quarta-feira, 2 de junho de 2021

SUBLIME CONFISSÃO DOS ELEITOS (5)


“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Isaías 53:6)

A CONFISSÃO DE COMO VIVIAM NO PECADO: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...”.

        O que vemos em Isaías é Deus mostrando como os eleitos confessam sua condição no pecado, diante da cena da cruz.       Neste momento, sem salvação, nada há de temor no coração do ímpio. Paulo, antes do seu tombo ante a luz da glória de Cristo carregava no íntimo uma inimizade assassina contra o Senhor; participava de uma equipe religiosa que queria o mal do povo de Deus e nutria em seu coração uma esperança de acabar com o Nazareno e sua “seita maligna”. Mas assim que caiu cego, pode reconhecer que nada era, senão pobre e miserável ovelha desgarrada. Incrível momento quando suas armas de ataque foram transformadas em lixo e sua ambiciosa vida religiosa foi completamente desmanchada perante o Senhor da glória. Meu amigo, nenhuma diferença há entre você e qualquer pessoa lá fora, caso seu coração estiver endurecido no pecado; todo seu conceito de Jesus é humanista e supersticioso, enquanto Deus não abrir seus olhos para que você enxergue a verdade.

        Os pecadores eleitos são aqueles cujas almas conheceram o arrependimento e isso é visto na humilde confissão: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...”. Impressionante! Jesus confrontou os judeus incrédulos em João 10, dizendo que eles não criam Nele porque não eram Suas ovelhas. Notemos como Deus mesmo mostra o viver dos ímpios. Não importa se são religiosos, ateus, cruéis, etc. todos são essencialmente soberbos. Eles jamais reconhecerão sua pobre condição. Eles se consideram fortes, corajosos, aptos para resolver seus problemas sozinhos e no trajeto deles confessam na prática que não precisam de Deus. Em Efésios 2 o apóstolo afirma que eles vivem sem Deus no mundo. Mas, quando seus olhos são abertos na alma, eles miram a cruz.

        Agora, fracas ovelhas miram sua miserável condição no mundo. Não há mais a manifesta arrogância; não há mais a obstinada guerra contra Deus. Agora o que vemos são homens quebrantados no íntimo, vendo Cristo, a provisão de Deus, a ovelha vinda do céu, a fim de morrer para salvar ovelhas perdidas. É impossível mirar a realidade da cruz e ainda fugir obstinado como um touro selvagem. Aquele que veio ao mundo, veio com a incumbência prometida na eternidade; veio como a suficiência para homens e mulheres, os quais o Pai escolheu para serem salvos do pecado. Assim, a luz do Calvário é milhares de vezes mais brilhante que o sol ao meio dia, porque brilha ali a glória do Cordeiro. É diante dessa verdade celestial que os olhos da alma são abertos para que o homem caia perante tão grande amor.

        Quem poderá ficar insensível ante a glória da cruz? Quem continuará soberbo, arrogante e disposto a continuar no mau e perverso caminho, quando a verdade chega ao íntimo? A dura verdade vem ao coração. Quem sou eu? Eu pensava que era alguma coisa; eu pensava que era de grande valor; eu pensava que era valente e auto suficiente, até que pude ver meu Senhor pendurado na cruz. Assim pude ver que não passo de uma frágil ovelha, errante, seguindo meu caminho, sem ver os reais perigos que me envolvia a vida.


Nenhum comentário: