terça-feira, 9 de outubro de 2012

A VIDA CRISTÃ TRIUNFANTE (64)




 “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda (Salmo 23:5)
“AS GLÓRIAS DA VIDA CRISTÃ TRIUNFANTE” “Bondade e misericórdia certamente me seguirão...” (Salmo 23:6). (quarta)
Caro leitor, poderá acontecer que, vezes após vezes, ao olharmos para trás, acharemos a face acusadora de Satanás. Periodicamente, sentiremos a pressão deste mundo, arrastando-nos para o mal; veremos o quanto nossa carne de fato é fraca, e tenderemos a “descer” e chegaremos a clamar como Paulo: “Desventurado homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:24). Haverá momento, que na guerra travada contra o mal, vai parecer que estamos derrotados e que Deus se posicionou bem longe de nós. Mas eis que o Espírito Santo, autor da Palavra afirma no texto que a misericórdia nos seguirá. Tem muito para aprendermos com essa tão preciosa verdade.
         Primeiramente, devemos saber que, quando Deus nos salvou foi um ato de misericórdia: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia...” (Efésios 2:4). A verdade quanto ao fato de Deus ter agido com misericórdia para conosco deve nos levar à humilhação, ao reconhecimento de nossa indignidade. Estávamos numa situação de tamanha miséria, mas o Senhor usou de misericórdia para com esses miseráveis, indignos, malignos pecadores intitulados de “filhos da desobediência” e também de “filhos da ira”, como qualquer outro pecador que neste mundo encontra-se entregue aos seus pecados. Com esse fato registrado nas paredes de nossos corações andemos não orgulhosos, mas humilhados, dando graças a Deus, em tudo.
         Em segundo lugar, a misericórdia que nos segue estará nos seguindo sempre. O “sol” da misericórdia nunca se apagará para o salvo. Quando olharmos para nosso passado e para as marcas da maldade que deixamos na “areia” deste mundo, veremos a face do Deus de toda misericórdia, que estendeu Sua mão e arrancou-nos da imunda servidão ao pecado e nos tomou para Si, e que mediante a redenção do Filho apagou toda nossa culpa, fazendo-nos aceitáveis no Amado, obra oriunda da livre graça.
Em terceiro lugar, o fato que a misericórdia desse Deus nos segue continuamente é motivo de louvor.  Ao lermos os Salmos, vemos que o atributo de Deus que mais move o salvo a cantar louvores ao seu Deus, é a misericórdia. Um exemplo de um poderoso louvor está no Salmo 136.  Em cada verso é declarado que a “... Sua misericórdia dura para sempre”.
Então, amado irmão, o que deve nos impulsionar a um viver triunfante, senão o fato de olharmos para cima e vermos a luz da gloriosa graça, que nos mostra que estamos subindo com “asas de águia” para nosso lugar, e que, ao olharmos para baixo e vermos o inferno do qual éramos herdeiros, mas que não pode jamais nos tragar por causa da misericórdia, que firmemente nos segura. Por cima, está a mão da maravilhosa graça do Filho, e por baixo, a mão eterna desse Pai, cuja misericórdia, “dura para sempre.
          Para completar esse assunto tem algo mais de preciosidade para nossas almas. No Salmo 107 verso 1, o Espírito Santo convoca todos os remidos do Senhor, para que rendam graças ao Senhor, por que? “Porque Ele é bom e a Sua misericórdia dura para sempre”. Podemos vislumbrar a bondade e a misericórdia de Deus pelos seus remidos, e a “bondade e a misericórdia” certamente nos seguirão todos os dias da nossa vida. Nos dias maus e nos dias excelentes; nos dias de prosperidade e nos dias de pobreza; nos dias de saúde, e nos dias de enfermidades; nos dias de amizades e nos dias de solidão; nos dias da juventude e nos dias da velhice, sim, “todos os dias da minha vida”. E, quando chegar o momento da morte, onde teremos de atravessar o “caudaloso rio”, e parecer que estaremos afundando, a bondade e a misericórdia nos farão atravessar com verdadeiro triunfo, sem que haja qualquer perigo de perecermos (João 10:28).
                                               Temos sombras neste vale,
                                               Em que estamos a passar;
                                               Mas das águas cristalinas
                                               Já se vê o marulhar.
                                               Eis que o bom Pastor segreda,
                                               Ajudando a prosseguir:
                                               “Há, sim, sombras neste vale,
                                               “Mas há glória no porvir.” (Fanny Crosby)

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