terça-feira, 29 de abril de 2014

A SOBERANIA DE DEUS (6)




Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
         A NECESSIDADE DA SOBERANIA (continuação) “Ninguém pode vir a mim...”
         Prezado leitor estamos perante um dos mais impressionantes e reveladores texto das Escrituras. Sem qualquer sombra de dúvidas temos que encarar seriamente a doutrina da depravação total, a verdade que realmente nos humilha e nos posiciona perante Deus como realmente culpados e condenados. Não raro estamos buscando novos esconderijos; a verdade a nosso respeito é por demais aterrorizante e retira toda farsa, hipocrisias, alem de pisotear nosso tremendo orgulho. Não ficamos chateados quando somos chamados de pecadores. Todos nós somos sabedores desse fato, mas no fundo somos ludibriados com o engano de que o poder da queda não foi tão devastador em nós. Sempre somos cortejados no íntimo com o pensamento de que há em nós algo de bom, alguma luz de justiça, de retidão, de poder e de graça.
         Achamos que nossa fé em Deus é um ato soberanamente nosso; algo derivado dessa fonte de luz em nosso íntimo, que nos impulsionou a buscar a Deus. Por isso somos diligentes em buscar um lugar onde a luz da verdade não seja tão intensa assim, porquanto queremos ter certeza de que aqui somos abençoados por Deus, mesmo vivendo tortuosamente; que não somos iguais aos rebeldes e profanos que estão do lado de fora. Queremos ter certeza absoluta de nossa salvação, mesmo que esteja provando ausência de temor, santidade e perseverança no caminho por onde os santos devem andar.
         Caro leitor, estou querendo realçar esse assunto introdutório acerca da depravação total, a fim de que o amigo atento saiba bem o quanto esse assunto é a espada do Espírito que perfura o íntimo e chega ao esconderijo do pecado. Sem essas verdades hasteadas perante nossos olhos, jamais saberemos o real significado da salvação conquistada pelo Filho de Deus e os resultados tão preciosos dessa salvação, abrangendo nosso viver aqui e nossa esperança eterna. Também, ocupo-me com essas verdades porque tenho enfrentado a hostilidade de muitos em meu ministério. Tenho presenciado reações terríveis por parte de muitos que pensam que foram salvos, mas que jamais conheceram a mudança que o evangelho opera no coração de uma alma que se rende a Cristo. Mas o amor de Cristo me constrange a pregar essas verdades até que a muralha do pecado seja derribada e as almas venham a render-se a Cristo em temor e santa obediência.
         Sendo assim, chegou o momento de entrar nos pormenores desse verso, especialmente sua frase inicial: “Ninguém pode vir a mim...”. Acredito que devo sublinhar as maravilhas da pessoa do Senhor Jesus. Ó quanto satanás procura sujar, vilipendiar e conspurcar esse bendito Nome! Não tem um caminho melhor para satanás se ocupar com essa atividade, do que simplesmente espalhar noções supersticiosas a respeito desse Nome, como estamos vendo ultimamente. Mas nessas Palavras nosso Senhor revela Sua glória como Filho de Deus; Ele mostra a impossibilidade natural de alguém chegar-se a Ele. Por quê? Primeiramente, não existe um privilégio maior do que esse! Alguém achegar-se a Cristo? Tornar pertencente a Ele? Ser salvo por Ele e receber todas as bem-aventuranças eternas desse encontro?
         Em segundo lugar, vemos que não é uma decisão do homem, mas sim de Deus, o Pai: “Ninguém pode vir a mim...”. É algo sobrenatural! É milagre! É um acontecimento que inspira os anjos ao louvor a Deus! É um ato chamado de nova criação (2 Coríntios 5:17)! Encaremos de forma negativa: Não é um mero caminhar rumo a uma igreja! Não é uma mera atividade emocional! Não é algo que me faz sentir psicologicamente melhor! É algo que acontece em função da atividade visitadora de Deus em Sua misericórdia e graça! É o poder absoluto de Sua Palavra fazendo o que ninguém pode, somente Deus o Pai e o Filho! Amigo, pode você entender essa verdade? Chegou às profundezas do seu coração?

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