quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

“A MAIS LOUCA DECISÃO DO HOMEM” (4)


“Amou a maldição; ela o apanhe; não quis a bênção; aparte-se dele” (SALMO 109:17)

AMOU A MALDIÇÃO.

        Prezado leitor, andemos nessa longa avenida desse assunto tão importante sobre a maldição. A maior parte das Escrituras sagradas trata sobre esse tema, porque a escura maldição toma forma especialmente na lei. Temos que considerar a lei de Deus, não porque temos que guarda-la, porque já foi provada nossa ineficácia no tocante a isso e Cristo veio justamente para cumprir toda lei por nós e inclusive Ele se tornou maldição em lugar do Seu povo. Porém se focarmos na lei, conhecendo nosso Senhor nela, certamente haveremos de saber quem é nosso Deus.

        Do ponto de vista do homem natural, a lei constitui um terror. Do ponto de vista do homem espiritual, a lei revela as perfeições de um Deus santo e o homem crente ama a lei. Note bem, não estou falando daquelas leis cerimoniais, como guarda do sábado e outras atividades tão tomadas a sério pelos hipócritas nos dias do Senhor. Mas os santos de Deus viram na lei a glória de um Deus santo. Vemos isso no modo de viver de Jó e como aplicou santas atitudes no viver dele, estribados na lei de Deus. Vemos o Salmo 119 como a lei de Deus é vista em santa admiração a Deus e em santos desejos por querer aplica-la no viver.

        Mas quero considerar a lei do ponto de vista de suas maldições, porque ela vai diretamente ao coração do homem e ali mostra o problema sério – a cobiça. Até certo ponto tudo é visto do lado externo, mas quando aparece o termo “cobiça”, então tudo muda e a lei dirige seus “gritos” me chamando de “maldito”. A lei de Deus tem sua função de revelar o que o homem é no coração; ela é a professora que dá nota zero para seus alunos e diz que ela não tem resposta. Ela funciona como um médico que vê a doença letal e que diz não ter solução. Mas nós precisamos ouvir a lei, por isso ela cobre a maior parte da bíblia e serve de condutor para ligar o homem à necessidade do Salvador – Cristo Jesus.

        Mas voltando ao texto, a lei tornou nossa maldição ainda mais absoluta, mais terrível, mais pujante. A lei grita aos nossos ouvidos e nos trata como malditos e tal maldição nos apanhou para nos lançar em desespero; ela nos tapou a boca para declarar que ninguém poderá escapar, a não ser que corra para Cristo. O que Cristo veio fazer? Ele no Sermão do Monte mostrou o quanto não há esperança, porque nosso real problema está em nossos corações depravados e perversos.

        Foi ali no Sermão do Monte que o Senhor mostrou o que veio fazer, que veio cumprir a lei em nosso lugar e nos livrar desses terrores. Os judeus que se converteram, conforme registra o livro de Atos, logo confessaram que a lei foi um jugo insuportável e que esse jugo foi tirado na salvação que obtiveram em Cristo (Atos 15:10). Então amigo, não há como escapar dessa maldição que paira sobre a cabeça do homem que não convertido. Nossa recusa em ouvir a lei de Deus e não nos humilhar diante do fato que a lei nos condena à mais profunda miséria é o passo certo para a deplorável condição que aguarda o pecador na punição eterna. Não condene a lei, ela faz um trabalho brilhante. Ela não anestesia a consciência, ela a desperta; ela faz o homem sentir as terríveis dores por estar longe de Deus, por ser grande devedor e ser um réu condenado.

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