segunda-feira, 13 de setembro de 2021

GASTO INÚTIL (4)


“Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão e o vosso suor naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares”  ISAIAS 55:

O DINHEIRO E O SUOR: “...o dinheiro...e o vosso suor...”

        Amado leitor, com os infindos recursos da graça vamos examinar um pouco mais o texto para entendermos as lições que Deus tem para nossas vidas. Por que Deus se envolve aqui com os gastos dos homens? Ora, precisamos saber desses fatos, porque o dinheiro significa fruto de trabalho e recursos justos para o viver na terra. Nada há de errado, olhando do ponto de vista normal da vida aqui. Mas o que realmente ocorre é que há o perigo de não precisar de Deus e descansar numa segurança ilusória. Usando outro termo, podemos dizer que o dinheiro, fora dos parâmetros eternos se torna um agente da vaidade terrena. Veja bem como a mensagem santa chama a atenção dos homens para mostrar o quanto as coisas mais normais da vida se tornam mecanismos do mal, caso forem usadas fora da glória de Deus.

        O que Deus está fazendo? Ele simplesmente está dizendo que o dinheiro gasto para satisfação física, ou puramente terrena, na realidade não satisfaz. Foi exatamente essa a lição que nosso Senhor transmitiu aos judeus com a pergunta: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?”. Então você me pergunta se o dinheiro tem algum valor para ganhar a salvação. Eu responderei dizendo que não e que o texto não está ensinando isso. O que nosso Senhor está mostrando é o que vemos ocorrendo no mundo, que a luta dos homens por ganhar mais e mais é para curtir suas vaidades. Mas você pergunta: “Por que vaidade?” É vaidade porque se desviarmos de ouvir a palavra de Deus, então tudo na vida se transforma em inutilidade, porque perde o senso de eternidade e da glória de Deus, sendo assim tudo se transforma em vaidade. É exatamente essa a lição vista no Livro de Eclesiastes, porque mesmo nas coisas normais tudo é visto abaixo do sol.

        O que acontece é que há o perigo da loucura em buscar satisfação de maneira errada. Veja bem o que o texto está querendo dizer. Deus está dizendo que o dinheiro e o suor, mesmo tendo finalidades justas aqui, como por comida na mesa, roupa no corpo e o desfrutar de outros confortos na vida, tudo isso que parece satisfação, realmente não satisfaz. Aos poucos essas coisas vão se transformando em motivo de tristeza, porquanto somos forçados a viver continuamente disso. Se isso não satisfaz, logo estaremos buscando novas fontes de satisfação e para isso teremos que gastar mais. Então, a vida aqui, quando ela se torna um bem nela mesma, aos poucos ela vai anulando todo bem e a vida vai se tornando mais e mais miserável, porque impede que eu veja os perigos eternais lá adiante.

        O que Deus faz no texto é chamar o homem para ouvir Sua voz. Ele não está tirando o dinheiro da pessoa e nem anulando o serviço que lhe custa suor. Ele quer mostrar aos homens que têm bens eternos que devem ser procurados; que têm tesouros que farão os homens ricos para sempre. Deus está, por assim dizer, furando o “balão da vaidade” e trazendo os homens para escutar Sua voz. Ele está como que dizendo: “Parem, ouçam, escutem minha voz, ouçam minhas palavras”. Foi assim que Ele lidou com Israel através dos profetas. Foi essa a lição que Ele passou para os judeus em João 6, dizendo a eles que Ele tinha um pão eterno e água eterna e que sua mensagem transmitia essa verdade aos homens. Ele veio do céu e trouxe as riquezas celestes aos homens. Esse é o objetivo do evangelho, acordar os pecadores do mundo inteiro, avisando para que eles parem de lutar inutilmente e gastar com aquilo que resultará em nada. Essa é a situação deste mundo que sempre atuou desta maneira.

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