sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

VIVENDO À LUZ DA RESSURREIÇÃO (5)



        “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalhos emergindo da aurora serão os teus jovens”
        A TRISTE REALIDADE DA TRANSITORIEDADE DESTA VIDA
        Posso assegurar que a história deste mundo se ergue para contar que tudo aqui passa. João mesmo afirmou que “O mundo passa...” (1 João 2). Os homens no pecado vivem lambiscando os momentos; o que desfrutamos hoje há de perder-se hoje mesmo e não há esperança de que tudo há de voltar amanhã. A esperança embutida nos corações das multidões está no gozo e prazer do momento. O mundo ignora completamente o significado daquilo que é eterno; essas coisas são estranhas ao coração do homem que não nascer de novo. Além disso, os beliscões do pecado e a presença constante da morte vêm avisar aos homens o quanto tudo aqui está debaixo do desespero e de iminente tristeza e dores.
        Não há maior demonstração do horror deste sistema transitório aqui do que a presença cruel da morte. Este vale de dores é marcado por choro, tristeza, saudade e luto. Não há um dia melhor do que outro, porque satanás faz de tudo para encobrir a realidade das coisas aqui com festas e aparentes vitórias. Enquanto milhares gritam, pulam de alegria, celebram suas festas, passeiam e trabalham por uma vida melhor, eis que está oculto aos olhos de multidões o fato que muitos estão sepultando os pais, os filhos e outros queridos. Além disso, o mundo é sempre surpreendido por acontecimentos trágicos e inesperados. De repente homens são tomados pelo prazer de matar; de repente eis que um avião cai, um carro sofre acidente com vítimas e outros acontecimentos que normalmente a mídia procura ocultar.
        Vou além para afirmar o quanto os homens sofrem os golpes do pecado aqui. O Egito e o mundo iam muito bem, até que foram anunciados os sete anos de fome que seguiriam sete anos de fartura. Anos de bênçãos e prosperidades podem ser sinais de que desceremos para o vale da miséria. Os homens que hoje parecem ser gentis, amáveis e educados, amanhã podem tornar perseguidores e cruéis. O rei da Síria não esperava que seu próprio servo chegaria e o mataria, a fim de ocupar seu lugar no trono (2 Reis 8). Não podemos esperar coisas melhores de um mundo que jaz no maligno e onde reina o pecado e a morte. A alegria de Judas em obter aquilo que tanto queria, logo deu lugar a angústia, tristeza e remorso que levaram aquele homem ao suicídio.
        Minhas palavras são tão pobres para descrever as mazelas desta vida passageiras! Mas todo meu esforço visa levar meus leitores à compreensão do incrível valor da ressurreição para o viver diário do crente. Deus não nos concede Seus ensinos, sem que eles tenham precioso valor para o viver diário. Eles são como joias que vêm enfeitar nossas vidas enquanto caminhamos na jornada rumo ao céu. Notemos bem que não somos exortados a afastar, viver isolado; somos chamados para trabalhar, produzir, lutar, conquistar, prosperar, etc. até que o Senhor volte.
        Assim termino esta página, na esperança que meus irmãos em Cristo sejam fortalecidos na fé. Aqui envelhecemos e perdemos nossa força, mas a verdade é que a ressurreição nos tornou jovens eternos, orvalhos que emergem da aurora. Caminhamos para a perfeição, milhares já foram e aguardam que a família de Deus fique cem por cento completa naquele lugar.


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