“Apresentar-se-á
voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como
orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
AS MARAVILHAS DA
RESSURREIÇÃO.
Não há como explicar ressurreição
justamente porque é milagre, e não há como explicar milagres, pois ao achar uma
explicação para milagre, então deixa de ser milagre. Em todos os Seus atos Deus
só opera por meios que os homens não podem e não sabem como explicar (Salmo
136:6). Já pude explicar que o orvalho é milagre, pois não há como explicar,
assim será na ressurreição; não é algo natural, completamente distante da
compreensão dos homens aqui.
Vivemos num mundo natural, onde tudo
funciona segundo os moldes da natureza. Aqui tudo é explicável na lógica. Por
exemplo, o pecado e seus resultados puseram os homens na lógica do pecado. Para
os homens há uma normalidade em tudo o que acontece no reino do pecado, se sair
dessa normalidade eles não terão como explicar. Para os homens o pecado é coisa
normal; o sofrimento aqui é coisa daqui mesmo; o envelhecimento faz parte da
vida e não se espera outra coisa desta vida. Para o mundo não há como
retroceder e mudar a situação; não há como barrar o avança da idade, o
envelhecimento e a morte. Todos esperam essas coisas e dizem “sim” ou “amém”. Esse é o reino do pecado e os homens vivem
nesse sistema e respiram essa atmosfera.
Notemos bem que no reino do pecado até
mesmo até mesmo há uma expectativa de um retorno após a morte; aquela atmosfera
de esperança por um mundo melhor reina no coração e no íntimo ele acha que
haverá um retorno. Toda religião, ensino e pregação que possa trazer essa
esperança serão benvindos ao mundo. Para o homem natural, até mesmo a esperança
do céu é porque ele tem um desejo de um mundo melhor, mais favorável para viver
e sem qualquer perturbação. Os homens querem morrer e viver depois eternamente
no pecado.
Enquanto o mundo diz: “Sim!” para tudo
isso, a ressurreição diz: “Não!”. Todo ensino da graça opera diametralmente
oposto aos ensinos deste sistema enganador e cruel deste mundo. Cristo não veio
ao mundo para perpetuar o sistema de vida causado pelo pecado; ele não veio ser
um aliado de Adão, nem tampouco abençoar o estilo de vida proposto por Caim. O
velho Adão veio para gerar no pecado este mundo no qual vivemos, enquanto o
novo Adão veio para arrancar o sistema maldito e passageiro do pecado, a fim de
estabelecer o sistema eterno, oposto ao que temos recebido aqui. Com Sua morte
Cristo de fato anulou tudo e os crentes usufruem à medida que passa, até o
acontecimento maravilhoso que sucederá na eternidade.
Foi por causa de tudo isso que Paulo
inspirado escreveu o maravilhoso capítulo 15 de 1 Coríntios. Ali Paulo assegura
que se não houver ressurreição tudo aqui vira fracasso e que é até melhor o
viver dos incrédulos, comparando com as esperanças inúteis dos crentes. Mas os
santos vivem sim na bendita esperança da glória; aguardam o tempo eterno,
quando a morte sumirá, para dar lugar à felicidade eterna. O mundo não pode
compreender, nem compreenderá o estilo de vida que os crentes têm, porque
ressurreição é estranho aqui. Tudo aqui funciona na base da morte; tudo aqui,
por mais belo que for, por mais rico que apareça, tudo está fadado à desgraça
eterna.
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