quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (8)



“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
AS MARAVILHAS DA RESSURREIÇÃO.
        Não há como explicar ressurreição justamente porque é milagre, e não há como explicar milagres, pois ao achar uma explicação para milagre, então deixa de ser milagre. Em todos os Seus atos Deus só opera por meios que os homens não podem e não sabem como explicar (Salmo 136:6). Já pude explicar que o orvalho é milagre, pois não há como explicar, assim será na ressurreição; não é algo natural, completamente distante da compreensão dos homens aqui.
        Vivemos num mundo natural, onde tudo funciona segundo os moldes da natureza. Aqui tudo é explicável na lógica. Por exemplo, o pecado e seus resultados puseram os homens na lógica do pecado. Para os homens há uma normalidade em tudo o que acontece no reino do pecado, se sair dessa normalidade eles não terão como explicar. Para os homens o pecado é coisa normal; o sofrimento aqui é coisa daqui mesmo; o envelhecimento faz parte da vida e não se espera outra coisa desta vida. Para o mundo não há como retroceder e mudar a situação; não há como barrar o avança da idade, o envelhecimento e a morte. Todos esperam essas coisas e dizem “sim” ou “amém”.  Esse é o reino do pecado e os homens vivem nesse sistema e respiram essa atmosfera.
        Notemos bem que no reino do pecado até mesmo até mesmo há uma expectativa de um retorno após a morte; aquela atmosfera de esperança por um mundo melhor reina no coração e no íntimo ele acha que haverá um retorno. Toda religião, ensino e pregação que possa trazer essa esperança serão benvindos ao mundo. Para o homem natural, até mesmo a esperança do céu é porque ele tem um desejo de um mundo melhor, mais favorável para viver e sem qualquer perturbação. Os homens querem morrer e viver depois eternamente no pecado.
        Enquanto o mundo diz: “Sim!” para tudo isso, a ressurreição diz: “Não!”. Todo ensino da graça opera diametralmente oposto aos ensinos deste sistema enganador e cruel deste mundo. Cristo não veio ao mundo para perpetuar o sistema de vida causado pelo pecado; ele não veio ser um aliado de Adão, nem tampouco abençoar o estilo de vida proposto por Caim. O velho Adão veio para gerar no pecado este mundo no qual vivemos, enquanto o novo Adão veio para arrancar o sistema maldito e passageiro do pecado, a fim de estabelecer o sistema eterno, oposto ao que temos recebido aqui. Com Sua morte Cristo de fato anulou tudo e os crentes usufruem à medida que passa, até o acontecimento maravilhoso que sucederá na eternidade.
        Foi por causa de tudo isso que Paulo inspirado escreveu o maravilhoso capítulo 15 de 1 Coríntios. Ali Paulo assegura que se não houver ressurreição tudo aqui vira fracasso e que é até melhor o viver dos incrédulos, comparando com as esperanças inúteis dos crentes. Mas os santos vivem sim na bendita esperança da glória; aguardam o tempo eterno, quando a morte sumirá, para dar lugar à felicidade eterna. O mundo não pode compreender, nem compreenderá o estilo de vida que os crentes têm, porque ressurreição é estranho aqui. Tudo aqui funciona na base da morte; tudo aqui, por mais belo que for, por mais rico que apareça, tudo está fadado à desgraça eterna.
        

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