quarta-feira, 10 de abril de 2024

TESOUROS DA SALVAÇÃO EM CRISTO (4)


Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28)
AS RIQUEZAS DA JUSTIÇA PERFEITA ACHADA EM CRISTO.

Na página anterior procurei mostrar o quanto os homens lutam para mostrar que são justos, mesmo revelando pelos seus atos que estão praticando injustiça no viver. Paulo deixa claro em Romanos 3 que o padrão de perfeita justiça não foi achado em ninguém, porque todos caíram e são igualmente culpados. A resposta para qualquer pecador é que: “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que Nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).

Creio que devo ampliar um pouco mais este assunto de tamanha importância, pois tratamos aqui da essência do verdadeiro evangelho. Se falharmos na apresentação da perfeita justiça achada somente em Cristo, então é certo que traremos o a salvação por obras. Devemos entender que a justiça própria segue uma rota, sem qualquer fundamento, indo até o confronto com a verdadeira justiça. Veja bem que nos acontecimentos que envolveram a cruz, a justiça do mundo foi chegando até confrontar-se com o perfeito Justo – o Filho de Deus. Ali a justiça do mundo mostrou sua ineficácia, porque ao odiar e crucificar o Filho de Deus, o mundo teve que engolir, inocentando um homicida Barrabás e condenado um Justo.
Usarei quatro argumentos para mostrar que quando confrontada com a verdadeira justiça, a justiça do homem é vista:

1. Tendo valor apenas para esta vida e ganhando os louvores aqui mesmo (Jó 35:6,7 e 8). Eliú mostra a Jó que tudo o que o homem fizer de bom aqui só terá valor no contexto humano. Portanto, qualquer ato de justiça dos homens não tem qualquer efeito galardoador da parte de Deus. Assim vemos o quanto os louvores da justiça própria são achados aqui entre os homens e morrem aqui mesmo. Isso deve nos mover a profundo sentimento de miséria, especialmente quando vemos que Deus trata a justiça humana como trapo de imundície (Isaías 64:6). Os crentes, assim como Jó devem estar inteirados de que foram salvos: “Não por obras de justiça praticadas por nós…” Tito 3:5).

2. Reclamando, ao achar que Deus é errado (Malaquias 1 e Jeremias 44). Vemos em Malaquias o quanto o sistema sacerdotal em Israel naqueles dias estava desprezando o serviço santo e ainda achando que não estava errando, culpando a Deus. Em Jeremias 44 vemos onde os homens podem chegar, a fim de declarar que o erro de toda desgraça vem de Deus, e ainda trabalham para alcançar o favor dos seus ídolos. A natureza pecado sempre há de agir conforme ocorreu na queda (Gênesis 3), culpando a Deus e se justificando.

3. Negando dar a Deus a glória que é somente Dele: “Rendei graças ao Senhor”. Aqui temos uma das provas mais evidentes da tentativa do homem se justificar. Uma das ordens tão repetidas na Bíblia é que todos rendam graças ao Senhor. A natureza pecaminosa repele isso, odeia abrir sua boca e fazer algo que vai contra sua natural rebelião. Por que isso? A razão é que toda nossa atenção e interesse estão voltados nossa honra e direitos. Isso é próprio do pecado que leva o homem a sentir-se individualmente com um deus. Note que a bíblia não manda sentir as emoções para render graças ao Senhor. É uma ordem e percebe-se que é algo que exige sacrifício da carne, pois Deus está ordenando. Foi fácil para Arão engolir seco ao ver seus dois filhos sendo mortos no tabernáculo? Claro que não! Mas foi ordem de Deus. (Levítico 10). O Senhor reina e como Rei Ele exige que Seus súditos e servos o sirvam com temor e tremor. As consequências para Saul foram danosas, porque recusou fazer o que Deus ordenou fazer, destruindo todos os Amalequitas (1 Samuel 15). A rebelião contra Deus é uma forma de dizer que Ele é injusto e nós somos os justos.

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