“Porque
o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e
cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jeremias 2:13).
Caro leitor avancemos mais no
conhecimento profundo dessas verdades tão humilhantes aos homens, mas que são
salutares, a fim de que haja arrependimento e homens e mulheres com corações
convertidos corram para Cristo Jesus.
Digo mais que a decisão da raça em Adão
fez com que todos trocassem a fonte de vida pela morte. A palavra de Deus
apresenta três tipos de morte: a morte espiritual, a morte física e a morte
eterna. O aviso solene de Deus ao homem foi que sua desobediência acarretaria
em morte, porquanto o salário do pecado foi, é e sempre será a morte (Romanos
6:23). Foi exatamente isso o que ocorreu. A morte principal foi imediata – a morte
espiritual, pois o ato da desobediência imediatamente ocasionou a morte espiritual.
Naquele momento o que havia era um
casal de defuntos espirituais. Naquele instante a faca da morte apunhalou seus
corações e tirou-lhes a vida que lhes fora dada; a partir daquele momento
nenhum interesse teria por Deus, pela comunhão com Ele, pela santidade Dele,
pelo louvor e adoração a Ele. Naquele momento toda raça seria assim, pois cada
ser humano nasceria com seus lábios amordaçados pela morte; com suas mãos
amarrados pela morte; com seus pensamentos e emoções habitando na espessa
escuridão e com seus pés em grilhões da morte. A morte veio para desfazer toda
imagem de Deus e seus corpos começariam a padecer, sofrer os efeitos terríveis
e dramáticos dessa terrível morte. Doravante seus corpos seriam expostos à
humilhação, à vergonha, às dores e enfim, caminharia fatalmente rumo à morte
eterna.
Veja amigo, que a queda foi uma
tragédia; que a entrada do pecado não foi algo simples, com efeitos
transitórios. Vejamos bem a queda do ponto de vista de Deus, porquanto a
entrada da morte bombardeou tudo. Assim como acontece numa tragédia quando
milhares de pessoas morrem, assim também foi a queda. A morte tem consequências
gravíssimas, porquanto a morte inutiliza tudo. Quanto alguém morre passa a ser
inútil. A morte aniquila tudo e faz desaparecer toda e qualquer esperança. A
morte chama o sepulcro e relata a todos que todos quantos morreram não têm
qualquer utilidade. Numa guerra ainda há esperança para soldados feridos, com
profundas lesões em seus corpos, mas que ainda estão vivos. Um homem vivo pode
andar com uma perna e pode utilizar uma mão que lhe restou, mas uma vez morto,
não há mais esperança.
Caro amigo foi assim o pecado. Não
vemos um casal ferido pelo pecado no Éden; não vemos uma raça que viria apenas
com defeitos físicos e morais. Vemos sim a raça tombada; todos caídos, sem
qualquer sinal de vida espiritual; não há pulsação por Deus; o cadáver é visto
no coração apodrecendo mais e mais e os sinais aparecem por fora, pela boca e
pelos seus atos. Não há mais serventia, não podem ser mais utilizados por Deus,
para Deus e para a glória de Deus, e até mesmo a criação recusa tê-los. O que há nesses cadáveres espirituais? Por que
está correndo? Por que querem agora fugir de Deus e produzir um mundo
diferente? Por que agora estão prontos para multiplicar, encher a terra e
produzir maldades, maldades e mais maldades? Ah! A resposta é simples, há neles
o “...espírito que opera nos filhos da desobediência” (Efésios 2:2).
Agora quem lhes concederá poder para trabalhar, produzir, inventar, pesquisar,
governar, etc. será aquele mesmo espírito que usou de sedução; doravante serão
escravos dele.
Meu caro amigo, não fique pensando que
os anos anulam o poder do pecado e da morte. A morte é morte e será morte. Seus
efeitos são os mesmos nos homens. Não há lugar para uma evolução no homem, mas
sim para a degeneração. Há em cada ser humano o elemento corruptível que o puxa
mais e mais para situações piores enquanto aqui vive, até que seja levado para
a sepultura. Mas eis que Cristo veio para chamar pecadores da morte para a
vida. Isso é milagre! Mas Deus é o Deus que opera milagre, ressuscitando
pecadores dentre os mortos!
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