domingo, 27 de abril de 2014

A COMUNHÃO COM O CORDEIRO




E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão” (Êxodo 12:8).
         Caro leitor, quão grandiosa é a mensagem do evangelho que nos é transmitida por esse evento simbólico e histórico. Toda história da redenção daquele povo escravo estava no cordeiro morto. O sangue no lado de fora, marcando os três lugares na porta dava a proteção contra a Ira do Anjo da morte; o primogênito daquela família estaria completamente livre do golpe da morte. Então, temos nas três marcas do sangue do cordeiro no lado de fora a história da salvação, da redenção do pecador pelo sangue da cruz. Aquele símbolo sangrento é a doutrina da justificação, provando que o crente está para sempre salvo da Ira de Deus (João 3:36).
         Mas a história dos salvos não para no sangue do lado de fora, pois a família tinha o cordeiro morto dentro de casa. O sangue lá fora – redenção! O cordeiro morto lá dentro – comunhão! No sangue do cordeiro visto do lado de fora, temos a paz com Deus (Romanos 5:1). No cordeiro morto dentro da casa temos a paz de Deus. Que festa diferente! Era completamente estranha aos pensamentos dos mundanos egípcios. Assim é a festa dos crentes, porque mediante a paz com Deus obtida na salvação, eles podem usufruir de Cristo. Percebamos que naquela participação segura do cordeiro, a comunhão que eles teriam ali estava explicada tudo no próprio cordeiro.
         Caro leitor, que lição preciosa podemos tirar para nossas vidas! Estamos vendo que a festa cristã promovida em nossos dias revela que nada tem a ver com a comunhão em torno da cruz. Se a mensagem é retirada, então a comunhão que surge é falsificada. Se Cristo não for pregado como o Cordeiro puro e sem mácula, entregue para salvar o culpado da penalidade eterna, então outro cristo entrará na comunhão e o mundo será coparticipante dessa festa.
         Tomemos o texto acima e vejamos ali que lições notáveis a graça maravilha nos envia. A primeira é que a comunhão foi na noite: “E naquela noite...”. Estava perto daquele momento terrível da visitação da Ira de Deus; todo Egito estava dormindo, mas a família de judeus deveria estar acordada num verdadeiro culto e na expectativa para deixar a escravidão egípcia. Assim também a comunhão dos verdadeiros crentes difere da comunhão mundana. Os santos de Deus estão vivendo as altas horas da noite. Os crentes devem estar espiritualmente preparados para o momento glorioso da volta do Senhor, ou da chamada individual mediante a morte, para o reino de glória.
         Outra lição preciosa emerge do texto, é que a comunhão deveria estar em torno do cordeiro morto: “E naquela noite comerão a carne assada no fogo...”. Eis aí o verdadeiro culto prestado pelos santos ao Senhor. Tudo é racional, nada de barulho, nada de frágeis emoções, nada de providências mundanas. O mundo deve estar longe do culto do crente, porque tudo está em torno do nosso Cordeiro. Devemos lembrar que somos o que somos porque Ele foi entregue pelos nossos pecados. Em torno da mensagem da cruz temos uma só fé, um só cântico e um só pensamento.
         Caro leitor, não esqueça que a mensagem não mudou; que Cristo Jesus morreu pelos nossos pecados; que não há outra mensagem. Homens e mulheres devem correr dessa mensagem fantasiosa de nossos dias, pois é perceptível que é a presença aterrorizante do anti cristo.
         Venha amigo ao Salvador bendito! Venha conhecer o Cordeiro de Deus! Venha para o recinto de segurança eterna! Venha buscar o conforto eterno para Sua alma! O Cordeiro que foi morto está vivo, mas a mensagem da Sua morte na cruz é para direcionar o pobre pecador ao lugar certo e assim escapar da Ira vindoura!

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