quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DESCOBRINDO A FALSA PAZ DO ÍMPIO (6)




         Mas os ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus” (Isaías 57:20,21)
         Caro amigo tenho envidado esforços para mostrar os perigos da falsa paz tão meticulosamente forjada pelos ímpios na maquinaria religiosa deste mundo. O Senhor afirma no texto de Isaías que para o ímpio não há paz. O ímpio luta por fora para implantar seu próprio padrão de justiça; ele quer erigir seu próprio sistema de salvação e assim apagar a teologia santa e gloriosa da salvação que Deus tem para os pecadores, mediante Seu Filho bendito. Os ímpios querem continuar no pecado; seu íntimo é agitado como a turbulência do mar, por isso não há possibilidade de conter o ímpio. Ele tem pavor de Deus e dos caminhos santos; odeia a mensagem de salvação; odeia a justiça eterna que é dada ao salvo mediante o sangue. Por essa razão o ímpio se desdobra aqui, fazendo seu ninho num ambiente religioso que mais lhe favoreça. Ele está pronto a pagar a Deus, quer comprar justiça, quer adquirir por fora uma paz que lhe favoreça a viver no pecado, por isso quer um Deus que lhe abençoe com seus amores secretos. Ao lutar por isso numa religião ninguém percebe que lá fora ele tem algo que ama mais; tem seus ídolos escondidos (Jeremias 17:1).
         Prossigo afirmando que a paz é falsa quando o ímpio tenta manter as aparências. Ele faz isso tapando a boca do poço da perdição. Sem o perdão e purificação mediante o sangue, o coração do homem é fonte de maldades e impiedades (Mateus 15:19). O ímpio desesperadamente busca um lugar de sossego, busca apagar as chamas que arde numa consciência culpada; sabe no íntimo que está condenado e que há de comparecer perante o grande e glorioso Juiz. Por essa razão tenta encobrir sua situação dramática com manobras religiosas. Foi assim com Israel nos dias de Isaías, avançando muito mais nos dias de Jeremias.
         O que acontece é que o ímpio toma a bíblia, usa versos bíblicos a fim de pintar o sepulcro de um coração corrompido. Ele mistura versos bíblicos e os utiliza como cal para encobrir as feiuras de um coração perverso. Ele tem seus altares tão ocultos aos olhos dos homens; ele tem seus deuses favoritos; aquilo que o Santo Senhor tanto odeia está gravado nas paredes do seu coração, como a avareza e torpe ganância, a honra e os louvores dos homens, sem contar outras maldades ocultas como a imoralidade e licenciosidade. Versos bíblicos podem ser decorados e citados pelos ímpios, porque são usados para encobrir os males cometidos com sua língua. Também os ímpios são habilidosos em oração, porque conseguem orar bem, são sempre repetitivos (Mateus 6:7), usam belas e atraentes palavras que chamam a atenção dos outros. Também são habilidosos na arte das emoções, porque consegue evocar as lágrimas e assim acham que podem persuadir a divindade (Malaquias 2:13).
         Caro leitor será que a espada do Espírito tem cortado seu coração e invadido esse lugar tão oculto? Será que agora você pode cair aos pés do Amado Salvador para confessar sua condição tão triste no íntimo? Será que você foi achado por Deus e agora está atirado no pó, reconhecendo que nada pode e que não passa de um inimigo astuto que ousa desafiar o Santo Senhor ao viver no pecado?
         Ora meu amigo, o que o misericordioso Senhor faz mediante a Sua Palavra é retirar todo tropeço, todo embaraço, destruindo toda muralha da soberba, a fim de mostrar o que o homem é por dentro. Sua aparência e seus rigores religiosos de nada valem. Talvez você tenha achado um lugar assim, onde parece ser seguro a fim de manter-se oculto; um lugar onde todos parecem ser amigos e favorecem seu viver no engano e no caminho tão perigoso. Mas, como você pode confiar no homem? Meros mortais podem lhe retirar da escravidão e dos tropeços que lhe empurram para o castigo eterno? Venha agora ao Senhor! Aproxime humildemente do maravilhoso Pastor, aquele que provou na cruz Seu amor indizível para pecadores culpados!
        

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