sábado, 13 de outubro de 2012

AS DUAS PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (19)




Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Caro leitor que as misericórdias do Senhor envolvam nossas mentes e corações, a fim de que entendamos a verdade revelada nas Escrituras acerca da terrível decisão de homens e mulheres na queda. Quão insensata e louca foi nossa decisão e que somente as compaixões de Deus podem livrar pobres pecadores do poço da perdição onde estão caídos. Devemos saber que o evangelho não é uma mera mensagem, mas é a verdade que Deus o braço forte do Senhor está estendido neste império de densas trevas, a fim de arrancar os pecadores dos perigos eternos que rondam suas almas continuamente.
         Ontem mostrei que os homens em Adão trocaram a fonte da perene e imutável verdade, pela ilusão do pecado. O pecado tirou os seus pés do chão; arrancou-os da sobriedade e lhes elevou às alturas da vaidade. A decisão em Adão levou-os a viver de sonhos, e nem mesmo os beliscões da morte podem acordá-los, a fim de que vejam a realidade da zona do perigo onde estão. Suas almas vagueiam na escuridão, mas eles estão curtidos pela visão carnal, sem perceber que estão andando à beira do abismo.
         O Senhor é a fonte de paz. Toda segurança, confiança, tranquilidade, repouso e satisfação que a alma precisa está no Senhor. Os homens não foram feitos como animais, porque são almas, podem pensar, sentir e viver acima daquilo que é natural e passageiro. Na comunhão com Deus poderia desfrutar de todo bem; cercado pela glória de Deus viveria nessa atmosfera de glória e graça. Mas na decisão em Adão trocou tudo pelo medo e preocupação. Foram atirados para um lugar de desespero. Ora, viver no pecado é assim, porque a realidade da vida não está naquilo que tanto satanás promete de prosperidade, alegria e satisfação oriundas das paixões carnais.
         Continuamente os homens e mulheres são postos perante as realidades eternais. O príncipe deste mundo mantém homens e mulheres entretidos, ocupados. Eles sempre buscam paz em seus bens, na saúde, na companhia com seus entes queridos , na força deste mundo e nas amizades. Mas, continuamente tudo é desmanchado e rasgado como papel. Continuamente o medo, a incerteza, a preocupação com o futuro, a guerra e as incertezas políticas e sociais deste mundo chegam para atemorizar os corações. Satanás troca de roupa a todo instante, a fim de chegar com suas mentiras para os homens. Ele tem neste mundo suas fontes de consolo e de conforto, mas todos seus recursos são paupérrimos para lidar com as misérias eternas que atordoam os homens e mulheres, os quais vivem sem Deus neste mundo. O próprio Deus assegura que para os ímpios não há paz (Isaías 57:21).
         Tudo aquilo que parece ser socorro neste mundo é desfeito ante as perturbações da alma. Milhares passam seus anos neste mundo sentindo paz, porquanto sentem todo amparo e conforto achados nesta vida; estão sempre cercados pelos seus bens e pela segurança vistos aqui, mas são surpreendidos pela chegada alucinante da morte eterna. Não foi assim com Herodes? Todo aparato de força, conforto, luxo e segurança foi desfeito quando foi atingido com a repentina força da morte. A poderosa leoa infernal vem e queima fácil e rapidamente toda festa pagã e destrói toda falsa segurança dos homens.
         Belsazar estava tão cheio de confiança e segurança, mas assim que a mão de Deus surgiu em meio à sua festa pagã e cheia de luxúria, então foi revelado o que o homem realmente é ante o poderio da visitação julgadora de Deus, trazendo pavor, temor e tremor aos ímpios blasfemos e iníquos (Daniel 5).
         Caro leitor examine agora sua condição no coração. Veja se você está vivendo nessa euforia mundana; veja se a paz que você curte agora é a paz perigosa e fatal dada pelo mundo. Não brinque com sua condição tão triste, porque pode bem ser que repentinamente esse cenário passageiro seja desmontado e você seja pego de surpresa pelos terrores eternos.






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