segunda-feira, 25 de novembro de 2019

A INDESTRUTÍVEL UNIDADE DA IGREJA (6)

                        
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim e eu em ti; que também eles sejam um em nós para que o mundo creia que tu me enviaste” (JOÃO 17:21-23:)
A INDESTRUTIVEL UNIDADE: “E eu lhes dei a glória...”
        Quando nosso Senhor declara: “E eu lhes dei a glória...” Ele refere-se à glória que lhe foi dada pelo Pai desde que entrou no mundo. Trata-se daquela glória santificadora, quando Deus separa alguém para si e a protege, assim como fez com Seu Filho enquanto aqui esteve. Foi a glória que preservou o Filho em santidade, protegendo de todo mal e das atividades do mundo e dos poderes das trevas aqui. É também a glória do amor do Pai pelo Filho: “Este é meu Filho Amado...”. O prazer do Pai pelo Filho não foi desfeita na humilhação; nada foi alterado e Deus comunicou essa verdade ao homens neste mundo. Também, posso afirmar que foi a glória da verdade, para que o Filho fosse cercado, envolvido pela luz da verdade no viver, no andar e no propósito para o qual Ele veio ao mundo. Foi essa glória dada pelo Pai que preservou o Senhor da maldade e da contaminação de um mundo maligno e sujo. Mesmo carregando em Seu corpo de humilhação os pecados do Seu povo, nosso Senhor foi guardado como o Cordeiro puro e livre de qualquer mácula, mantido assim para a obra da redenção que seria efetuada de uma vez por todas ali na cruz.
        Foi essa a glória que Cristo passou para Sua igreja; assim como um homem que ama sua noiva passa sua proteção, carinho, amor e cuidado para ela, envolvendo-a por completo. Notamos essa linguagem acerca dessa envolvente glória que reveste a igreja aqui na terra de várias maneiras mostrada nas Escrituras. Em Efésios 5 Paulo afirma que “Cristo amou a igreja...”. O verbo usado no tempo passado em nada altera o amor do Senhor, porque é amor eterno. E esse amor envolve a igreja aqui na contínua proteção do Senhor, não importa onde os santos estão; se moram distantes uns dos outros; se são pobres aqui ou ricos ali, etc. o amor é o mesmo do Senhor em relação a todo rebanho de ovelhas.
        Na linguagem ilustrada do Senhor Ele declara que conhece Suas ovelhas (João 10). Significa que Ele não perde nenhuma de vista. Neste mundo somos tão limitados e mesmo que eu ame meus filhos e minha esposa, eu fatalmente os perco de vista. Quando estão longe eu fico incapaz de ajudar numa difícil situação. Mas não é o caso do Senhor em relação ao Seu povo, pois conhece individualmente seu povo eleito e não perde nenhum deles de vista; está sempre presente (Salmo 46:1), cuidando, guardando e protegendo de todo ódio de satanás usado seu sistema mundano. Em Mateus a linguagem do Senhor é de um filho mais velho cuidando dos seus irmãos. Era costume dos judeus que o primogênito envolvesse seus irmãos mais novos de segurança, caso o pai não estivesse por perto. Em Mateus Ele chama Seu povo de “Meus pequeninos”, como se estivesse lidando com crianças.
        Assim, vemos que a igreja é uma unidade. Pode não aparecer essa unidade numa igreja, devido ao fato que muitos que participam do rol de membros de uma igreja não são genuínos crentes. E mesmo que todos sejam sinceros crentes, há uma unidade sim, mesmo sendo diferentes como pessoas. A unidade é vista em que todos têm a mesma fé e lutam juntos pela mesma causa do evangelho, como se fossem um só corpo. A igreja é indestrutível. O fato que há diferentes igrejas, não significa que desunião. O que vemos é discordância em doutrinas e outras coisas que são importantes. Mas a verdade é que há uma unidade sim. Se eu encontrar um crente de outra igreja no centro da cidade, por exemplo, mostraremos nossa unidade de fé na alegria que temos de pertencer a Cristo. Essa é a prova da unidade. Há uma ligação inquebrável feita pela obra da cruz na vida de todos os genuínos crentes, mesmo que sejam de igrejas diferentes

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