quarta-feira, 9 de junho de 2021

SUBLIME CONFISSÃO DOS ELEITOS (8)


“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Isaías 53:6)

        A CONFISSÃO DE SUA MORTE SUBSTITUTIVA NA CRUZ: “...mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”.

        Quando os eleitos recebem a luz que  vem da cruz, eis que há um entendimento correto acerca da missão do Filho de Deus na terra. Já tenho referido a isso, mas acho que vale a pena tocar nessa mesma tecla, porque o homem natural não consegue entender acerca da morte de Cristo. Eles verão tudo à luz dos seus pensamentos e emoções timbrados pela vaidade. Veja os filmes que fazem acerca do sofrimento e morte de Jesus, pois tudo é visto assim, um pobre coitado; seus sofrimentos são vistos apenas no aspecto físico. O mundo não vê o Cordeiro na cruz, vê apenas um sofredor, digno de dó, um tipo de um mártir, cujo sofrimento pode trazer sortes e bênçãos no viver aqui.

        Os mundanos veem Jesus na cruz e o tomam como um símbolo supersticioso. Eles fazem dele o mesmo que fazem com seus ídolos. Olhem bem a imagem que eles tem de Maria e de outros “santos”. Por que isso? A razão é que seus olhos não foram abertos. Espiritualmente cegos, os ímpios não conseguem ver realidades eternas. Lembramos que os judeus, os quais eram normalmente versados no conhecimento da lei e do Velho Testamento, mas mesmo assim eram ignorantes. A linguagem de Cristo para eles era puramente espiritual, mas eles não enxergavam realidades eternas, mas sim apenas as letras.

        Mas não é o caso dos pecadores que Deus chama à salvação. O texto de Isaías nos mostra essa incrível verdade. Quando eles veem com os olhos da fé; quando eles têm a noção correta da cruz, do Cordeiro puro enviado do céu como substituto, imediatamente eles passam a ter a noção correta acerca deles mesmos: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho...”. O que vemos no texto? Humilhação, confissão e íntima invocação. Há um ajuntamento solene de todos os eleitos e a linguagem é comum a todos eles: “Todos nós...”. Eles se veem sozinhos, desamparados e completamente frágeis; eles contemplam o Senhor pendurado na cruz como a resposta para eles, como sendo o Salvador e a salvação de suas vidas.

        Nasce ali nos eleitos uma intimidade com a cruz, um entendimento dessa verdade. Eles percebem que aquele acontecimento não é igual ao que acontece no mundo; eles veem que é pura verdade celestial, que Deus enviou Seu Filho ao mundo para salvar perdidos. Eles não estão dizendo: “Que dó, coitado, por que fizeram isso com ele?” Não! Eles estão dizendo no íntimo: “Ai de nós, estamos perdidos no mundo!”. Os eleitos têm a visão correta da cruz porque o entendimento da verdade foi dado a eles pelo Espírito Santo. Assim nasce o novo homem em Cristo, porque tudo começa na cruz. Toda minha ruína, meus merecimentos da ira de Deus, minha condição tão triste no pecado, meu inútil orgulho e minha disposição em andar sem Deus no mundo, tudo isso é vista quando a verdade da cruz desponta perante meus olhos e eu passo a ver. Daí nasce a confissão: “Quem me poderá salvar?” Daí o Salvador é visto como suficiente em tudo.


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