segunda-feira, 15 de novembro de 2021

“A VENENOSA JUSTIÇA PRÓPRIA” (7)


“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar os justos, e sim pecadores ao arrependimento” MATEUS 9:13

TERRÍVEL SENTENÇA CONTRA A JUSTIÇA PRÓPRIA: “..eu não vim         chamar justos...”.

        O homem cheio de justiça é visto satisfeito com sua própria felicidade achada nele mesmo. Ao ver sua justiça, sua soberba cresce e ele não percebe que seu deus é ele mesmo. Em suas orações, a justiça própria olha para o espelho e se arroga de sua capacidade espiritual, como o fariseu orando de si para si e não para Deus. Quando isso ocorre é porque o homem cheio de justiça própria se se pesou em sua própria balança e percebeu que não foi achado em falta, porque fez questão de se comparar com os outros. Sendo assim, o homem cheio de justiça própria será completamente oposto ao ministério do Senhor em chamar perdidos. Ora, ele nunca se viu perdido, então Cristo e Seu ministério tão compassivo no meio de uma raça caída não será aceito por ele. É tão profunda a soberba do homem cheio de justiça própria que ele não percebe o que realmente está acontecendo; sua divindade falsifica tudo e encobre o coração, por isso quando fica exposto à verdade revelado ele se ergue com fúria atroz.

        Outro detalhe que creio eu ser de muita importância é que a Palavra de Deus nada tem de efeito transformador na vida do homem que se acha justo aos seus olhos. A justiça própria cria seu próprio caminho e busca ajuda na bíblia apenas para sustentar seu orgulho próprio. Vemos isso na reação daqueles judeus quando viram Jesus conversando com os publicanos. O caminho percorrido pelo Senhor sempre era em direção aos perdidos, mas aqueles elementos queriam ser maiores do que o Filho de Deus; achavam que eram mais habilidosos e capacitados na bíblia, tudo porque eram espiritualmente cegos, sem qualquer simpatia nem empatia em relação aos homens caídos. Como falar de compaixão com a justiça própria? O homem justo aos seus olhos, ele mesmo fabricou sua escada, com a qual ele pretende subir ao céu.

        O homem justo aos seus próprios olhos é posto nas alturas de sua vanglória e vê os outros lá embaixo sem qualquer compaixão. Ele mesmo se acha capaz de lidar com os homens, no interesse de torna-los semelhante a ele. Noutras palavras, a justiça própria é tão perigosa e sutil que em qualquer lugar e em qualquer igreja ele vai contestar a verdade querendo suplantar Deus. Pastores fieis ao Senhor e à verdade do evangelho enfrentarão elementos assim, porque eles vão querer se opor a mensagem graciosa do amor misericordioso de Deus por meio de Cristo ali na cruz. Os homens cheios de justiça própria sempre se ofenderão com a doutrina da depravação total, pois não querem que seus corações sejam invadidos pela luz da glória do evangelho. Os homens cheios de justiça própria são evangélicos, mas não crentes em Cristo, porque não foram achados, nem salvos e justificados. Veja o homem cheio de justiça própria, porque ele consegue com o tempo enfeitar a verdade com os aparatos da superstição.  Como a verdade não pode ser destruída, entretanto ela pode ser enfeitada com os aparatos da superstição.

        O caminho daquele que é carregado de justiça própria não tem a presença do Salvador. Por que o Salvador ali? A justiça própria não aceita outra justiça, senão ela mesma. O homem cheio dessa perigosa justiça nunca se viu no poço da perdição; nunca seus lábios invocaram a salvação de Deus; nunca viram seu fardo e sua miséria para clamar pelo Salvador. A condição do homem justo aos seus olhos desconhece o significado de pecado, por isso não há interesse nisso Ele jamais conheceu o arrependimento, pois nunca viu seu merecido destino no inferno. Então, resumo dizendo que o Deus do homem cheio de sua própria justiça não é o Deus da bíblia.

Nenhum comentário: