quinta-feira, 11 de outubro de 2012

AS DUAS PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (17)




Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Caro leitor, eu sei que se a Palavra da verdade não mostrar o quanto foi horrível a decisão do homem em Adão, seus corações enganosos e iludidos vão continuar duros, obstinados, sem qualquer sentimento de arrependimento e conversão. Estou certo que todo argumento que eu possa usar será ferramenta inútil, caso o Espírito de Deus não tome Sua Palavra e a vivifique nos corações.
         Eu sei que olhamos os resultados do pecado sempre do ponto de vista material; estamos curtindo neste mundo os sofrimentos causados pela nossa desobediência; estamos certos que a morte fechará a porta definitivamente dessa peregrinação terrena. Mas, essas verdades nem sequer mobilizam homens e mulheres ao arrependimento; nem sequer os levantam da inércia espiritual; nem sequer fazem com que os homens sintam a miséria que envolve suas vidas aqui e na eternidade. Mas o texto lido de Jeremias 2:13 nos mostra o quão profundo foi a nossa miserável decisão. Por quê? A resposta é que os homens deixaram: “...o manancial de águas vivas...”! Precisamos de mais argumentos? Será que essas palavras simples do Espírito de Deus não são suficientes para compungir os corações e levá-los a clamar e invocar pelas misericórdias do alto?
         Ora, os pregadores aparecem para dinamizarem as palavras reveladas com todo fervor e ternura do Senhor em seus corações. Os pregadores são homens no meio dos homens, falando a linguagem dos homens e sentindo no íntimo o sofrimento que os homens passam aqui por causa da culpa do pecado e vendo a miséria que lhes espera, caso não se arrependam. Caro leitor têm palavras que possam medir o tamanho da insensatez e estupidez da decisão do homem em Adão? A queda não foi uma mera troca, mas na linguagem de Oséias é como um adultério. A decisão dos homens em Adão é comparada à adúltera, que tendo tudo, um marido bondoso, amoroso, fiel, sustentador, mas mesmo assim ela corre em busca do seu amante.
         Mas, eu sei que qualquer ilustração terrena é pobre para explicar o real significado da queda. Vemos essa decisão no dia a dia dos homens no pecado. Vemos como decididamente ousam continuar em busca da corrupção; como continuam e continuarão dando às costas para o Senhor, mesmo andando neste mundo, bebendo das bênçãos materiais de Deus, usufruindo de todas as delícias da bondade de Deus, tendo seus olhos físicos para contemplar as maravilhas provenientes do Todo Poderoso na criação. Ah! Eles continuam resistindo ao Senhorio do Senhor; eles continuam como Israel, adorando a criatura; continuam desafiando o Rei dos reis e Senhor dos senhores; continuam com seus deboches e idolatrias; continuam semeando a maldade por onde andam e recusando obediência ao Senhor.
         Ora, não é loucura isso? Deus convoca céus e terra para contemplarem a estupidez dos homens em viver como vivem, preferindo gastar suas emoções, pensamentos, força e bens numa luta constante, diariamente para construir um paraíso melhor, o paraíso do pecado. Suas obras declaram que Deus não serve; que o caminho de Deus é um caminho perigoso, de sofrimentos; que Deus é injusto e cruel; que Deus nada sabe e que nada pode fazer por eles; que as verdades de Deus realmente são mentiras e que as mentiras de satanás são verdades.    Eles se agruparam e decidiram escolher seus reis e soberanos, a fim de que eles estejam armados contra o Senhor. Fizeram uma coalizão política e religiosa e estão prontos, agrupados, armados e estrategicamente preparados para a guerra. Desconhecem o Deus da paz, o Deus que agora está operando Sua obra salvadora no meio dos homens. Nada sabem que agora Ele lida individualmente, quebrando as armas de guerras e destruindo seus arsenais, a fim de levar pecadores ao pó, ao desespero e enfim ao arrependimento.
         Que Deus paciente, longânimo, bondoso e cheio de compaixão! Que amor glorioso e infinito tem esse Senhor por pecadores! É o Príncipe da paz que se aproxima e desfaz o poder do pecado, da morte, do mundo, do diabo e do inferno, a fim de chamar pecadores para Si mesmo!

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