“Muito sofrimento
terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá”
(Salmo 32:10)
DESCREVENDO O SOFRIMENTO
DOS ÍMPIOS: “muito sofrimento...”.
Para os ímpios não há fatores determinantes
que fundamentam o viver com justiça, retidão, pureza, amor genuíno, etc. É
claro que um viver justo, disciplinado, etc. do ponto de vista natural promove
certa paz e felicidade entre os homens. Mas um viver sem Deus não possui firme
fundamento. Notemos a vida do rei Dario, porque foi um bom rei e aproveitou o
melhor que havia no palácio para estabelecer o governo Medo – Persa. Tudo vai
bem até que os problemas chegam e mostram a falta de um verdadeiro e real
fundamento no viver. Enquanto Daniel estava tranquilo com os leões na cova, o rei
Dario não conseguia dormir. Veja a diferente entre a felicidade de um crente e
o sofrimento de um homem, o qual, mesmo em alta posição estava sofrendo por não
crer no mesmo Deus de Daniel. Dario estava usufruindo paz e segurança em seu
reinado, porque a luz do Deus de Daniel pairava em sua vida e governo.
Segue-se que esses fatores que dão
fundamento eterno ao viver, mesmo tendo o melhor aqui e sendo o melhor entre os
homens, tudo resulta em sofrimento. A visão do homem ímpio está limitada a esta
vida terrena; ele depende de todos ao derredor; ele depende do que a natureza
pode dar e se houver sinais de perigos na natureza, eis que os homens se veem
cercados de terrores que ameaçam destruir tudo o que eles têm. Notemos a forma
como Acabe quis promover a felicidade em sua vida. Acabe é a clara ilustração
do que é o homem no pecado e como deseja fazer o que quer. Para isso ele buscou
ajuda ao casar com a perversa Jezabel e acercou-se de maus elementos que eram
seus profetas e sacerdotes. Foi assim também com Saul, o qual queria construir
seu nome no reinado de Israel, por isso não queria aceitar a liderança do Rei
de Israel sobre seu governo, trazendo graves consequências para sua vida e
reino.
O sofrimento vem para o ímpio porque a
distância de Deus é miséria. Os crentes sabem dessa verdade, porque antes
andavam sem Deus. Como pode? Os céus e a terra pertencem ao Senhor e Seu nome, glória
e poder estão marcados em cada detalhe da criação. Arrancar Deus da criação é
ofensa e laço. Deus não se afasta da Sua criação. Onde Sua presença não estiver
em misericórdia e bondade, ali ele está em Juízo. O Senhor é o que concede
bênçãos; é o Guia do Seu povo, o provedor das nossas necessidades e que livra
os santos dos perigos, para no final de suas vidas leva-los para Seu lar
celestial. A história do Deus da bíblia é história de amor, infindo amor.
Tirá-lo do viver, como se pudesse empurrá-lo para fora é a mesma coisa que
tentar empurrar o mar para fora do planeta. A vida assim é miserável, porque
Deus não é o amigo do ímpio, e não sendo amigo, na realidade ele é inimigo.
Quando os ímpios querem a bênçãos divinas
é porque almejam que tal divindade há de fortalece-los, dando-lhes sucesso no caminho
tortuoso por onde andam. Por esse fato os ímpios criam seus ídolos e até põem
nomes familiarizados com a bíblia. Sem Deus no mundo os ímpios querem se
irromper em festas, querem curtir a vida, mas o que resta pela frente são
inevitáveis juízos. Para os israelitas, o propósito com o bezerro de ouro foi
justamente traçar o caminho que eles queriam ter; queriam abrir um horizonte de
festas; queriam aproveitar a vida sem qualquer restrição ou leis.
Pobres almas no pecado! Como viver feliz
aqui? Não tem como. Os homens vivem no vale da sombra da morte. Tem sol? Tem
sim! Mas as sombras da morte surgem. Significa que a morte está presente e
jamais a morte traz felicidade. Ela vem tolher todo prazer e alegria, mostrando
a banalidade de uma vida sem Deus, assim como ocorreu com Belsazar.
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