terça-feira, 12 de junho de 2018

PODEROSO MOTIVO DE NOSSA ALEGRIA (8 de 10)



“Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos de vos submetem, e sim porque o vosso nome está escrito nos céus” (Lucas 10:17-20).
O MOTIVO DE NOSSA MAIOR ALEGRIA.
        O motivo da nossa maior alegria, negativamente não é a vitória que temos contra os poderes das trevas. Vida cristão não é provada nisso, porque até mesmos falsos mestres, bem como falsos profetas podem expulsar demônios e mostrar grandes triunfos contra o mal. Balaão, o advinho era um desse tipo, porque Deus o usava para seus santos propósitos. Muitos dirão naquele dia que em nome de Jesus expulsaram demônios e faziam grandes coisas. Mas tais elementos nunca foram crentes em Cristo. Deus usou grandemente alguns homens na história, homens que nunca conheceram a graça salvadora, mas foram usados por Deus, como Nabucodonosor, a quem Deus o chamou de “meu servo”; Ciro e outros elementos do reinado Medo Persa foram instrumentos de Deus para dar grande livramento ao povo judeu e para trazer milhares de volta à Jerusalém, como vemos no caso de Esdras e Neemias.
        Seguindo o mesmo raciocínio, podemos entender que às vezes Deus deixa que as trevas triunfem contra o povo dele. Quando Deus acenou positivamente para Satanás, foi que este se engrandeceu com fúria contra Jó, sua família e seus bens. Quanto sofrimento veio ao servo de Deus, sem que Deus movesse um dedo a seu favor! Não foi assim com Faraó quando foi mobilizado por satanás para escravizar os israelitas no Egito? Não foi assim que milhares de crentes foram mortos no transcorrer da história da igreja? Nem podemos nomear quantos foram os assoladores do povo de Deus na face da terra, fazendo com que os santos passassem aqui dias aterrorizantes, quando a mão de Deus parecia distante em livrar seu povo. Muitas e muitas vezes parece que a vitória não vem; parece que o povo de Deus está sendo subjugado e não vitorioso neste mundo tão vil.
        Então, o que pode ser motivo de nossa alegria? Já vimos que aqui não é nosso lar, que viajantes somos. Soldados na guerra podem triunfar no campo de seus inimigos, mas eles querem triunfar mesmo voltando para sua terra para festejar com seu povo. É assim com o povo de Deus e nosso Senhor deixou bem claro isso: “Não obstante, alegrai-vos... porque o vosso nome está escrito nos céus”. Eis aí a motivação suprema que deve nos impulsionar em santa e sempiterna alegria. Para explicar isso quero gastar a parte final desta mensagem, porque creio que isso é de grande importância às nossas vidas aqui. Esse é um assunto que não deveria causar polêmica, mas tudo o que vem da graça soberana vai espantar os homens aqui. Alguns creem que Deus está anotando o nome de todo que se converte aqui. O coro de um antigo hino detém essa mensagem: “Há um novo nome lá na glória, é o meu, ó sim o meu!”. Já lidei com muitos pastores que creem assim e que se sentem eufóricos diante desse ensino.
        Mas vou aqui expor o quanto esse ensino é mentiroso e pernicioso, porque nada tem a ver com a verdade da soberana atuação da graça. Primeiramente Deus não tem uma salvação aos homens que transmite hipótese. Cristo não veio ao mundo para tentar salvar; ele veio salvar. Deus não está no céu esperando a decisão dos homens, a fim de ver quantos vão aceitar o Filho dele como Salvador. Nós temos uma salvação que é total e completamente soberana; cremos que tudo já foi feito na eternidade e que agora em pleno tempo Deus está revelando aquilo que fora planejado. Não pregamos o evangelho para ver se vai dar certo, mas sim pregamos a mensagem que dá certo. Muitas vezes pregadores são chamados para alcançar milhares, mas outras vezes, como no caso de Isaías, alguns pregam para que corações sejam ainda mais endurecidos, a fim de não haver qualquer conversão.
        Aqueles que creem que Deus está escrevendo nomes dos que aqui são salvos, podem acreditar também que Deus pode estar apagando o nome daquele que se desvia da graça, como é o caso dos que acreditam que crentes perdem a salvação. Tudo isso deve ser examinado à luz da verdade que nos foi entregue.

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