quinta-feira, 14 de novembro de 2019

A INDESTRUTÍVEL UNIDADE DA IGREJA (1)


                
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim e eu em ti; que também eles sejam um em nós para que o mundo creia que tu me enviaste” (JOÃO 17:21-23:)
INTRODUÇÃO:      
        Amado leitor estou introduzindo outro tema, na tentativa de ver o povo de Deus no mundo inteiro crescendo no pleno conhecimento da verdade. Sei que não sei acerca da verdade total, porque a cada dia aprendo mais. Mas o fato é que a igreja só será unida se conhecer toda verdade, especialmente naquilo que embasa nossa convicção de fé. Confesso que enfrento o maior desafio na pregação ao tomar um tema como esse. Já ouvi muito sobre a unidade da igreja e já presenciei programações feitas, sem dúvidas por homens sinceros, os quais buscaram com intensidade e oração o bem do povo de Deus. Mas a minha conclusão é que todo aquele esforço resultou em maior confusão. O que eles pensavam em unidade era a união das igrejas evangélicas, mesmo com diferenças de credos e costumes. Mas foi justamente aí que entrou a falácia total.
        A razão é que ninguém pode unir a igreja, porque ela já uma unidade indestrutível. Quando nosso Senhor orou em João 17, Ele estava falando ao Pai sobre o que aconteceria entre as nações; que após a sua morte não teria apenas o rebanho de Israel, mas sim de pessoas do mundo inteiro que viria a crer, a fim de tornar um só rebanho e um só Pastor. Para mim, eis aí a unidade, porque a igreja é um rebanho e um pastor. A unidade da igreja da igreja não é vista num ajuntamento solene de todas as igrejas evangélicas, porque acarretará em prejuízo e não benefício, caindo no inevitável buraco ecumênico.
        Tomo o cap. 17 de João para falar sobre esse assunto tão especial. Creio que para entendermos melhor o texto devo atrair a atenção de todos para o contexto. O que aconteceu que levou o Senhor não somente a essa oração impressionante, como também à declaração: “... para que todos sejam um...”, a fim de que possa edificar a vida dos que amam de fato a palavra da verdade..
1.     A partir do cap. 13 desse incrível livro de João, vemos que nosso Senhor deixa de lado as multidões, para estar a sós com Seus discípulos. Ele está caminhando rumo à cruz, por isso deixa sua atenção dada ao povo lá fora, a fim de exortar, instruir e consolar Seus perplexos discípulos. Preste atenção porque até Judas deve sair de cena, porque ele não fazia parte dessa comunhão e dos ensinos de amor que seriam dados.
2.     Ele passa a transmitir os ensinos para aqueles que ficariam neste mundo. Aqueles homens simples logo ficariam sem a presença física do Senhor, por isso precisavam de orientação. Ele iria deixá-los num mundo perigoso; eles não foram chamados para seguir ao Senhor apenas enquanto o Mestre estivesse vivo. Eles pertenciam ao reino de Deus para sempre; eles não eram mais do mundo; eles não voltariam a ter a vida que tiveram mais, já tinham jogado fora seus apetrechos de serviço, a fim de seguir o Senhor. Muitas coisas aqueles homens simples não sabiam por que ainda não haviam recebido neles o Espírito Santo. Eles receberia o poder para testemunhar sobre a ressurreição do Senhor, como acontece na narrativa de Atos 2.
        Logo no capítulo13 Ele mostra como Seus discípulos devem se tornar servos uns dos outros. Nosso Senhor dá uma lição bem prática sobre isso quando pega uma bacia e sai a lavar os pés de cada um deles. Essa é a primeira lição que mostra como o reino de Deus funciona diferente da forma como funciona o mundo. Nosso Senhor é o perfeito modelo de um servo, por isso Seus discípulos trabalhariam assim também.
        Vou encerrar por hoje esta página, para prosseguir na página 2 na introdução. Minha esperança é que o assunto redunde em bênção na vida de todos e que nosso Senhor seja glorificado na vida de cada um dos santos.

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