“... Para que não
confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos” - II Coríntios 1:9.
A presença da morte é
a verdade mais espantosa para o ser humano. Lutamos contra ela todo dia e o dia
todo para que fique bem claro que todo labor humano neste mundo seja
presenciado como pura vaidade no silêncio do cemitério. A assombrosa morte
anuncia a todo instante que ela está realizando seu macabro trabalho no mundo
inteiro, confirmando a verdade universal que “o salário do pecado é a morte”
(Romanos 6:23).
Precisamos conhecer a tremenda verdade daquilo
que Paulo está nos ensinando através de sua própria experiência a respeito do
poder da morte em nosso corpo mortal. A verdade é que onde está a morte,
precisa haver ressurreição. Não tem alternativa. E é no domínio da morte onde
Deus realiza sua obra inaudita, porquanto Ele é o Deus que “vivifica os mortos”
(Romanos 4:17). Todos os salvos foram chamados “da morte para a vida” (João
5:24). E Paulo acrescenta: “Ele vos deu vida estando vós mortos em vossos
delitos e pecados” (Efésios 2:1). Esta é a ressurreição espiritual, obra que
pertence unicamente a Deus a fim de que Ele, unicamente Ele, seja glorificado.
Tem
uma verdade ainda mais profunda que Paulo nos transmite no verso de II Coríntios
1:9. Somos o povo da ressurreição. Vivemos entre duas ressurreições, a primeira
que já ocorreu quando fomos salvos, e a outra que ainda acontecerá. Habitamos
neste corpo da morte, e nosso Senhor diz a respeito daquele que Ele salva: “...
e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44). Primeiramente a experiência
pela fé da ressurreição espiritual, depois teremos a experiência gloriosa da
ressurreição de nossos corpos mortais.
Diante
dessa verdade monumental exposta nas Escrituras para o povo de Deus, resta que
agora entendamos que não há promessa de Deus aqui neste mundo de um corpo
melhor, saudável, isento das suas limitações
e de seus dissabores. A morte habita em nossos corpos terrenos, e o povo de
Deus deve saber que ainda não chegamos lá; que estamos sujeitos aos sofrimentos
por causa da presença da morte, e nossas difíceis experiências neste mundo
passageiro chegam para avisar que não devemos confiar em nós mesmos, mas sim no
“Deus que ressuscita os mortos”. O alvo de Deus para seu povo não é nos manter
aqui, mas sim arrancar-nos desse vale de dor (Gálatas 1:4). Suas promessas não
giram em torno das ambições transitórias tão buscadas pelos mundanos, mas sim
na excelência da ressurreição que há de vir: “...esse mesmo que ressuscitou a
Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal...
(Romanos 1:11).
Povo
de Deus, que fiquemos impregnados dessa tão sublime verdade! Quantas vezes Deus
tira nosso conforto físico? Quantas vezes Deus remove toda confiança natural?
Quantos santos de Deus são surpreendidos com a visita da morte, tirando a
alegria e sepultando tanta expectativa terrena? Um Jacó enlutado permanece por
longo tempo chorando a morte de um filho tão querido e sem qualquer resposta de
Deus até o momento adequado, por quê? “Para que não confiemos em nós mesmos,
mas sim no Deus que ressuscita os mortos”.
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