quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A COMPAIXÃO POR NOSSOS SEMELHANTES (8)


                      
“Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação”
(ROMANOS 10:1)
COMPAIXÃO E PUNIÇÃO – EQUILÍBRIO CRISTÃO.
        Já mencionei um pouco a respeito de Moisés e aprenderemos com Ele como é que funciona a compaixão de Deus através do Seu povo. Se quisermos conhecer em nossas vidas o real significado na prática do que significa a compaixão de Deus, certamente devemos conhecer nosso Deus. O Deus da revelação bíblica só será conhecido por aquele que O ama e que se apega à Sua palavra. Quem não se interessa pelas letras sagradas será analfabeto no conhecimento de Deus, e é a partir dessa ignorância que vem outros absurdos no viver.
        Notemos bem o quanto Moisés conhecia o Senhor. Percebemos em suas palavras, assim que se posicionou em interceder pelo seu povo. Moisés viu perante si o Deus da aliança feita com Abraão; aliás, uma aliança feita totalmente pela Sua graça. Foi assim que aquele homem aproveitou dessa verdade para tocar no coração de Deus. Ora, ele sabia que perante ele estava o Deus Fiel, Aquele que não pode mentir e que mostrou que de fato estava ocupado com o povo da promessa – os descendentes de Abraão. Foi assim que Moisés usou argumentos que tocassem no maravilhoso, compassivo e amoroso coração de Deus. Notemos bem que Ele não ignorou a glória de Deus; ele não se posicionou contra os juízos de Deus, a fim de defender o povo. Ele apenas lidou com o fato que a aliança feita com Abraão foi derivada de Sua graça e compaixão por Israel e que isso foi provado pelo fato que o Senhor veio e libertou o povo da escravidão egípcia.
        Moisés em sua comunhão com Deus conquistou esse dom de Deus; tornou-se um homem cheio do Espírito, a fim de lidar com uma raça rebelde. Não temos em Moisés um herói humano, conforme o padrão buscado pelo mundo. Temos nele um homem que conheceu em sua vida o real significado da compaixão e que por isso entender a situação do povo. Vejamos bem que o Espírito de Deus concedeu-lhe uma liderança sábia, compassiva, mas também lhe deu um coração cheio de capacidade de julgar. Moisés sabia o que era amar a justiça, por isso foi ao coração de Deus, mas também sabia o que significava odiar a iniquidade, por isso tratou com o bezerro de ouro com inflamante ódio. Assim que se posicionou perante o povo, estava ali um homem disposto a tratar duramente o pecado de idolatria como deveria ser tratado.
        A compaixão de Deus não está separada do juízo de Deus. Um homem cheio de compaixão é também cheio de juízo. A santidade de Deus ordena que devemos amar a justiça e ter ódio da iniquidade. Muitos entendem compaixão de forma diferente, porque não passa de sentimentos humanistas. Eu vejo hoje como muitos compreendem evangelismo como atividade social, tendo dó dos que passam fome. Em nada é errado sentir dó dos que passam dificuldade financeira. Muitos homens de Deus lutaram para ajudar os necessitados. Mas isso pode não significar compaixão. Durante a jornada pelo deserto Moisés mostrou o que significava juízo e estava pronto a punir o pecado de elementos rebeldes. Às vezes a população ficava indignada com a punição de alguns, achando que Moisés e Arão estavam sendo cruéis com o povo. A compaixão dos homens é cruel, a compaixão de Deus habita sob o teto da Sua graça. A compaixão de Deus é livre para agir assim com quem Ele bem quiser, porque Ele é Deus.

Nenhum comentário: