quarta-feira, 9 de junho de 2021

SUBLIME CONFISSÃO DOS ELEITOS (7)


“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Isaías 53:6)

A CONFISSÃO DE COMO VIVIAM NO PECADO: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas...”.

        Examinemos o fato que os eleitos confessam individualmente sua culpa: “...cada um...”. Enquanto o mundo tem uma unidade de pensamento e intenções, os eleitos vagueiam pelo mundo como ovelhas sem a liderança de um pastor. Notemos bem a diferença entre os eleitos e a sociedade marcada para a destruição. Não estou dizendo que os eleitos são melhores que os outros. Estou mostrando como eles são vistos como ovelhas desgarradas. Deus, como que tira uma foto delas e mostra como elas estão. Perante a cruz as ovelhas recebem a luz que vem da história do Calvário.      A realidade acerca delas é estampada na visão da cruz, assim elas conseguem ver quem elas realmente são. Em Adão somos vistos em unidade no pecado, mortos, caídos, depravados, egoístas, odiadores de Deus e marcados como filhos da desobediência. Essa é a visão bíblica acerca da nossa queda e da nossa condição em Adão.  É claro que na salvação os crentes confessam sua loucura, suas paixões, suas idolatrias, sua disposição de governar a si mesmos e de odiar a Deus. Todos os que andam no pecado estão declarando pelos seus atos que odeiam a Deus.

        Mas em Isaías não estamos vendo assim. O que vemos é um Cordeiro pendurado para ser apunhalado, a fim de morrer por quem mesmo? Por ovelhas! O cenário muda completamente na visão da cruz, porque os eleitos olham um homem pendurado ali e percebem que Ele é um substituto deles. Colocando noutras palavras, esse é o cenário perfeito da história da salvação, do propósito da vinda do Senhor ao mundo. Esse cenário descrito em Isaías marca o fato que tudo muda na visão dos perdidos, assim que seus olhos são abertos, assim que Deus abre a visão espiritual deles. A lição é incrivelmente fantástica, porque o que vemos é a atitude correta daqueles por quem Cristo morreu.

        Veja bem, há uma diferença entre o entendimento natural da morte de Cristo, porque enquanto o pecado não tiver os olhos da alma abertos por obra do Espírito Santo, ele não enxergará a sua real condição. Ele pode até chorar, sentir pena de Cristo, tomar a história como bela a ser contada, mas notemos bem que aquilo que aquilo não terá qualquer sentido verdadeiro em sua vida. Não houve uma radiante luz que veio brilhar em seu ser. Ele soube apenas dos fatos, mas aquilo não teve sentido em sua vida. O cenário da cruz não lhe levou à humilhação; não chegou a luz que emana de lá, a fim de mostrar o que é exatamente o homem individualmente – pobre e marginalizada ovelha, sozinha, tomando seu próprio rumo e sendo procurada por terríveis inimigos.

        O que ocorre é que a visão da cruz desmancha o orgulho do homem que Deus chama. Ele cai em si, ele vê que tudo aquilo que pensava a seu respeito não passava de vaidade e soberba. Ele vê sua loucura em andar neste mundo sozinho. Então, numa só voz as ovelhas dizem: “Cada um de nós se desviava pelo caminho...”. Que confissão! Quem era eu? Nada! Mas posso olhar para a cruz e ver o Cordeiro puro, diferente de mim, que desceu do céu e veio para ser meu real substituto, morrendo em meu lugar, a fim de me conceder real salvação.


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