terça-feira, 23 de abril de 2024

TESOUROS DA SALVAÇÃO EM CRISTO (8)


Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28)
AS RIQUEZAS DA JUSTIÇA PERFEITA ACHADA EM CRISTO.

A cruz é o poder que destruiu as forças da injustiça vindas do pecado, do diabo, do mundo, da morte e do inferno com sua eterna consequência. Veja bem, que se considerarmos esses terríveis efeitos do pecado como sendo atos de injustiças, entenderemos o que realmente significa a perfeita justiça achada em Cristo pelos crentes. Observemos as palavras vistas em Isaías 64:6, onde nossas obras no pecado são vistas como trapo de imundície. São termos claramente inteligíveis e ditos em palavras terríveis da parte do Espírito Santo. Essa é a linguagem que todo judeu, (acostumado com os termos da lei de Moisés) podia entender.

Note que quando Deus usa as palavras “trapos de imundície”, na realidade está ensinando a totalidade da miséria do pecado no qual fomos envolvidos. Dominados pela soberba do pecado, os homens, quando são confrontados com o assunto de justiça, eles fazem comparação com os outros. Sempre vão achar que outros estão mais sujos. Mas quando Deus trata com a miséria do pecado onde caímos, somos vistos na mesma condição de qualquer ser caído. Se pingarmos uma gota de veneno num balde cheio de água, há de contaminar toda água.

Para uma explicação ainda mais dinâmica, vemos como Deus olhou o povo religioso de Israel nos dias de Isaías: “Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, uma e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo” (Isaías 1:6). Deus estava lidando com um povo que conhecia a lei, sabia das exigências divinas na lei, conhecia o sistema de sacrifícios e quem era o Deus de Israel. Certamente tinha ali na multidão muitos homens bons, trabalhadores, que ganhavam seu sustento com esforço braçal. Obviamente tinha muitos ocultamente malandros, mentirosos, perjuros e perigosos. Mas veja bem no texto que Deus coloca todos na mesma condição. Usando uma linguagem metafórica o Senhor mostra que a enfermidade tomou todo ser do homem, desde a planta do pé até à cabeça.

A raça caída é assim e o mundo tenta arrumar sua casa religiosa em conceito de justiça. Mas quando a palavra de Deus entra em ação, imediatamente ouvimos a voz de Deus dizendo: “Não há justo, nem sequer um…” (Romanos 10). Por essa razão o mundo considera louca a mensagem da cruz e é essa a mensagem que o mundo tapa seus ouvidos para não ouvi-la. O triunfo do Justo Jesus ali na cruz denunciou o mundo, mostrando que não há justo, que todos são culpados e a culpa é terrível, pois criminalizaram um inocente, para depois matá-lo. Veja que a injustiça dos homens foi exposta em toda sua dinâmica e perversidade. Foi por esse fato que Pedro não deixou por menos. Quando ali no Pentecostes pregou em Joel o apóstolo foi direto, mostrando a culpa da multidão por terem crucificado e matado a Cristo. É claro que a mensagem de Pedro foi regida da insofismável verdade da soberana atuação de Deus em ressuscitar Seu Filho, mas tal verdade não omitiu a culpa daquele povo. Além disso entrou em ação a graça salvadora para levar multidão ao arrependimento, conforme trata o capítulo dois de Atos.

Então, tendo sublinhado essas verdades que vêm nos humilhar, minha esperança é que brilhe a justiça de Cristo nos corações daqueles que realmente creem. Eu era um injusto, marcado e vestido para ser lançado no inferno. Mas o que aconteceu foi que o Justo ocupou meu lugar, limpou-me das minhas imundícies, meus trapos foram lançados fora e agora sou visto perante Deus como sendo justiça Dele.

“Seguro estou, não tenho temor do mal, sim guardado pela fé em meu Jesus!”



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