou meu coração, a fim de quebrar minha arrogância e por terra minha soberba.

        Outro detalhe que marca a importância desse verso de João 1:14 é o fato que naturalmente não poderemos conhecer nosso Senhor melhor. A fé genuína é o único aluno que tem permissão a entrar na sala de aula da graça. Fora disso ninguém terá qualquer noção da glória do Filho de Deus. O mundo falará arrogantemente sobre um Jesus inventado pelo mundo, mas é tudo mentira e nova fórmula usada pelo pai da mentira para manter os homens ainda mais prisioneiros em suas próprias crendices. Os crentes em Cristo, somente eles são convocados a conhecer João 1:14, mas não é aquele conhecimento superficial que nos leva a decorar o verso apenas. Somos chamados a entrar nesse recinto sagrado. João 1:14 é um santuário, porque trata da glória do Filho Unigênito. Tiremos nosso calçado para entrar ali, porque é lugar santo.

        Minha esperança é que eu possa ser útil aos meus leitores em expor o texto com clareza. Me vejo indigno e incapaz de lidar com tantas maravilhas, mas na força da graça poderei trabalhar bem. É claro que têm muitos santos de Deus que gastaram tempo num texto como esse e deixaram relevante explicação. Em tudo podemos aprender, porque grande é o reino do Senhor! Caminhemos juntos nessa maravilhosa jornada, cheios da alegria e felicidade em poder conhecer melhor nosso grande amigo.

        “Graça real, sem fim, mostra Jesus por mim, gozo me dá alegria sem par, que prazer, prazer!”

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