quarta-feira, 20 de novembro de 2019

A COMPAIXÃO POR NOSSOS SEMELHANTES (5)


                        
“Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação”
(ROMANOS 10:1)
OLHANDO OS EXEMPLOS BÍBLICOS.
        Preciso continuar mostrando os exemplos achados na história bíblica, acerca dos homens usados como homens cheios de compaixão. Precisamos saber que eles eram iguais a nós, porque viemos da queda em Adão. Só há uma resposta para que homens semelhantes a nós puderam ser carregados da compaixão de Deus, e essa resposta está na bendita graça que prevalece e apodera de nossas tremendas fraquezas, a fim de tornar-nos fortes. Olhemos a vida de Saulo de Tarso, um homem perverso no zelo que tinha pela sua religião, mas quando se tornou um novo homem, eis que tinha um coração cheio de afetos de misericórdia e pode amar com desvelo o seu povo Israel.
        Encaremos a vida de José. Olhando do ponto de vista humano, José seria visto como um herói de Hollywood, pronto para contra atacar e vingar-se dos seus irmãos. Mas a história daquele jovem que durante anos viveu como escravo é uma história de como a graça de Deus opera. No Salmo 105 o Espírito Santo afirma que a palavra de Deus provou José, carregou seu coração de genuíno amor e foi assim que subiu ao trono para reger o mundo, dando suprimento contra a fome. Um moço que sofreu sob a força da graça pode obter um coração generoso e compassivo.
        Nota-se que José não era um bobo; não era vencido por sentimentos, apesar de ser cheio de emoções. Em meio às forças saltitantes da carne ele pode se conter e assim experimentar seus irmãos, para que no tempo certo pudesse agir. Foi num ambiente tomado de juízo, sabedoria e misericórdia que os irmãos de José puderam experimentar o real significa do perdão. Foi um ambiente de corações quebrantados, resultando em choro de alegria. A compaixão de José fez com que as maldades daqueles homens fossem perdoadas e esquecidas. Que incrível história do amor, perdão e compaixão de Deus por pecadores!
        A história de José seria suficiente para nos deter por muito tempo, porque é cheia de atrações para nossas almas. Mas quero que chequemos a vida de Neemias. O livro dele narra um pouco acerca desse homem que também mostrou ser cheio da compaixão de Deus. O período do domínio babilônico tinha passado para entrar o reis da Média e da Persa, aliás um período de muitas bênçãos para os desterrados judeus. Neemias se tornou um funcionário público, trabalhando no palácio como copeiro do rei. Foi um moço que conquistou a confiança do rei e poderia viver confortavelmente o resto da vida. Para que pensar em voltar para Jerusalém? Mas aquele homem de fé não pensava assim. O conforto do palácio não tirou os afetos de Neemias pela sua cidade – Jerusalém e pelo seu povo.
        Quando Neemias soube da condição de Jerusalém, com os muros caídos e com os judeus vivendo na miséria lá, isso foi suficiente para encher seu coração de tristeza. Neemias amava seu povo, bem como amava sua cidade. Ele realmente queria levar seu  socorro para Jerusalém, por isso resolutamente buscou o Senhor em santa oração, súplica e intercessão (Neemias 1). Eis aí o segredo de um coração compassivo. O homem de fé conhece o coração compassivo de Deus. Neemias sabia que o Deus de Israel era um Deus de tremenda compaixão, por esse fato ele orou.

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