segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

A CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO (3)



“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder; com santos ornamentos, como orvalho emergindo da aurora serão os teus jovens” (Salmo 110:3)
        A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO
        Devo voltar ao assunto sobre a importância da ressurreição. A primeira lição é que vemos a grandeza da vontade soberana em plena ação. E é exatamente aqui que nos envolvemos em sérios problemas e perplexidades, não porque há problemas com Deus, mas sim porque a natureza corrompida do homem em nada aceita um Deus soberano que age em tudo e em todas as coisas segundo o conselho de Sua vontade. O desejo de ser um deus está intrinsecamente ligado à natureza do pecado, por isso não gostamos que a glória fique tão somente com Ele; queremos lambiscar um pouco dela.
        Mas é aqui que entra o propósito eterno da eleição em Cristo, porque Deus tinha em mira um povo para si: “Assim como nos elegeu Nele, antes da fundação do mundo...” (Efésios 1:4). A escolha não foi vã; Deus não opera inutilmente, porque em tudo Ele tem como objetivo Sua glória e o bem eterno do Seu povo. Assim, entendemos claramente que na redenção na cruz Deus tinha em vista a transformação completa do Seu povo. A graça opera para suplantar completamente o maligno e pervertido serviço feito pelo pecado: “...onde abundou o pecado superabundou a graça” (Romanos 5:20). Compreendemos que toda história da criação e tudo o que aconteceria na história tiveram um santo e eterno propósito nos planos de Deus. Como ter um povo para si sem que houvesse um trabalho portentoso e transformador da graça? Era impossível!
        Com essas verdades em mente entendemos que a salvação não tem em vista apenas levar pessoas para o céu, ou mesmo tirando-as da condenação eterna; é algo infinitamente maior do que tudo aquilo que pensamos e entendemos de forma tão superficial. A morte do Filho veio para esmagar com o poder do pecado, do diabo, do mundo e do inferno, mas Sua ressurreição veio dinamitar e assim destruir para sempre o poder da morte. O pecado e a morte trabalham juntos; um resulta no outro; mas o Senhor veio destruir tanto um quanto o outro, a fim de que os salvos pudessem subir para o reino de glória e serem participantes dessa glória sempiterna. O homem aqui seria transformado para ser perfeito para sempre. Mesmo que aqui vivamos por muito tempo, o período de vida na terra em nada prejudica os feitos da gloriosa obra advindo da morte e da ressurreição.
        Tomemos como exemplo o ladrão na cruz, porque aquele moço foi salvo e não demorou muito para que imediatamente entrasse no reino de glória. O que aconteceu ali? Salvação e ressurreição! Veja bem que nada alterou; ele não entrou menos preparado no Paraíso; ele não entrou lá para obter algumas aulas a mais, a fim de ser aperfeiçoado com o tempo. Não é algo maravilhoso? Levo o leitor para Romanos 8, porque ali vemos o quanto o trabalho foi completo e perfeito com aquilo que ocorreu na cruz: “Ao que predestinou e estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou” (Romanos 8:30). Deus não está remendando as coisas, porque ele nada fez pela metade; todos os seus feitos superam o tempo e envolvem a eternidade.


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